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11/10/1999
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Senha Perdida
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Volta e meia recebo aflitas mensagens de leitores que não conseguem alterar os ajustes do "setup" do micro porque esqueceram a senha. São tantas, que a única solução que eu conhecia para este problema passou a figurar na seção "Respostas" de minha página pessoal, onde armazeno as respostas a perguntas de leitores que reputo de interesse geral. O problema é que a tal solução é um tanto radical: há que remover a senha "apagando" o conteúdo do CMOS, o chip que armazena os dados do setup. O que deita a perder a configuração da máquina. Pois graças ao Paulo Gil Carvalho, que me enviou uma simpaticíssima mensagem, descobri um programeto que resolve o problema de forma simples e elegante: investiga o conteúdo do CMOS e decodifica a senha. Não é infalível (o tipo de codificação depende do BIOS e nem todo sistema operacional permite acesso ao conteúdo do CMOS), mas funciona na maioria dos casos. E, se não funcionar, não se perde nada: o programa é gratuito e, ao ser executado, não altera o conteúdo do CMOS. Na pior das hipóteses, fica-se como antes: sem senha, mas com o micro funcionando. O programa (que apenas recupera a senha do "setup", usada para alterar a configuração do micro, não a que é solicitada para permitir que a inicialização prossiga) chama-se Cmospwd.Exe e pode ser encontrado em [http://www.esiea.fr/public_html/Christophe.GRENIER/]. Dê um pulo até lá mesmo que não esteja interessado nele: Christophe é um bem humorado francês que, além do Cmospwd, oferece outros utilitários interessantes (inclusive um driver para acessar arquivos em partições NTFS) e coleciona charges sobre a Microsoft que, por si mesmas, valem uma vista. Lembra do Prêmio Möbius? Já escrevi alguns artigos sobre ele. Seu objetivo é escolher os melhores trabalhos multimídia voltados para o desenvolvimento da educação, ciência ou cultura, apresentados em CD-ROM ou em sítios da Internet (sim, sítios mesmo; está lá no regulamento e na página do próprio Prêmio Möbius: "sítios"). Criado na França em 1992, hoje alcança onze países da Europa, Ásia e Américas, incluindo EUA, Itália, Inglaterra e Japão. Este ano teremos a quinta edição da etapa brasileira. Os vencedores serão encaminhados para participar do Prix Möbius, em Paris, onde um júri internacional escolherá os premiados dentre os vencedores das etapas locais. Eu já deveria tê-lo mencionado aqui e o teria feito, não estivesse no meio de uma série de colunas pois as inscrições estão por encerrar-se. Mas se você correr, ainda dá tempo: o prazo esgota-se na próxima sexta-feira, dia 15. A inscrição pode ser feita pelo correio e vale a data de postagem. E o trabalho não precisa estar concluído, já que são aceitas inscrições de trabalhos em fase de desenvolvimento (mas deverá estar pronto e acabado no final de novembro, quando o júri escolherá o vencedor). Para inscrever seu trabalho basta remeter para a professora Tamara Cohen Egler, a denodada presidente do Comitê de Seleção, alguns dados básicos como resumo do trabalho, título, nomes dos autores, uma imagem ilustrativa do trabalho (serve a capa do CD-ROM) e uma cópia em suporte digital do CD-ROM ou o URL do sítio, conforme o caso. E informar a categoria em que deseja concorrer: ciência, cultura ou educação. Mais informações sobre a inscrição e sobre as edições anteriores do Prêmio, com dados sobre os ganhadores e trabalhos selecionados nas etapas anteriores estão disponíveis no sítio do próprio Prêmio Möbius, em [http://www.ippur.ufrj.br/premiomobius/]. Ou com Fabiana Mabel ou Cyntia Fernanda, no telefone (21) 590-1191. Se você desenvolve trabalhos multimídia, participe. O Prêmio Möbius é um trabalho sério que merece seu apoio. E se pensa que pode ganhar a etapa brasileira mas não leva chance na disputa do prêmio internacional, concorrendo com EUA, Oropa, França e Bahia, engana-se. O grande vencedor do Prix Möbius 98 em Paris foi o excelente "Valetes em Slow Motion", de Kiko Goifman. Brasileiro sim senhor. PS: tenho recebido mensagens perguntando se meu correio eletrônico está com problemas. Não está. Quem está sou eu: minha falta de tempo crônica atingiu uma fase aguda e há duas semanas que minha caixa postal acumula mensagens sem resposta. Assorberbado de trabalho, tenho lido todas. Mas responder, que é bom, nem pensar. Se você é um dos missivistas que ficou sem resposta, minhas desculpas. Espero que breve as coisas melhorem e eu volte a manter em dia minha correspondência. Até lá, peço humildemente complacência e compreensão com este pobre escriba, engenheiro, professor, palestrante e mais umas tantas coisas que não fica bem declarar de público... B. Piropo |