Imagine
que a tela de seu computador de mesa fosse destacável e você pudesse se movimentar com ela por toda a casa ou escritório. Imagine ainda que ela tivesse uma superfície sensível onde fosse possível escrever com um estilete quando longe do teclado e mouse. Com ela você poderia consultar receitas diretamente da cozinha, verificar seu correio eletrônico na poltrona da sala, atualizar a planilha de despesas na cama e navegar na Internet enquanto estivesse, digamos, meditando, no
banheiro. Que tal lhe parece a
idéia?
Bem, a idéia já amadureceu e os dispositivos propriamente ditos estarão disponíveis dentro de um mês. Chamar-se-ão Smart Displays e terão a aparência dos novos micros tipo tablet, mas sem seu poder de processamento, todo feito no micro de mesa. Na verdade não passarão de monitores com tela sensível de cristal líquido que trocarão o velho cabo do monitor por uma conexão sem fio usando o protocolo 802.11b, ou Wi-Fi. Quem os idealizou e batizou foi a Microsoft.
Alguns fabricantes, como a ViewSonic,
lançarão os primeiros modelos em janeiro. Não serão baratos: o de dez polegadas custará mil dólares e o de quinze polegadas, mil e trezentos. Uma nota razoável. E exigirão que o micro rode Windows XP Professional, o
único sistema operacional que os suporta.
O
anúncio do lançamento foi feito pelo próprio Bill Gates durante a Comdex Fall, há poucas semanas, em Las Vegas. Detalhes sobre a apresentação de Gates e sobre os dispositivos propriamente ditos podem ser encontrados no sítio da MS, em <http://www.microsoft.com/windowsxp/smartdisplay/>.
Os
smart displays são apenas um dos aspectos da nova tecnologia desenvolvida pela MS denominada “Mira”. Seu objetivo é tornar a exibição de dados no monitor fisicamente independente do micro que os gera, usando transmissão sem fio. Segundo essa concepção, computadores não mais precisarão estar ligados a monitores: a saída poderá ser exibida em qualquer dispositivo aderente à tecnologia Mira, desde smart displays até micros de mão ou mesmo televisões de tela plana e grandes dimensões. É esperar para ver.
E
bom Natal, que esta é a última coluna antes da chegada do Papai Noel.
B.
Piropo