Escritos
B. Piropo
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31/05/1999

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AOS LEITORES QUE COSTUMAM LER ESTA COLUNA SEMPRE NESTA PÁGINA: Vocês irão perceber que dois itens estão repetidos. Acontece que a coluna que é publicada aqui nem sempre é igual à que é publicada no Caderno Informática Etc. do Globo. Aqui sai sempre o original que é por mim enviado para publicação, enquanto que o que é publicado depende da diagramação do jornal. Semana passada dois assuntos foram cortados por falta de espaço na coluna publicada no Globo e foram incluídos com pequenas alterações esta semana. Peço desculpas pela repetição, mas lembro que ela ocorreu apenas aqui, não no jornal.

Esta é a coluna desta semana:

Eu disse aqui semana passada que o arquivo Io.Sys do Windows 98 em inglês integra a correção para o bug do ano 2000 da mesma versão. Mas não disse como obtê-lo. Por sugestão do Jorge Oliveira, informo que as atualizações de Windows 98 podem ser encontradas em [http://www.microsoft.com/windows98/downloads/corporate.asp]. Para conseguir o arquivo de maneira legal e segura, acesse a página e clique no link "Windows 98 Year 2000 Update". Isto o levará para a página do patch do bug do ano 2000. Nela, clique no link "Download Now" e passe para a página dos arquivos de correção. Há para diversas versões, inclusive em inglês e português do Brasil. Se a sua é em português e você ainda não efetuou a correção do bug do ano 2000, marque o botão de rádio em frente à linha "Accept License Agreement and begin download now (Portuguese - Brazilian)", clique em "Download Now" para baixar o arquivo Y2k.Exe de 1.293 K e execute-o para efetuar a correção e resolver dois problemas: o do bug do ano 2000 e o do Himem.Sys (inúmeros leitores me informaram que, após efetuarem esta correção, o Himem.Sys passou a aninhar-se na memória alta). Já se você está interessado exclusivamente no arquivo Io.Sys da versão em inglês, marque o botão de rádio em frente à linha correspondente (a primeira) e clique em "Download Now" para baixar o arquivo Y2k.Exe de 1.283 K. Mas atenção: NÃO O EXECUTE! Isto instalará a correção da versão em inglês sobre sua versão em português, o que pode resultar em uma cangancha federal. Ao invés disso, examine seu conteúdo (ele é um arquivo comprimido auto-executável; para investigar suas entranhas arraste seu ícone solte-o sobre o do WinZip ou programa similar). Procure pelo arquivo Winboot.Sys, de 222.390 bytes. Este é o Io.Sys da versão em inglês, apenas disfarçado com outro nome. Para com ele corrigir o problema do Himem.Sys, extraia-o, mude seu nome para Io.Sys e siga as instruções da Trilha Zero de 26 de abril (disponível na seção Escritos de minha página, em [http://www.bpiropo.com.br]).

Agora, amenidades: dia destes visitei o sítio do Batalhão de Polícia Rodoviária da Polícia Militar do RJ. Foi criado pelo Sgt. PM Florêncio, que não conheço pessoalmente mas que me parece ser um sujeito decidido. O rapaz é um autodidata e a página é fruto de seu próprio esforço. Ele pede para divulgá-la e solicitar aos visitantes que sugiram o tipo de informação que gostariam de encontrar por lá. Fica em [http://www.bprv-pm.rj.gov.br/] e merece uma visita não só para valorizar o esforço do Florêncio como pelas informações que contém. Que vão desde estatísticas (que, ao invés de agrupadas por Cia., me parece que ficariam melhor se listadas por rodovia, chamando a atenção para os trechos mais perigosos), instruções sobre como se comportar em caso de acidente e informações sobre direção defensiva e segurança nas estradas, além de links para órgãos correlatos e uma lista de telefones úteis. Não espere encontrar coisa de profissional: afinal, o próprio Florêncio se intitula principiante. Decidi divulgar a página assim mesmo porque me parece um bom exemplo de uso da Internet para servir ao público (agora, Florêncio, aqui entre nós: não sei se é uma boa idéia pedir o nome do visitante na entrada. Para mim, não tem problema. Mas sabe como é: tem um bocado de gente por aí que não se sente muito à vontade dando o nome para a polícia...)

Depois de um bom exemplo, um mau: há duas semanas o leitor Hélio Costa me informou que o sítio da Embratel continha um arquivo contaminado com o vírus W95.CIH. Disse que havia avisado ao webmaster, que respondeu dando conta que removeria o arquivo. O Hélio, que enviou-me cópia da resposta, perguntou minha opinião sobre o assunto. Eu disse que a coisa era grave mas que, afinal, acidentes acontecem. E como o webmaster havia se prontificado a corrigir o problema, entre mortos e feridos salvar-se-iam todos. Semana passada recebi nova mensagem do Hélio avisando que o arquivo "bichado" continuava lá. Verifiquei e, por incrível que possa parecer, é verdade. Trata-se do instalador do Shock Wave, em [http://www.embratel.net.br/ajuda/Shockwave_Installer.exe]. Acabei de baixá-lo (para que não haja dúvidas: são três e meia da tarde de quarta-feira, dia 26 de maio) e o Norton Anti Vírus flagrou imediatamente a contaminação. Ora, realmente acidentes acontecem. Mas uma empresa como a Embratel, depois que o webmaster foi avisado, manter por tanto tempo à disposição do público um arquivo contaminado, francamente, me parece de uma irresponsabilidade sem limites. O CIH, também conhecido como Chernobyl, é um vírus particularmente destrutivo. Um pobre coitado, sentindo-se seguro por se tratar da Embratel, baixa o arquivo e perde tudo o que tem em seu HD. A responsabilidade é de quem?

Ah, o título de hoje? Palavra nova, ouvida em um comercial de TV. Cada vez que a ouço, não sei porque, me ocorrem mais dois neologismos: "ignorez" e "estupidância". E me dá vontade de retrucar que "refrescância", minha senhora, é frescura mesmo.

B. Piropo