Escritos
B. Piropo
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03/06/1996
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Hoje vamos discutir uma questão proposta pelo leitor José Luiz Cesário. Nada de muito complexo. Pelo contrário: um problema corriqueiro que acontece com quem, premido pela estranha propriedade que faz os gases e os arquivos se expandirem até ocupar inteiramente o espaço em que estão contidos, precisa trocar de disco rígido ou acrescentar um novo ao existente. O problema consiste em transferir Windows e tudo o mais que esta no disco velho para o novo e fazer deste último o disco de boot.

Vou partir do princípio que quem se dispõe a instalar um novo disco rígido sabe configurá-lo seja como drive C: (no caso dos discos IDE, drive "master"), seja como drive D; (drive "slave"). Portanto, vamos diretamente ao que interessa. Mas antes de qualquer outra coisa, faça um backup completo de seu atual drive C:. Provavelmente você não precisará dele, mas se algo der errado você terá como restaurar os arquivos.

Para começar, será necessário um disquete de boot. Se você ainda não tem, faça um correndo. Disquetes de boot são como extintores de incêndio: talvez você jamais precise deles, mas se um dia precisar vai lamentar não ter um à mão. Ponha um disquete no drive A: e do prompt do DOS comande FORMAT A: /S para gerar um disquete de boot, transferindo para ele os arquivos de sistema. Depois, copie nele os arquivos Format.Com, Fdisk.Exe e Xcopy.Exe de seu atual diretório DOS, pois irá precisar deles. E, finalmente, deixe o disquete no drive A: e dê um novo boot. Se tudo correu bem, depois de entrar com data e hora correntes você verá o prompt do drive A:. Caso contrário, o boot foi dado do drive C: e você terá que acionar o setup para habilitar o boot pelo drive A: (se não sabe como, recorra à sua coleção de Informática Etc. e consulte o Microcosmo de 13/05/96, que explica direitinho).

Isto feito, desligue o micro, abra o gabinete, configure o drive que está na máquina como "slave", configure o novo como "master", instale-o no gabinete e conecte-o aos cabos de dados e de força. E dê um novo boot com seu disquete de boot no drive A:.

Neste ponto, por segurança, comande DIR C:. Se o novo drive for mesmo novo em folha, aparece uma mensagem informando ser impossível acessá-lo - o que garante ser ele mesmo que está no lugar de seu drive C: (em situações assim este tipo de cuidado nunca é demais: pequenos erros podem ser fatais para seus arquivos). Agora que você tem certeza que o drive C: é o disco novo, particione-o da maneira que achar melhor. Se estiver em dúvida, crie uma partição única e torne-a ativa (se não souber como, recorra novamente ao Microcosmo, que dedicou toda uma série de colunas ao assunto; em princípio, basta rodar o programa Fdisk que você copiou no disquete de boot, seguir as instruções e em caso de dúvida aceitar as opções default).

Depois de particionado o novo drive, é preciso formatá-lo e transformá-lo em um disco de boot. O que pode ser feito do prompt do drive A: comandando FORMAT C: /S. Isto feito, verifique se a tarefa foi bem sucedida removendo o disquete do drive A: e dando um novo boot - que, se tudo correu bem, será dado do Drive C: comprovando que seu novo drive está corretamente instalado, particionado e formatado. Agora, basta transferir para ele os arquivos do outro disco rígido (antigo drive C:, atual D:).

Se você tem um utilitário tipo XTreeGold, isto pode ser feito com dois comandos, o primeiro para marcar todos os arquivos do drive D:, o segundo para copiar a árvore de diretórios inteira do drive D: para o C:. Caso contrário, a tarefa terá que ser executada comandando XCOPY D: C:\ /S /E do prompt do drive A:. Este comando também copia toda a árvore de diretórios do drive D: para o drive C:, incluindo os diretórios vazios. Mas tem um senão: não copia os arquivos ocultos e de sistema. Para copiá-los você terá que localizá-los em cada subdiretório do drive D: com o comando DIR /A:H (que lista apenas os arquivos ocultos), remover o atributo "oculto" de cada um deles com o comando ATTRIB -H <nomearq.ext> (onde "nomearq.ext" são o nome e a extensão do arquivo), copiá-los nos respectivos subdiretórios do drive C: e repôr o atributo "oculto" de cada arquivo comandando ATTRIB +H <nomearq.ext>.

Pronto. Missão cumprida. Agora basta testar seu novo drive carregando e rodando Windows e todos os demais programas. Tudo correndo nos conformes, você já pode remover o drive D: (se não mais o quiser na máquina), ou simplesmente se livrar de todos os seus arquivos reformatando-o. E temos conversado.

B. Piropo