Jornal o Estado de Minas:
< Coluna Técnicas & Truques > |
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24/09/2009
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< Achando cabeçalhos > |
Há algumas semanas publiquei na seção “Pergunte ao Piropo” a resposta a um leitor interessado em uma forma simples de identificar a origem das mensagens de correio eletrônico que chegavam à sua caixa de entrada do provedor GMail, do Google. Respondi informando que hoje em dia existem recursos que tornam praticamente impossível identificar com segurança remetentes que fazem questão de permanecer anônimos, mas que ele poderia obter algumas informações que ajudariam a traçar o caminho percorrido pela mensagem na rede consultando seu cabeçalho. E expliquei como encontrar o cabeçalho de mensagens recebidas pelo GMail quando se usa um programa navegador (como o Internet Explorer ou Firefox) para gerenciar o correio eletrônico no próprio sítio do provedor. A resposta, cujo título é “Quem mandou esta mensagem?”, permanece disponível na seção “Pergunte/Comunicações” do Sítio do Piropo, em < www.bpiropo.com.br >. Depois, me dei conta que o assunto poderia interessar não apenas aos usuários do GMail como o de outros provedores de correio eletrônico. E não apenas aqueles que recorrem ao chamado “Webmail” (ou seja, administram seu correio eletrônico diretamente no sítio do provedor usando um programa navegador), mas também aos que recorrem a programas gerenciadores de correio eletrônico como o Outlook e Windows Mail. Por isso volto ao assunto. Primeiro cabe ressaltar que mesmo sendo praticamente impossível identificar um remetente que faz questão de permanecer incógnito, assim como determinar com segurança a origem de sua mensagem, pode-se ao menos saber de onde ela não veio. Esclarecendo: imagine que você acabou de receber uma mensagem de seu banco solicitando dados pessoais ou recomendando a tomada de medidas de segurança que implicam a transferência e abertura de um arquivo executável. A probabilidade de que uma mensagem deste tipo tenha sido enviada por um patife que se faz passar pelo seu banco para instalar em sua máquina um programa espião que vai permitir que ele tenha acesso a seus dados confidenciais é enorme. Se for este o caso (geralmente é; bancos não costumam mandar mensagens deste tipo), consultando o cabeçalho da mensagem suspeita dificilmente você irá identificar ou localizar o biltre que a enviou. Mas pelo menos pode se assegurar que ela não proveio de seu banco. Breve veremos como. Antes, porém, precisamos saber como ter acesso ao cabeçalho das mensagens recebidas. O problema é que cada provedor e cada programa oferecem um caminho diferente. Alguns, simples, como no caso do Webmail do provedor Terra: basta abrir a mensagem com um duplo clique e, na barra de tarefas, clicar no ícone “Ver cabeçalhos” (o último à direita). Ou do Outlook Express, onde basta acionar a entrada “Mostrar código fonte” do menu “Exibir” para ter acesso ao cabeçalho da mensagem. Mas há casos em que o cabeçalho fica escondido, como no Outlook fornecido com o Office. Na versão 2007, por exemplo, há que abrir a mensagem com um duplo clique e, na aba “Mensagem” do editor de mensagens, clicar no pequeno ícone ao lado de “Opções” para expandir seu grupo e acionar a entrada “Opções de mensagens” para abrir a janela correspondente. O cabeçalho será exibido na caixa “Cabeçalhos de Internet”, no pé da janela. Já no Windows Mail, há que clicar com o botão direito sobre a mensagem, acionar a entrada “Propriedades” e passar para a aba “Detalhes”, que mostra o cabeçalho completo. Nos demais programas sugiro recorrer à Ajuda do próprio programa efetuando uma busca com o termo “Cabeçalho” (“Header”, em inglês). Um cabeçalho da internet tem mais ou menos o aspecto mostrado na figura. A maior parte das informações é totalmente ininteligível para os mortais comuns, como nós. Mas ele contém algumas informações particularmente importante para o objetivo que temos em vista. Na semana que vem vamos analisá-las.
B. Piropo |