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< Trilha Zero >
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17/04/2006
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< Banda: larga, pero no mucho > |
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Na coluna “Via crucis” de 26/12/2005 relatei minha penosa migração do Velox para o Virtua, sobretudo devido à dificuldade de me entender com a Telemar para cancelar o serviço. E mencionei que, até então, o Virtua me parecia perfeitamente satisfatório. Mas nada como a experiência para melhorar a perspectiva. O Virtua funciona e é razoavelmente rápido, embora chegue perto da taxa alardeada pela Net. Contratei a taxa de 4 Mbits/s e quando liguei para reclamar que não conseguia conexão nem com a metade dela recebi a informação do suporte que eles somente consideravam que havia alguma anormalidade quando a taxa era inferior a dez porcento da contratada, o que corresponde mais ou menos a comprar um quilo de alguma coisa, receber quinhentos gramas e descobrir que só se tem direito a reclamar recebendo menos de cem. Mas isso ainda daria para aturar. O difícil, especialmente para mim que dependo da Internet para trabalhar, é conviver com as interrupções do serviço. Sim, porque o Virtua de quando em vez some sem mais nem menos e me deixa na mão – como agora, por exemplo, que preciso dele para fazer consultas sobre um outro texto no qual estava trabalhando e que precisarei daqui a pouco para enviar essa coluna. De vez em quando isso acontece. O que justifica a necessidade de uma opção na “central de relacionamento Net”, o pomposo nome do atendimento telefônico ao cliente, apenas para fornecer “Informações sobre bairros sem acesso à internet banda larga”. Agora mesmo são Barra da Tijuca, Botafogo, Grajaú e Recreio dos Bandeirantes. Quando você ligar (experimente: o número é 4004-7777) serão outros. Eu nunca liguei sem que houvesse algum. E há poucas horas, ainda pela manhã, quando reclamei da falta do serviço, um mui educado atendente me informou que eu deverei ficar sem ele até às 18 horas de amanhã. Felizmente tenho um micro portátil com modem que me permitirá, com um pouco de sorte, fechar uma conexão por telefone pelo menos para enviar esta coluna. Até dá vontade de voltar para o Velox. Quer dizer: daria. Porque há um par de dias, almoçando com meu amigo Mário Dourado, soube que sua desventura é ainda maior. Dizia-me ele que em fevereiro precisou contratar um serviço “banda larga” e hesitava entre o Velox e o Virtua. E continua (em mensagem enviada por minha solicitação): “Foi quando vi anúncios... do ‘Oi Conta Total’... que oferecia dois celulares Oi, um telefone fixo Telemar sem limite de pulsos, Velox de 1 Mbps e 200 minutos compartilhados entre ligações dos celulares, ligações do fixo para celular e interurbanos 31, tudo isso ao custo mensal fixo de R$ 229,00. Optei por ele. No último dia 6 o Velox do Mário saiu do ar. O atendimento informou que o tempo máximo de conserto seria de 24 horas. Passou de uma semana. Ele então decidiu pedir ressarcimento à Telemar. Diz ele: “Para minha surpresa, a atendente me disse que a Telemar nada tinha a ressarcir... Que, de acordo com o contrato do Oi Conta Total que eu assinei, os R$ 229,00 mensais são referentes somente aos telefones celulares. O contrato é somente um contrato de prestação de serviços de telefonia celular. A minha linha fixa e o meu Velox são somente benefícios do contrato. “Ou seja, se o Velox ficar... fora do ar, a Telemar não tem nenhuma obrigação financeira comigo... porque é um contrato de telefonia celular. A Telemar somente teria a ‘obrigação moral’ de consertar. Mas... não existe nenhuma cláusula que obrigue seu funcionamento, nem que dê um prazo para ela recolocar o serviço no ar. Se ficar fora semanas, paciência. Pois é isso. Semana passada eu tinha Virtua mas o Mário não tinha Velox. Hoje o Mário tem Velox mas eu não tenho Virtua. O led vermelho daquilo que a Net chama de “modem” (mas não é, já que nem modula nem demodula, é um mero transdutor – quando recebe sinal, o que agora não é o caso) insiste em piscar irritantemente enquanto eu preciso tanto de uma conexão decente para trabalhar... E ainda chamam isso de “banda larga”... B. Piropo |