< Trilha Zero >
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11/06/2001
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< Ajustando os parâmetros > |
Semana passada vimos que nossos micros podem economizar energia de dois modos: APM e ACPI. Os ajustes relativos ao APM são feitos via setup. Como as versões mais recentes de Windows suportam ACPI, restam poucas máquinas que ainda recorrem ao APM. E como dependem do BIOS, seus ajustes variam de máquina para máquina, dificultando uma abordagem genérica. Por isso vamos nos ater aqui às máquinas que suportam ACPI. Para informações sobre os ajustes do APM, consulte esta coluna na seção Escritos/Trilha Zero de minha página pessoal, em <www.bpiropo.com.br>, e procure um atalho para um texto sobre o assunto [ APM - Clique aqui para saber mais]. Os ajustes da ACPI são padronizados e executados com a máquina em operação. No setup, basta habilitar a entrada correspondente à ACPI na seção de gerenciamento de energia, se houver. O resto é feito através do objeto “Opções de Energia” (ou “Gerenciamento de Energia”, em Windows 98) do Painel de Controle. Se o micro suporta ACPI, ao se acionar o objeto abre-se uma janela com pelo menos duas abas: “Esquemas de energia” e “Avançado” (se o sistema suportar, aparecerá ainda a aba “hibernação” e nesse caso marque a caixa que habilita a função; como ela foi concebida para portáteis, nem todo micro de mesa a suporta; veja adiante o que ela faz). Examinemos os ajustes disponíveis. A aba “Avançado” é a mais simples com apenas dois grupos de ajustes. No primeiro, “Opções”, há uma caixa que permite mostrar o ícone do gerenciamento de energia na barra de tarefas e outra que habilita a solicitação de senha para sair do modo de espera (ver adiante). Marcá-las ou não é uma questão de gosto. Além delas há uma entrada que permite escolher o que fazer quando se aperta o botão liga/desliga do gabinete: efetivamente desligar a máquina, colocá-la em estado de espera ou em hibernação (só aparecem as funções suportadas). Também uma questão de gosto. Para efetuar os ajustes da primeira aba é necessário entender os conceitos de “esquemas de energia”, “estado de espera” e “hibernação”. Um micro que suporta ACPI investiga todo o tempo se está ativo ou inativo. E permite desligar o tubo de imagem do monitor, o motor que mantém girando os discos rígidos e colocar o sistema em “estado de espera” quando inativo. Pode-se fixar o tempo de inatividade que transcorrerá até que cada uma dessas ações seja levada a termo. Um “esquema de energia” nada mais é que combinação desses três tempos. Windows oferece alguns esquemas padrão (“Sempre ligado”, “Em casa/no escritório” e “Portátil/laptop”) com diferentes combinações de tempos, que podem ser selecionados na caixa “esquemas de energia”. Mas você pode criar esquemas personalizados ajustando os tempos de acordo com suas preferências pessoais e salvá-los através do botão “Salvar como”. Incidentalmente: qualquer sinal de vida, como um movimento do mouse, um toque no teclado ou a atividade de um periférico (o soar da campainha de um telefone ligado ao modem, por exemplo), pode fazer o sistema “despertar”, ou seja, retornar à plena carga, acender o monitor e girar os discos. Neste ponto falta apenas elucidar os conceitos de “estado de espera” e “hibernação”. Quando o sistema entra em estado de espera, o monitor e os discos rígidos são desligados e a freqüência de operação da CPU é reduzida (podendo chegar a zero), mas os principais circuitos internos continuam alimentados e o conteúdo da memória é preservado. Nesse estado, o consumo conjunto de micro e monitor é inferior a 45 Watts, menor que o de uma lâmpada incandescente comum. Quando o sistema “desperta”, a operação plena é retomada quase imediatamente. Já a hibernação é mais radical: nos sistemas que a suportam, uma “imagem” do conteúdo da memória é gravada em disco e são preservados alguns parâmetros indicadores de estado, após o que o micro é efetivamente desligado. Não há como “despertá-lo”: para retomar a operação, é necessário ligá-lo, aguardar a carga do sistema operacional e a restauração do conteúdo da memória. Porém, isto feito, o trabalho prossegue exatamente do ponto em que a hibernação o interrompeu. Em resumo: a hibernação propicia economia total de energia (consumo zero, já que o micro foi desligado) mas exige uma demora considerável para retomar o trabalho, enquanto o estado de espera consome alguma energia mas a retomada do trabalho é quase imediata. Sendo assim, se seu micro permitir, ajuste-o para entrar em estado de espera após alguns minutos de inatividade e para hibernar após uma fração de hora. E, se você vai interromper o trabalho por algum tempo, ponha a máquina em estado de espera se a ausência for da ordem de alguns minutos, hiberne se de algumas horas e desligue se de um ou mais dias. B. Piropo
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