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B. Piropo

Jornal o Estado de Minas:
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31/01/2013

< Atalhos de teclado de Windows 8 >


Kirk Skaugen, chefe da divisão PC da Intel, em entrevista a Daniel Cooper da Engadget, anunciou que os novos modelos de Ultrabook serão obrigados a usar telas sensíveis ao toque. Isto, independente de disporem ou não do tradicional teclado de seus irmãos "notebooks".

Qual seria a razão desta aparente contradição? Bem, uma parte importante do projeto de novos dispositivos são os chamados "testes de usabilidade" nos quais usuários de diferentes graus de experiência no uso de computadores são convidados a participar (e receber uma graninha por sua participação) executando, sozinhos, em uma sala isolada, diversas tarefas de diferentes graus de dificuldade enquanto estão sendo filmados por diversos ângulos e observados por uma equipe de especialistas em diferentes campos do conhecimento. Pois bem, segundo Skaugen, testes foram realizados com usuários a quem foram dadas tarefas para serem cumpridas usando Ultrabook com Windows 8 instalado e tela sensível ao toque. O resultado foi que 80% do tempo os usuários recorreram à tela em vez de ao teclado e mause.

Quem prestou atenção no parágrafo acima notou que o ponto que nos interessa é a menção ao fato de que os Ultrabook fornecidos para o teste rodavam Windows 8, um sistema operacional clara e declaradamente desenvolvido para uso em dispositivos com telas sensíveis ao toque, como tabletes e telefones espertos. E quem o usa nos velhos "desktops", como fica?

Fica mal. Todas as operações de arrastar e soltar (e a maioria das tarefas em Windows 8 depende deste tipo de ação) ficam muito mais fáceis se executadas com o dedo em uma tela sensível ao toque do que com o mause. Especialmente porque, nos monitores comuns, é preciso levar o ponteiro até locais específicos da tela (em geral bordas ou cantos) para que o mause possa ser usado como se fosse o dedo do operador em uma tela sensível ao toque.

Pensando bem, melhor alterar o início do parágrafo anterior para "fica mal, a não ser que...". Pois felizmente, em informática, sempre aparece um "a não ser que" para resolver ou minorar problema. Neste caso a frase se completaria com um "a não ser que aprenda a usar os atalhos de teclado, acostume-se a eles e a eles recorra sempre que possível". Pois a maioria deles substitui justamente as tarefas tipo "arrastar e soltar". Ou invocam aplicativos ou utilitários, o que em geral se faz com o mause.

Os atalhos de Windows 8 usam e abusam das teclas Windows, aquelas que têm a bandeira de Windows estampada e se situam dos dois lados da barra de espaços (algumas vezes entre teclas como Alt, Ctrl e Shift). Ela sozinha – qualquer uma delas, pois em Windows 8 ambas são equivalentes – traz para primeiro plano a tela de abertura ou retorna para o aplicativo Windows 8 anterior (é, parece que a Microsoft abandonou definitivamente a designação "Metro" para sua nova interface). Mas é combinada com outras que ela mostra todo seu esplendor: por exemplo, com "D" (de "Desktop") mostra a Área de Trabalho completamente limpa e, repetida, reconstitui os aplicativos abertos. Com "F" (de "Find") abre a tela de pesquisas onde são efetuadas buscas de arquivos ou aplicativos. Com "X" (acho que de "X do problema", tal a utilidade deste atalho) abre um menu contendo uma lista de tarefas a que recorremos a todo o momento e nem sempre nos lembramos de onde encontrá-las, como abrir o painel de controle, gerenciador de dispositivos, gerenciador de tarefas, o diabo (se decidir memorizar um único atalho, sugiro este).

Se vocês fizerem uma pesquisa no Google com a expressão "atalhos Windows 8" abrirão uma relação com mais de seiscentos mil retornos. Não acredito que nela você não encontre uma lista de atalhos de seu agrado. Ache-a, escolha os atalhos mais úteis, imprima-a usando tipos grandes e ponha bem à vista, ao lado do monitor. Aposto que lhe será útil...



B. Piropo