Sítio do Piropo

B. Piropo

< Trilha Zero >
Volte de onde veio
21/04/2003

< Cuidados Básicos >


As mensagens que recebo de leitores indicam que, se cuidados elementares fossem tomados, seria possível evitar a maior parte dos problemas em seus micros. Ou, pelo menos, corrigi-los sem grandes aborrecimentos.
O primeiro cuidado, embora mais elementar, é o mais raro: cópias de segurança. Há programas desenvolvidos exclusivamente para facilitar essa tarefa. Mas se você não quer se dar ao trabalho de escolher um, use o que vem com o próprio Windows. Está no menu Iniciar, “Programas”, “Acessórios”, “Ferramentas do sistema”. Chama-se “Backup”, e se não o encontrar lá é porque não foi instalado (nesse caso, vá até a aba “Instalação de Windows” do objeto “Adicionar e remover programas” do Painel de Controle para instalá-lo). Criar cópias de segurança regularmente, ao menos dos arquivos de dados e com intervalo máximo de uma semana, é tedioso e muitas vezes você se perguntará se vale mesmo a pena. A resposta virá naturalmente quando você perder o conteúdo de seu disco rígido (não se ofenda com este “quando”, não estou lhe rogando praga, apenas aplicando a lei das probabilidades). Para gravar as cópias, o ideal são as unidades de fita. Mas são caras. O melhor substituto são os discos CD-R ou CD-RW mas, para cópia de segurança dos arquivos de dados, unidades Zip também servem. Com os preços atuais dos discos rígidos, uma unidade adicional só para cópias de segurança pode ser uma solução. Disquetes, nem pensar: sai caro e a confiabilidade está longe da ideal.
Se a providência anterior o mantém protegido dos efeitos da “perversidade universal da matéria”, a próxima visa protegê-lo da perversidade de seus semelhantes: instale um antivírus e mantenha escrupulosamente atualizadas as definições de vírus. Nos tempos atuais, em que o correio eletrônico tão facilmente espalha vírus, cavalos de Tróia, vermes e assemelhados, explicações sobre a necessidade de um antivírus são absolutamente supérfluas. Instale-o, e temos conversado. Mas mesmo com ele instalado, nunca, jamais, em tempo algum, abra um arquivo executável de procedência desconhecida. E mantenha uma sadia desconfiança contra os de procedência conhecida.
O cuidado seguinte visa garantir que dados importantes não sejam subtraídos de sua máquina sem seu conhecimento enquanto você navega na Internet: instale um “firewall”. Trata-se de um programa que controla a troca de informações entre a máquina e o mundo exterior, permitindo o tráfego apenas das seguras. Pode ser um programa comercial, como o Norton Firewall (em 4/02/2002 publiquei um artigo sobre ele que permanece disponível na seção “Escritos / Artigos em O Globo” de meu sítio, em <www.bpiropo.com.br>) ou um gratuito, como o ZoneAlarm, da ZoneLabs (<www.zonelabs.com>).
O resto é o trivial: mantenha Windows atualizado (sobretudo no que toca às atualizações de segurança), verifique regularmente a integridade do Registro de Windows e dos discos rígidos (o Norton Utilities é um boa ferramenta para isso), desfragmente arquivos periodicamente e, sobretudo, tenha cuidado com o que instala em sua máquina: muitos dos programas gratuitos (sobretudo os de troca de arquivos de música) são acompanhados de programas “spyware” que monitoram sua navegação. Mas isso é papo para outra coluna.
PS: quem leu a coluna do último dia sete e deixou para visitar o sítio da Microsoft alguns dias depois deve ter estranhado. A coluna alertava que mudanças no gerenciamento de memória introduzidas com o SP1 faziam com que programas que alocam e liberam grandes blocos de memória levassem até dez vezes mais tempo para carregar. E informava que a MS havia reconhecido o problema, divulgando-o em sua base de dados através do artigo 815411 intitulado “Programas rodam mais lentamente depois que você instala o Windows XP SP-1”. Ocorre que, hoje, na página da MS citada, realmente se encontra o artigo 815411, porém com diferentes título (“Windows XP SP1 Heap Algorithm Update for Atypically Large Heap Requests”) e conteúdo (descreve um problema após a instalação do SP1 de Windows XP muito menos grave que o relatado pela coluna). O que ocorreu é que, após constatar que o problema não era tão sério, em vez de informar que havia se equivocado, a MS simplesmente trocou o título e conteúdo da página, deixando mal esse pobre colunista. Mas ficaram rastros. Como o do artigo de Stacey Cowley na PC World online
(em <computerworld.co.nz/webhome.nsf/UNID/{sem quebra de linha. N. WM.}
EE2A9AEE7C2AEE3BCC256CF60077D96C!opendocument
>),
que cita o artigo 815411 com título e conteúdo originais, para provar que não foi miragem.

B. Piropo