Escritos
B. Piropo
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05/04/1999

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Hoje, mais uma interrupção para jogar conversa fora. Começando pelo meu xodó, o XTree. Quem lê estas mal traçadas há algum tempo sabe de minha paixão pelo programinha. Um utilitário tão bom que até recentemente era carregado automaticamente durante a inicialização de meu Windows 98 apesar de ser um programa DOS (a versão para Windows foi um desastre e fez o XTree naufragar de vez). Mas com os nomes longos e outras mumunhas de Windows, tornava-se cada vez mais difícil usá-lo. Pois acabo de substitui-lo por um sucedâneo que, ao contrário do esperado, está melhor que o original.

Há tempos eu vinha recebendo mensagens de amigos mencionando o ZTreeWin, um programa desenvolvido pelo Kim Henkel. Um sujeito tão apaixonado quanto eu pelo velho XTree, porém mais pragmático: ao invés de lamentar a perda, pôs mãos à obra e dedicou-se a desenvolver um programa Windows 9x à imagem e semelhança do velho XTree. Eu o experimentei há alguns anos, ao ouvir falar dele. Mas faltavam tantas funções que deixei-o de lado e continuei usando o original.

Acontece que o programa evoluiu. E, por recomendação do Antonio Cordeiro, decidi dar uma olhada na última versão, a 1.41. E descobri que ela inclui todos os comandos usuais do XTreeGold (pelo menos eu, um "heavy user" do XTree, não dei por falta de nenhum) e acrescenta novos, como "Alt+Info" (que fornece informações detalhadas sobre arquivos e diretórios) e "sHortcut" (que cria atalhos de arquivos e diretórios), além de acrescer novos formatos a antigos comandos, como "Alt+File display", que exibe os nomes longos em sua totalidade. E a função "Graft" funciona. Em suma: o programa está um primor.

ZTreeWin pode ser obtido em [http://www.ztree.com]. É shareware e seu registro custa apenas US$ 30. Portanto, se gostar, registre-o. E para quem não conheceu o XTree e resolveu experimentar o ZTreeWin por ter lido esta coluna, uma advertência: não espere figuras semoventes e barulhinhos engraçados. É um programa que usa janela de caracteres, com a "cara" do velho DOS e todo o jeitão de antigüidade. Mas ainda não se fez nada melhor para gerenciar arquivos e discos rígidos.

Mudando de assunto: volta e meia recebo mensagens desesperadas de usuários que perderam dados. Todas começam do mesmo jeito: "ah, se eu fizesse backup!". E terminam iguais: "pelamordedeus, me diga como recuperar meus dados". Não vou tripudiar, reiterando meu espanto pela fé que essas pessoas depositam na tecnologia a ponto de confiar seus dados, muitas vezes produtos de anos de trabalho, a um disco de metal recoberto com uma tênue camada magnética que gira milhares de vezes por minuto mantendo uma distância menor que a espessura de um fio de cabelo de uma cabeça metálica que se tocar a superfície pode provocar um dano irreparável. Ao contrário, desta vez venho em seu socorro trazendo duas possibilidades de mitigar suas dores.

A primeira é o Lost & Found da Power Quest, a mesma softhouse do excelente Partition Magic. O programa é capaz de recuperar arquivos apagados mesmo após formatação (desde que não tenham sido sobrescritos), inclusive em discos fisicamente danificados e ainda que setores críticos como o diretório raiz ou o setor de boot estejam corrompidos ou ausentes. Funciona com drives IDE, EIDE e SCSI em qualquer configuração, tanto em FAT 16 como FAT 32. E não grava sobre os arquivos danificados (portanto não impede que a recuperação seja tentada posteriormente por outros meios). É distribuído no Brasil pela CCS. Custa US$ 77. Maiores informações (em português) em [http://www.powerquest.com.br] – onde é possível obter uma versão de demonstração que identifica os arquivos recuperáveis em um HD danificado.

A segunda é o sítio do Sérgio Raposo, em [http://www.megaline.com.br/users/sraposo/]. Lá se encontram informações sobre cuidados a tomar com o HD e como proceder em caso de perda de dados. Além, evidentemente, do oferecimento dos serviços do Sérgio para recuperar dados (a um custo estimado em R$ 300 que, no entanto, somente serão cobrados caso a recuperação tenha sido bem sucedida).

Para evitar ser mal interpretado, um aviso: costumo recomendar apenas produtos que conheço. Como meus dados, felizmente, permanecem em segurança, ainda não testei o Lost & Found nem experimentei o trabalho do Sérgio. Portanto isto não é uma recomendação, mas mera informação sem compromisso, cujo objetivo é prestar um serviço aos necessitados – e que somente foi incluída aqui por saber como é dura a aflição de quem está desesperado pela perda de seus dados e não sabe como recuperá-los.

Finalmente, já que falamos de sítios: recomendo uma visita a [http://www.abelalves.com], o novo sítio do Abel Alves. Ainda está em desenvolvimento, portanto não se surpreenda quando tropeçar em uma ou outra página "em construção". Mas o Abel é um craque, de modo que mesmo assim vale a pena a visita. Sobretudo pela página de links, um achado para quem gosta de informações técnicas sobre computadores.

B. Piropo