O endereço
deste escrevinhador é <[email protected]>,
mas o provedor é o Mandic, em <www.mandic.com.br>.
O POBox é apenas um redirecionador (se você não
sabe o que é isso, vá à seção
“Escritos - Trilha Zero/Coluna do Piropo” de meu sítio,
em <www.bpiropo.com.br> e leia a coluna de 20/05/1996).
O Mandic:mail é um correio eletrônico personalizado
que oferece diversos serviços, inclusive diferentes sistemas
“antispam”. O “members only”, baseado em
um programa desenvolvido pelo bravo Marco Paganini, é o mais
eficaz. Mas exige que o remetente confirme seu endereço (“spammers”
jamais confirmam endereços de remetente). E como a maior
parte das pessoas que me escrevem são amigas, porém
desconhecidas (melhor ter amigos desconhecidos que inimigos conhecidos),
acho indelicada a solicitação. Por isso uso o outro
sistema, o “antispam inteligente”, desenvolvido por
uma equipe do MIT, baseado em um algoritmo que identifica spams
e os desvia automaticamente para a pasta “Lixo eletrônico”,
adrede criada para esse fim. Como nenhum algoritmo é perfeito,
o programa trabalha “do lado da segurança”, ou
seja, em dúvida, encaminha a mensagem para a caixa de entrada,
considerando ser melhor receber ali um ou outro spam que ter uma
mensagem importante encaminhada para o “Lixo Eletrônico”
(periodicamente faço uma rápida varredura nos cabeçalhos
das mensagens de “Lixo Eletrônico” antes de removê-las;
o sistema é tão eficiente que a média de mensagens
“não spam” que encontro lá é de
uma em mil, marca que considero mais que satisfatória).
Pois bem: acabo de baixar o correio eletrônico do Mandic.
Em um dia, fora as listas que subscrevo, recebi exatas 201 mensagens.
Destas, 159, todas spam, foram automaticamente encaminhadas para
a pasta “Lixo Eletrônico”. Das 42 que restaram
na caixa de entrada, 13 também eram spams que, na dúvida,
foram para lá encaminhadas pelo sistema, a maioria referente
ao tamanho, estado de enrijecimento ou funcionamento de meu pênis,
um inusitado interesse por um assunto que, definitivamente, não
depõe a favor da masculinidade dos spammers. Em suma: das
201, sobraram 29 mensagens “de verdade”. Mais de 85%
eram “spam”.
Nos primórdios da Internet, o correio eletrônico era
pouco mais que um meio de se trocar mensagens curtas com amigos
distantes. Mas sua extraordinária eficácia fez com
que, em um tempo surpreendentemente curto, ele se integrasse indissoluvelmente
à nossa vida, particularmente no campo profissional. Há
anos mantenho contato com os leitores e envio artigos e colunas
para publicação de qualquer lugar do mundo por correio
eletrônico. Como engenheiro, envio relatórios e memoriais
de dimensionamento de projetos para todo o Brasil e América
Latina pela mesma via. Ou seja: para mim, hoje em dia, sem correio
eletrônico é difícil viver e quase impossível
trabalhar.
Porém a coisa está ficando feia. Por enquanto, com
a porcentagem de spam rodeando a casa dos 85%, o correio eletrônico
ainda poupa tempo e esforço. Mas ela está aumentando
e, no ritmo em que cresce, não falta muito para, quem sabe,
ficar mais fácil recorrer ao velho correio e serviços
de entrega rápida que perder horas garimpando uma ou outra
mensagem útil em uma montanha de spam.
Se algo não for feito para impedir essa praga, o spam acabará
por matar o correio eletrônico. Quem viver, verá.
PS1: Raramente louvo a Telemar. Mas, quando
o elogio é merecido, não há como negá-lo.
Portanto é justo que eu registre aqui a dedicação
de seus técnicos, Luís Carlos Paciello e Salim Jacuru,
este da triagem avançada, e, do Velox, Hebert Flores e Eduardo
Vallim, além da equipe de cabistas, que durante quatro dias,
varando um final de semana, se dedicaram sem tréguas a resolver
um problema de queda de linha do Velox. Um atendimento irrepreensível
que merece reconhecimento.
PS2: Já falei sobre o sítio
“El Castellano” em <www.elcastellano.org/>,
que envia por correio eletrônico gratuitamente, duas vezes
por semana, “La palabra del día”, a gênese
de uma palavra do idioma espanhol (que, devido à raiz comum,
em geral coincide com a da palavra correspondente em português).
Pois se você quer recebê-la diariamente, inscreva-se
em <www.elcastellano.org/checkout/suscripcion.htm>
e pague mensalmente um dólar e meio, menos de cinco merréis.
O pagamento pode ser feito eletronicamente por cartão de
crédito e, tendo em vista a excelente qualidade do trabalho
do Ricardo Soca, o jornalista responsável pelo sítio,
pechincha maior não há. Recomendo.