Presumo que todos conhecem a “busca instantânea” do Google (Google Instant Search). Segundo o próprio Google, trata-se de um “aperfeiçoamento de pesquisa que mostra os resultados enquanto você digita”. Para os que não ligam o nome ao fato: originalmente as buscas na página do Google eram feitas digitando-se o termo ou expressão a ser pesquisado na caixa de entrada de dados situada no centro da página do Google e, finda a digitação, teclando-se ENTER ou clicando-se no botão “Pesquisar” para disparar a pesquisa. A partir do final de 2010 foi implementada a pesquisa instantânea e a coisa mudou: assim que se começa a digitar o termo ou expressão, a caixa de pesquisas se desloca para o canto superior esquerdo da página e os resultados de pesquisas vão aparecendo imediatamente no corpo da página, atualizados dinamicamente à medida que se prossegue a digitação. O comportamento varia ligeiramente entre diferentes navegadores, mas essencialmente é o acima descrito.
Em “Sobre o Google instant” (< http://www.google.com/insidesearch/instant-about.html >), o Google informa que o método foi implementado baseado no fato de que “as pessoas digitam lentamente, mas leem com rapidez”. Observações realizadas pelo Google mostraram que os usuários levam em média 300 milissegundos para pressionar cada tecla, mas gastam apenas um décimo deste tempo para varrer com o olhar o restante da página. E disto concluíram que é possível examinar os resultados da pesquisa enquanto ela está sendo digitada. Disto resulta, segundo o mesmo artigo, que se pode ter acesso ao resultado da pesquisa muito mais rapidamente, posto que muitas vezes o que nos interessa aparece mesmo antes de se terminar a digitação. Além de poupar o tempo gasto para se acionar o botão “Pesquisar”.
Esta função, combinada com o sistema de predição de termos, que propõe termos ou expressões de pesquisa acrescentando uma lista abaixo da caixa de pesquisa (se o que lhe interessa aparecer na lista, você pode interromper a digitação e clicar diretamente na entrada correspondente da lista; veja figura), resulta na economia de dois a cinco segundos por pesquisa. Palavra do Google. Que, como conhece o número de pesquisas nele realizadas, acrescenta: “Se todos usarem o Google Instant em todo o mundo, estimamos que serão economizados 3,5 bilhões de segundos por dia. São 11 horas economizadas por segundo” (isso de “economizar onze horas por segundo” parece absurdo, mas se você pensar que são dezenas de milhões de pessoas pesquisando ao mesmo tempo verá que faz todo o sentido).
Bem, agora que sabemos o que é a busca instantânea do Google e quais suas vantagens, resta considerar um ponto: tem gente que não gosta dela. Seja porque detesta aquela súbita mudança de tela, seja porque se distrai examinando os resultados intermediários e em vez de ganhar, perde tempo. Para estas, há algum modo de desabilitar a função?
Claro que sim. Basta iniciar uma nova busca e clicar no ícone em forma de engrenagem que aparece próximo ao canto superior direito da janela de buscas, assinalado pela seta na figura (note que se a busca instantânea estiver ativada ele apenas aparece caso se inicie uma busca, depois que a caixa de pesquisas se deslocou para sua nova posição). O clique abrirá um menu de cortina no qual se deve escolher a entrada “Configurações de pesquisa” (a primeira da lista) para entrar na página correspondente. Nela há diversas configurações que podem ser alteradas (vale a pena examiná-las todas, pode ser que lhe interesse alterar mais alguma). A que nos interessa é “Previsões do Google Instant”. Você pode escolher entre “Apenas quando meu computador estiver rápido o suficiente” (o ajuste padrão), “Sempre mostrar resultados do Instant” ou “Nunca mostrar resultados do Instant”. Marque o botão de rádio desejado e usufrua – ou não, se este for seu desejo – das maravilhas da busca instantânea.
Figura 1