Sítio do Piropo

B. Piropo

< Trilha Zero >
Volte de onde veio
21/10/2002

< Lindows e Disque Piropo >


Conhece o sistema operacional “Lindows”? Se não, vá até <http://lindows.com/> e descubra que na Wal Mart (de lá) pode-se comprar um micro com 128 Mb de RAM, HD de 10 Gb, processador de 800 MHz e drive de CD-ROM com sistema operacional Lindows por menos de US$ 200. E que por US$ 99 compra-se um CD com o Lindows OS e centenas de programas. Fuçando um pouco mais descobrirá ainda que o Lindows é derivado do Linux e usa uma interface gráfica baseada em janelas (“windows”, em inglês). Daí o nome: “Lin”, de Lin-ux, e “dows”, de “win-dows”.

Mas peraí: de “win-dows” ou de “Win-dows”? A inicial faz uma bruta diferença. Tanto assim que em dezembro de 2001 a Microsoft, presumindo ser a inicial maiúscula, lascou uma ação judicial contra a empresa Lindows.Com Inc. alegando o uso de uma marca registrada pela MS. E você pode acompanhar, documento a documento, as idas e vindas do processo no sítio <http://info.lindows.com/lindows/>.

Acontece que a coisa não está correndo exatamente do jeito que a MS esperava. Tanto assim que no último 15 de março o juiz distrital John Coughenour, responsável pelo caso, não somente negou a moção da Microsoft solicitando a proibição do uso da marca “Lindows”, como também levantou dúvidas sobre o fato da palavra “windows”, um termo de uso comum, poder ser registrada como marca.

Para que se tenha a medida exata da confusão em que se meteu a MS, aqui vai um trecho do despacho do Juiz: “As evidências mostram que os consumidores usam os termos ‘windows’, ‘window’ e ‘windowing’ para se referir a um tipo de interface gráfica ou programa, incluindo sistemas operacionais, no qual janelas superpostas são a característica visual predominante”. E, adiante: “Embora este tribunal concorde que a marca ‘Windows’ ganhou um sentido secundário, nenhum grau de sentido secundário pode transformar um termo genérico em uma marca, não importa o volume de recursos e trabalho empenhados na promoção das vendas da mercadoria. Do contrário qualquer fabricante poderia retirar uma palavra de uso comum do domínio público”.

Resultado: semana passada a empresa Lindows.Com Inc. solicitou ao juiz não apenas que encerrasse o caso da MS contra ela como também que cassasse o registro da marca “Windows” por se tratar de palavra de uso comum. Quer dizer: do jeito em que vão as coisas, a MS corre o risco de perder os direitos sobre a marca. Ou então gastar uma nota preta e se aporrinhar um bocado para mantê-los.

Eu não sei não, mas tenho a forte impressão que a MS mexeu em um vespeiro. O tipo do caso em que se vai buscar lã e corre-se o risco de acabar tosquiado...

PS: Nos idos de 94 mantive um programa no rádio, um boletim de três minutos sobre informática veiculado pela CBN em rede nacional. Seus textos estão na seção “CBN Informática” da página “Escritos” de meu sítio, em <www.bpiropo.com.br>. Durou o tempo de uma gestação: nove meses exatos, após os quais morreu de inanição por absoluta falta de patrocínio.

Tanto quanto me foi dado perceber, o problema estava do lado dos patrocinadores. Porque da parte dos ouvintes a acolhida foi excelente. A audiência era tanta que certa feita fui reconhecido em uma feira, fora do Rio, apenas pela voz. E até hoje encontro pessoas que lamentam o desaparecimento do programa e me estimulam a ressuscitá-lo. Mas como, se me falta conhecimento nas hostes radialísticas?

Dia desses soube do FaleDireto, um serviço de caixa postal de voz da J3M que é um achado (veja como funciona em <www.j3m.com.br>). E, ao descobri-lo, encontrei a maneira de ressuscitar o programa. Assim nasceu o “Disque Piropo”. Uma reedição do boletim diário sobre informática, com dicas, notícias e comentários. Não mais por rádio, mas por telefone.

Funciona assim: você ganha uma caixa postal de voz à qual terá acesso exclusivo. Diariamente, de segunda a sexta-feira, eu gravarei nela um boletim. Para ouvi-lo, basta discar para sua caixa postal e identificar-se com seu código de usuário e senha.

Um “programa de rádio” por telefone tem suas vantagens. Não é preciso estar ao lado do rádio na hora do programa: pode-se ouvi-lo em qualquer horário e de qualquer telefone. E se não conseguiu distinguir um termo técnico ou um endereço da internet durante a primeira audição, repita quantas vezes quiser.

Interessado em experimentar o Disque Piropo? Vá até <www.disquepiropo.com.br> e preencha os dados solicitados. Não custa nada. Nada mesmo: o acesso à sua caixa postal será totalmente gratuito durante um mês. Depois disso, se desejar, você poderá mantê-lo a um custo tão irrisório que me envergonha mencioná-lo aqui. Mas garanto: pechincha maior não há...

B. Piropo