Sítio do Piropo

B. Piropo

< Trilha Zero >
Volte de onde veio
31/07/2000

< Juntando documentos >


A pasta “Meus documentos” pode ser renomeada e movida sem perder sua funcionalidade. Semana passada mencionamos que movê-la só faria sentido quando se dispõe de mais de uma unidade de disco. E bota sentido nisso, já que facilita um bocado a administração e proteção de documentos. A idéia é simples: separar os documentos dos demais arquivos, armazenando-os em um drive independente (a coisa funciona melhor se a máquina tiver efetivamente dois discos rígidos, mas a idéia é válida mesmo no caso de duas partições de um disco único, portanto se você pretende segregar os dados quando migrar para uma nova máquina de um só drive, lembre-se de particioná-lo em duas unidades lógicas).

Em qualquer caso, para implementar a estratégia é preciso mover a pasta “Meus documentos” do drive C, onde ela é criada por padrão, para o outro drive, presumivelmente o D. Portanto, comecemos por aí: carregue o Windows Explorer, mova o ponteiro do mouse para o ícone da pasta “Meus documentos” no painel da esquerda, aperte o botão direito e arraste-o para cima do ícone do drive D neste mesmo painel, selecionando a opção “Mover para cá” ao soltar o botão. Isto é tudo: a pasta é transferida com todo seu conteúdo para o novo drive e todos os programas que a usam como local padrão para gravar arquivos passarão a “apontar” para lá. Se você não gosta do nome da pasta, altere-o usando as dicas da coluna da semana passada (se seu jornal foi usado para forrar a gaiola do canário, não se afobe: a coluna permanece disponível na seção Escritos de minha página, em <www.bpiropo.com.br>).

Neste ponto, quero enfatizar que o procedimento acima é descrito no arquivo de ajuda de Windows, portanto é endossado pela MS. E declarar que acho-o tão conveniente que nesta máquina que vos fala a pasta Meus Documentos abriga-se no drive D. No entanto o Rafael Guerra, micreiro de respeito, contou-me que fez isto em uma máquina com diferentes sistemas operacionais e sua pasta Meus Documentos (com todo seu conteúdo) simplesmente evaporou-se do drive D depois de um boot com outro sistema operacional. Portanto, se sua máquina usa boot múltiplo, recomendo cautela ao mover a pasta para o drive D (no caso, cautela é sinônimo de cópia de segurança, como veremos breve).

Se você pretende aninhar sua pasta Meus Documentos no drive D, ideal seria fazê-lo imediatamente após instalar o sistema operacional em máquina nova, quando ainda não existem documentos. Assim, eles se alojarão no devido lugar na medida que forem criados. Mas nada impede que isso seja feito mais tarde. Por exemplo: seu disco rígido está sobrecarregado e você pretende comprar outro? Boa hora para mudar seu estilo de administrar documentos: instale um novo disco como unidade D, mova a pasta “Meus documentos” para ele, procure outros documentos eventualmente espalhados no velho drive C e transfira-os para pastas criadas para este fim no novo, passando a usá-lo apenas para documentos.

É evidente que isso só funciona se você gravar todo e qualquer documento no drive D. O ideal é que o procedimento seja automático e a pasta “Meus documentos” lhe seja graciosamente oferecida para gravar o arquivo sempre que forem acionadas as entradas “Salvar” ou “Salvar como” do menu “Arquivo” de qualquer programa. No caso dos programas da MS isso ocorre por padrão. No caso de outros programas, ocorrerá na maioria das vezes. Se não ocorrer, procure uma entrada de menu (geralmente “Opções”) que permita configurar o diretório (ou pasta) onde serão gravados os arquivos. Se não encontrar, ainda assim será possível manter a estratégia, mas dará algum trabalho: você terá que “navegar” na janela “Salvar” até o drive D e a pasta desejada sempre que ordenar a gravação de um documento.

É claro que você não é obrigado a guardar todos os seus documentos em uma única pasta. Mesmo porque isso seria um estorvo quando fosse preciso encontrar um arquivo entre centenas de outros. Mas nada o impede de criar pastas para este fim, seja dentro da pasta “Meus documentos”, seja fora dela (mas sempre no drive D). Eu, por exemplo, separo meus arquivos por projetos. Cada projeto tem sua pasta, eventualmente agrupadas por empresas para as quais os projetos foram desenvolvidos. Você pode usar um esquema semelhante ou qualquer outro que combine melhor com seu estilo. Mas sempre procurando usar um drive exclusivamente para documentos.

Esta é a primeira parte da estratégia: reunir os arquivos de dados em um único drive, onde podem ser facilmente encontrados e identificados. Semana que vem veremos a segunda: manter cópias de segurança, de preferência em locais imunes a adversidades.

B. Piropo