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24/02/1992
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Uma das maravilhas do DOS é a forma como ele se entende com a máquina. Vocês se lembram, é claro, que o sistema operacional nada mais é que um moleque de recados entre os outros programas e o hardware. Quando um editor de textos, por exemplo, quer gravar um arquivo, não precisa fazê-lo diretamente: pede ao sistema operacional que o faça e vai se preocupar com outras coisas. Basta especificar o nome do arquivo e o drive onde ele será gravado, que o DOS se encarrega do resto. E quando um programa quer ler um arquivo, diz ao DOS seu nome, drive e via de diretório e espera que o DOS o entregue incólume. Onde o DOS vai buscá-lo não interessa ao programa. Por exemplo: se ele pediu para ler um arquivo do drive K e o recebe, pouco importa o que o sistema operacional entenda por drive K: um drive de disquete, um disco rígido, um disco RAM mantido na memória ou até mesmo um diretório que está simulando um drive (breve veremos como isto é possível). O programa pega seu arquivo e vai em frente todo serelepe. Note que eu escrevi ai em cima "drive K" mesmo. E "K" é a décima primeira letra do alfabeto. Será que há algum micro com tantos drives? Bem, drives físicos, dificilmente. Mas tome por exemplo um micro com dois discos rígidos de quatro partições cada um, dois drives de disquetes e um disco RAM: uma situação perfeitamente viável. Na qual existem apenas quatro drives físicos, mas onze drives lógicos. E neste caso o disco RAM será o drive K. Pois bem: em uma máquina destas, é preciso informar ao sistema operacional que ele vai trabalhar com mais drives que o habitual. Porquê, se nada for dito em contrário, ele está preparado para trabalhar com um máximo de cinco drives lógicos: se você quiser mais, vai ter que avisá-lo. E, sabemos todos, para isto serve o arquivo Config.Sys. Que usa um comando exatamente para informar ao DOS o limite máximo de drives lógicos com que ele irá lidar, ou seja, que letra deverá reservar para o último drive. Com um nome nada surpreendente: "Lastdrive". Adiante vamos discutir alguns comandos que poderão fazer com que você deseje aumentar o número de drives lógicos de seu micro. E de nada adiantará usá-los se a máquina não estiver configurada para aceitar o número desejado de drives. Mas o problema é de fácil solução: conte os drives de sua máquina, as eventuais partições de seu disco rígido e os demais drives lógicos que você pretende incluir. Veja em que letra eles "acabam". Vamos supor que o último deles seja o drive K, como no exemplo lá de cima. Neste caso, basta incluir em seu Config.Sys a linha: LASTDRIVE=K e seguir em frente alegremente usando seus onze drives. Só uma observação: não se deixe levar pela tentação de lascar logo um "lastdrive=z", o máximo permitido (por razões evidentes: "Z" é a última letra do alfabeto). Cada drive lógico consome um pouco de memória onde mantém alguns dados usados pelo sistema operacional para gerenciá-lo, e especificar mais do que o necessário é desperdiçar memória inutilmente. B. Piropo |