Sítio do Piropo

B. Piropo

< Trilha Zero >
Volte de onde veio
30/07/2001

< Boa Impressão >


Nesses vinte anos da era dos computadores pessoais a informática evoluiu um bocado. E, com ela, a tecnologia da impressão. Tome como exemplo a Z13, da Lexmark. É o membro mais humilde dos quatro modelos da linha “Z 2001”, disponíveis dentro de dois meses no Brasil. Simples e compacta, foi concebida para uso doméstico e é daquele tipo de impressora que exige a troca do cartucho quando se vai passar da impressão de documentos em cores para preto e branco. No entanto imprime em cores com resolução de 1200 x 1200 pontos por polegada quatro páginas por minuto (sete, se em preto) e custará, no Brasil, menos de duzentos reais (R$ 199, para ser exato). Um produto que, nos albores da informática pessoal, não era sequer sonhado. E, se fosse, custaria uma fortuna.

A Lexmark é uma das quatro grandes contendoras no mercado de impressora. E a palavra “contendora” é mais apropriada do que parece: este mercado é uma guerra onde o combate é acirrado e no qual a Lexmark está crescendo graças a uma política de vendas que inclui alianças com fabricantes de computadores e grandes cadeias de varejo, à garantia “Lexmark Express” (direta ao consumidor e que promete trocar a impressora por uma nova em caso de defeito) e a aperfeiçoamentos tecnológicos como o sistema “AccuFeed” (uma adaptação do dispositivo de alimentação de papel usado nas impressoras laser para garantir a precisão da impressão em jato de tinta). E impôs a si mesma a meta de conquistar em curto prazo o segundo lugar em “presença de mercado” (“market share”). A julgar pelo ímpeto e entusiasmo que os executivos da Lexmark demonstraram no seminário “Impression 2001” que reuniu em Key Largo representantes da imprensa latino-americana para o lançamento dos novos modelos da linha “Z”, tem uma boa chance de conseguir.

A Lexmark tem apenas dez anos, mas conta com mais de treze mil empregados e dispõe de pontos de venda em 150 países. Sua esperança de crescimento se baseia na constatação que, na era da internet, as tarefas de impressão evoluíram de “imprimir e distribuir”, com grandes centrais de impressão enviando documentos pelo correio, para “distribuir e imprimir”, onde os documentos serão distribuídos eletronicamente e impressos em milhões de impressoras espalhadas por todo o mundo. De acordo com esse conceito, até as prosaicas contas de serviços públicos entrarão nessa dança e serão impressas pelo próprio usuário após uma consulta ao sítio do servidor.

É para fazer face a essa demanda que a Lexmark lança seus novos modelos. Além do 13, a linha Z tem mais três: 33, 43 e 53, todos com dois cartuchos (tinta preta e cores, permitindo alternar a impressão sem necessidade de trocar o cartucho), maior resolução (1200 x 2400) e taxas de impressão que variam de nove a 16 páginas por minuto (cinco a oito, se em cores), cada uma destinada a um segmento: uso pessoal, impressão fotográfica e impressão profissional, respectivamente. E basta examinar seus preços para perceber que efetivamente a Lexmark quer entrar na briga pra valer: R$ 299 para a Z33, R$ 349 para a Z43 e R$ 499 para a Z53. Ou seja: o topo da linha, uma impressora de uso profissional, de alta resolução e 16 ppm, sai por menos de quinhentas pratas.

Juntamente com a linha Z, a Lexmark lançará no mercado brasileiro dois outros produtos interessantes, principalmente para as pequenas empresas. São as máquinas “multifuncionais”, periféricos que consistem em uma impressora acoplada a um escaner e que permitem imprimir documentos na impressora, digitaliza-los e armazena-los em disco com o escaner e efetuar cópias capturando o original com o escaner e imprimindo na impressora. Além de enviar faxes com o concurso do modem e do computador. São dois modelos, X73 e X83, ambos imprimindo a cores e P&B com resolução de 1200 x 2400 ppp. As principais diferenças entre eles são a taxa de impressão (nove páginas por minuto em P&B, cinco em cores para o modelo X73 e 12 ppm ou 6ppp respectivamente para o X83) e o fato de que o modelo X83 pode fazer cópias mesmo sem estar conectado ao computador. Além do preço, naturalmente: R$ 679 para o X73 e R$ 899 para o X83. Em qualquer caso, menor que a soma dos preços de um escaner, uma impressora, uma copiadora e uma máquina fax.

Os produtos são, sem dúvida, interessantes (se você quiser mais detalhes, visite <www.lexmark.com>). Se vão “vingar”, depende da competência do pessoal de vendas e, sobretudo, de suporte da Lexmark. De nossa parte, consumidores, torçamos para que dê certo. Afinal, quanto mais esquenta a briga deles, mais lucramos nós com produtos melhores e de menor preço.

B. Piropo