Anteriores:
< Trilha Zero > |
|
|
02/06/1997
|
< Recriando o Registro > |
A forma mais simples e direta de criar uma cópia de segurança do Registro é usar o próprio editor do Registro para este fim, selecionando a opção "Exportar arquivo de Registro" do menu "Registro". Ao fazê-lo, abre-se uma janela solicitando o nome do arquivo da cópia de segurança e o diretório onde ele será armazenado. Se no painel esquerdo do editor do Registro estiver selecionado "Meu computador", o botão de rádio "Todos" aparece marcado. Se quem estiver selecionada for uma das chaves ou subchaves, aparece marcado o botão "Ramificação selecionada" (e então para criar uma cópia completa do Registro basta marcar o botão "Todos"). O diretório default é Windows, mas você pode escolher qualquer outro, inclusive de outro disco (mas dificilmente o arquivo caberá em um disquete, portanto selecione um diretório de um disco rígido). Agora, para gerar a cópia, basta entrar com o nome do arquivo na caixa correspondente (sugiro Regbkp.Txt) e clicar no botão "Salvar". Experimente: crie sua cópia de segurança no diretório Windows. Mal não faz. E, em caso de necessidade, pode fazer um bem danado. Algumas observações: se você entrar apenas com o nome, sem extensão, Windows 95 atribuirá ao arquivo a extensão Reg. Então por que cargas d'água recomendaria eu usar a extensão Txt? Por duas razões. A primeira é que, como você logo verá, sua cópia de segurança é um enorme arquivo que contém todas as chaves, subchaves e valores de seu registro no formato texto puro. Portanto a extensão Txt é perfeitamente apropriada. A segunda é que se você aceitar a extensão default Reg para o arquivo e executar inadvertidamente e um duplo clique sobre seu ícone, deflagrará a ação default para arquivos Reg. E esta ação default, pasme, é "importar" o arquivo Reg, transferindo seus dados para o Registro. Algo absolutamente desastroso se feito sem querer. Portanto, para evitar que algum bisbilhoteiro provoque uma desgraça ao executar um clique duplo sobre o ícone do arquivo "só pra ver o que acontece", use a extensão Txt. E se você o fez, abra o Windows Explorer, procure pelo ícone do arquivo e execute um duplo clique sobre ele. Como ele usa a extensão Txt, será aberto pelo Notepad (ou, mais provavelmente, será aberta uma janela informando que o arquivo é grande demais para o Notepad e propondo usar o Wordpad; aceite e dê uma boa espiada no arquivo). Se você quer adotar uma sólida política de segurança, crie diariamente uma cópia de seu registro, preferivelmente no diretório Windows. Nos dias pares, chame-a de Regbkp2.Txt e nos ímpares Regbkp1.Txt. Faça isto todo o dia e terá sempre ao alcance da mão duas cópias de segurança do Registro. Por pior que seja a cangancha que você arrume em seu micro, provavelmente pelo menos uma estará em bom estado. Mas só ter a cópia não basta: é preciso saber como recriar o Registro a partir dela. Aparentemente a forma mais simples é adotar o procedimento oposto: acionar a opção "Importar Arquivo de Registro" do menu "Registro" do editor do Registro. Ao fazê-lo, abre-se uma janela para selecionar o arquivo. Nenhuma de suas cópias de segurança aparece nela, mas não se assuste: isto ocorre porque por padrão a caixa só mostra os arquivos com extensão Reg. Clique na seta para baixo que aparece ao lado da caixa "Arquivos do tipo:" e selecione "Todos os arquivos (*.*)" para fazer aparecer suas cópias. Agora, basta selecionar uma delas e clicar no botão "Abrir". Um procedimento de uma simplicidade franciscana, mas que tem dois graves inconvenientes. O primeiro, mais óbvio: como depende do editor de registro, só funciona dentro de Windows 95, e se o problema com seu Registro foi grave o bastante para impedir o boot, danou-se. O segundo, mais sutil: a opção "Importar" não tem o significado esperado, que seria substituir todo o registro pela cópia de segurança. No jargão da Microsoft, ela significa copiar no Registro todas as chaves existentes na cópia de segurança (e seus valores, evidentemente), porém mantendo no Registro (e não removendo, como seria de esperar) tudo que ele contém e não está na cópia. Ou seja: se a fonte de seus problemas for uma chave criada depois de sua última cópia de segurança, "Importar" não vai resolvê-los, visto que a chave malcomportada permanecerá no registro. Semana que vem encerraremos, afinal, esta série examinando um procedimento que resolve ambos os problemas e, de lambuja, dois programetos muito úteis para quem gosta de manter o Registro em bom estado. PS: Se as coisas correrem como eu espero, no momento em que você estiver lendo esta coluna eu estarei no caminho de Natal, a coisa mais próxima do paraíso que conheço neste vale de lágrimas. Vou fazer uma palestra no Infovia 97, um dos mais agradáveis eventos de informática de que já participei. E, nos intervalos, dedicar-me com afinco às árduas tarefas de tomar água de coco (eu não me conformo com esta palavra não ter mais acento! É um perigo, este negócio...) e curtir o sol de Ponta Negra. Todo este sacrifício só para manter você bem informado. É dura esta vida de escrivinhador... B. Piropo |