Semana passada falamos da nova versão do Internet Explorer, o IE9. Pois bem: quase imediatamente depois a Mozilla repetiu o feito e lançou seu Firefox 4. Então vamos a ele.
Muitas das novidades encontradas no Firefox 4 têm a ver com a interface. As abas que identificam as páginas foram movidas para o topo da tela. Na extremidade esquerda daquilo que um dia foi a barra título agora aparece o novo “botão Firefox”, destacado por sua cor laranja, que assumiu as funções da barra de menu: um clique nele e aparecem as entradas do velho menu e mais alguns recursos, como a navegação privativa e a configuração do Sync, sobre o qual falaremos adiante. Na extremidade oposta da mesma barra aparece o quase imperceptível ícone do botão “Listar todas as abas” na forma de um hífen (você terá que prestar muita atenção para percebê-lo). Um clique nele abre um menu com a lista de todas as abas ativas, algo muito útil para quem precisa pular rapidamente para uma determinada aba e não e encontra no meio das demais quando há muitas delas abertas simultaneamente.
Os botões “Favoritos”, “Parar/Recarregar” e “Página inicial” foram movidos para a direita da linha correspondente à caixa de endereços que, agora, exibe sugestões sobre sítios a serem visitados à medida que se digita o endereço. A caixa de pesquisas continua na mesma posição, mas agora oferece sugestões à medida que se digita um termo para pesquisa.
Mas o que me pareceu realmente novo é o recurso denominado “Panorama”, que permite organizar abas em grupos e trabalhar com os grupos de forma independente, porém simultânea. Ele é habilitado clicando no botão Firefox, movendo o ponteiro do mause até “Opções” e clicando em “Personalizar barras” e, depois de encontrar o ícone “Grupo de abas” no painel que então se abre, arrastá-lo para a barra de ferramentas e largá-lo lá.
Daí para frente é começar a navegar e abrir novas abas. Quando houver abas demais para que possam ser manejadas com facilidade, um clique no ícone do “Panorama” (que, em inglês, é mais convenientemente denominado “Tab groups”) criará um grupo com todas elas, ou seja, agrupará o conjunto de abas abertas. Para consultá-lo basta um novo clique sobre o ícone do “Panorama”. Aparecerá então um painel contendo uma janela com a miniatura de todas as abas do grupo. Arrastar uma delas para fora do grupo cria um novo grupo. Arrastar outras miniaturas para cima desta última faz com que sejam movidas para o novo grupo. Um clique em qualquer miniatura de um grupo abre novamente o Firefox, mas a página correspondente à miniatura clicada aparece em primeiro plano e as demais componentes de seu grupo ocupam as outras abas. Um clique no ícone do Panorama faz o painel dos grupos reaparecer, permitindo criar novos grupos, acrescentar abas aos existentes, removê-las, movê-las e, se o usuário quiser, dar nome aos grupos. Em pouco tempo todas as páginas estarão organizadas, agrupadas em conjuntos correlatos e com nomes sugestivos atribuídos a cada um deles.
O outro recurso notável é o Sync, um meio de fazer com que o usuário que usa o Firefox 4 em mais de um dispositivo passe de um para o outro mantendo a mesma configuração. Para usá-lo é preciso criar uma conta (basta seguir as instruções da tela). Depois, é instalar o programa nos demais dispositivos e neles configurar a conta do Sync. Daí para frente pode-se passar de um para o outro e os mesmos dados do usuário estarão disponíveis em todos os dispositivos.
Finalmente: o desempenho do novo Firefox melhorou visivelmente (segundo a Mozilla, a nova versão é seis vezes mais rápida que a anterior e pelos testes que fiz, a afirmação não está longe da verdade) e aumentou ainda mais o nível de aderência aos novos padrões de W3C.
Muitos dos “novos” recursos do Firefox 4 já existiam nos concorrentes. Nada há de ilegal nisso (ou os concorrentes já teriam recorrido à via judicial). É apenas uma exigência do mercado. Exigência que possibilitou que, afinal, os usuários da linha PC possam escolher entre três bons navegadores, Chrome, Firefox e IE, todos eles primorosos. É instalar, escolher e aproveitar...
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B.
Piropo
