< Trilha Zero >
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29/11/1999
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< Dois
Monitores II: > |
Para instalar o segundo monitor em um micro com Windows 98 (Win 95 só aceita um) você precisa de três itens óbvios: um monitor, uma placa de vídeo e muita disposição. Os dois primeiros prescindem de justificativa. E breve você entenderá o porquê do terceiro. O monitor pode ser qualquer um, desde que "combine" com a placa de vídeo. Mas não recomendo menos que SVGA (mesmo porque nos dias de hoje é difícil encontrar um monitor que não o seja). E como, por razões práticas, convém usar a mesma resolução em ambos os monitores, dê preferência a um que alcance a resolução que você pretende usar no outro. Por exemplo: se seu monitor é de 17" e você deseja trabalhar nele com resolução de 1024x768, procure outro que possa exibir a mesma resolução (mas não necessariamente o mesmo número de cores). Porém se tudo o que você deseja é dar nobre uso ao velho monitor de 14" encostado depois da compra de um maior, a escolha evidentemente já está feita. Decidido o monitor, basta conseguir uma placa de vídeo compatível, com memória suficiente para alcançar a resolução e o número de cores pretendidas no segundo monitor. Note que quando eu digo "compatível" não me refiro apenas à interação entre placa e monitor, mas também ao fato dela suportar monitores múltiplos. E para começo de conversa, apenas placas PCI e AGP o fazem: as antigas placas ISA não suportam a função. Para saber se a sua suporta, consulte o manual: se ele não mencionar o assunto, o mais provável é que a placa não sirva. Em caso de dúvida, no arquivo Display.Txt de seu diretório Windows há uma lista das placas (e respectivos drives) que suportam a função. Para uma relação atualizada, consulte o artigo Q182708 da Microsoft Knowledge Base em <http://support.microsoft.com/support/kb/articles/q182/7/08.asp>. Uma dica: quem deve obrigatoriamente suportar a função é a placa secundária, não a primária (adiante discutiremos o conceito de placa "secundária"). Se a placa de vídeo suporta monitores múltiplos e é compatível com seu monitor, prossiga. Desligue o micro (totalmente: desconecte o cabo de força), abra o gabinete, procure um slot vago e espete a placa nele. Aparafuse-a no gabinete, encaixe nela o cabo do segundo monitor, verifique se as conexões estão firmes e recoloque o cabo de força. Isto feito, ligue primeiro ambos os monitores, eleve aos céus uma prece e em seguida ligue o computador. No começo você verá a habitual inicialização de Windows em um dos monitores (atenção: pode aparecer no novo ou no velho; seja qual for, é onde está ligada a controladora primária e ele será seu monitor número um). Depois, se tudo correr bem, o outro monitor começará a mostrar sinais de vida e logo exibirá uma mensagem que começa com "Se você puder ler esta mensagem o Windows inicializou com êxito este adaptador de vídeo...". A inicialização prosseguirá e logo serão exibidas no primeiro monitor as conhecidas mensagens dando conta que Windows encontrou um novo hardware e está instalando o software para ele. Terminada a inicialização, já com Windows em plena função, mova o cursor do mouse para qualquer ponto vazio da área de trabalho, clique com o botão direito e acione a opção "Propriedades". Na janela "Propriedades de Vídeo" passe para a aba "Configurações" e repare: lá existem agora dois monitores, numerados, com o de número dois "acinzentado". Clique com o botão direito sobre ele, acione a opção "Estender a área de trabalho do Windows a este monitor" e clique em "Aplicar". Aparecerá uma janela informando que se você prosseguir o monitor passará a fazer parte de sua área de trabalho, que alguns programas não aceitam mais de um monitor e blá blá blá. Clique em "Sim" e, helás! Seu segundo monitor receberá o sopro de vida dos deuses da informática e incorporar-se-á à sua área de trabalho. Se, logo na primeira tentativa, tudo correu exatamente como o descrito acima, não prossiga. Se for católico, interrompa o trabalho e mande rezar uma missa em ação de graças. Se não, encomende o ritual de gratidão, regozijo e júbilo mais relevante de sua religião, seja ela qual for. E, se for agnóstico, talvez seja o momento de reconsiderar a questão e ponderar que não somente existe um Ser superior responsável pela organização do universo, cujo poder é maior ainda que o do Bill Gates e cuja presença permeia as galáxias estendendo-se a recantos inalcançáveis até mesmo pela Microsoft, como também que Ele dedica a você um carinho todo especial e a benevolência reservada aos filhos mais diletos. Considere-se um Eleito e vá desfrutar das delícias de sua dupla área de trabalho. Aos demais, ou seja, ao resto da humanidade: calma, que na próxima semana começaremos a resolver o problema. Não desespere: chegaremos lá. Só não é tão fácil como a MS faz supor. B. Piropo |