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25/10/1999
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Cache: A Solução
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Semana passada apresentei o problema: impor limites à memória RAM usada pelo cache de disco de Windows 9x. Hoje, trago a solução. Trata-se do Cacheman. Um caso raro de coisa boa e barata. Na verdade, falta pouco para ser de graça: é um "presenteware" ("giftware", no original). Nunca ouviu falar? Eu também não, até ler a definição dada pelo Thomas Reisman, um programador alemão de 23 anos que vive em Coburg, na Bavária, a 300 km de Munique e desenvolveu o programa. Diz ele: "Se você gostou do programa e pretende continuar a usá-lo, então seja decente e me mande um presente. Que pode se qualquer coisa, desde um cartão postal até a versão registrada de um programa shareware desenvolvido por você". Um conceito interessante, pois não? Então, se você vai manter o programa em seu micro, mande um cartão postal para o rapaz (mas atenção: um de verdade, não desses eletrônicos, que ele classifica de "chatos"). O endereço está no arquivo de ajuda do programa. Para obter o Cacheman entre na página da Outer Technologies em [http://www.outertech.com/index.htm], mova o cursor para "Software" e clique em "Cacheman". Na página do Cacheman, clique no link "Download Now", escolha o sítio de onde transferir o programa e espere que o arquivo Cacheman.Zip, de 474 K, se aninhe em seu disco rígido. Isto feito, extraia seus dois arquivos comprimidos e execute o Setup.Exe. O Cacheman não roda em segundo plano, não ocupa memória nem torna seu sistema mais lento. Tudo o que faz é calcular os tamanhos máximo e mínimo do cache de disco em função do tipo de uso desejado para a máquina e das características do sistema. Isto feito, inclui as linhas correspondentes aos ajustes otimizados no arquivo de configuração System.Ini (sim, é neste arquivo arcaico e não no Registro que Windows 9x guarda os ajustes do cache, não é incrível?) e sai, recomendando inicializar novamente a máquina para que os novos ajustes surtam efeito. E temos conversado. O uso é simples. Ao ser carregado o Cacheman mostra os tamanhos total e livre tanto da memória RAM (memória física instalada) quanto da memória virtual (que inclui o arquivo de troca, ou "swap file"). Abaixo, exibe um conjunto de controles que permitem escolher os tamanhos máximo e mínimo do cache de disco e o tamanho do "chunk" (subdivisão do cache), além do número máximo de arquivos e diretórios armazenados no cache. Se quiser, você pode ajustar cada um destes parâmetros entrando com os valores desejados nas caixas de dados ou movendo os controles deslizantes. Mas se tivesse obrigatoriamente que fazê-lo o programa seria de pouca valia: afinal, como saber que valores escolher? A vantagem do Cacheman é que, se você assim o desejar, ele mesmo pode escolher os melhores valores. Basta clicar no menu "Settings", acionar a opção correspondente à sua versão de Windows (95 ou 98) e escolher uma das entradas, de acordo com o tipo de utilização da máquina. As possibilidades são: "Standard System", que atende a maioria dos usuários, "CD Writer", para máquinas com gravadores de CD (nas quais o tamanho do cache deve ser fixo para evitar que Windows perca tempo tentando calcular o melhor tamanho), "Power User", para quem roda muitos programas ao mesmo tempo, "Low memory system" para máquinas com pouca memória, "Multimedia" para quem usa o micro principalmente para rodar aplicativos multimídia, e "Quake 2, Unreal" para micros usados predominantemente para estes jogos. Para ajustar, basta clicar sobre a opção desejada (ao fazê-lo, os controles deslizantes mostram os valores escolhidos pelo programa). Depois, acione a entrada "Save and exit" do menu "File", saia do programa (opção "Exit" do menu "File") e reinicialize a máquina. Daí para a frente o cache se ajusta sempre entre os limites estabelecidos. O Cacheman é uma solução simples e elegante para um problema incômodo. Experimente. Naquelas máquinas que de quando em vez emitem aquele aviso irritante informando que falta memória, ele é praticamente obrigatório. Nas demais, certamente poderá melhorar o desempenho. Piorar, com certeza, não irá. E, afinal, é de graça. Ou quase: não esqueça do postal para o Thomas. B. Piropo |