Os preços dos monitores de tela plana tipo LCD caíram tanto nos últimos anos que os de tubo de imagem tornaram-se raridade. Quase todo o mundo está usando monitores tipo LCD. Por outro lado, querendo ou não, por mais que os computadores tenham se tornado máquinas multimídia com excelente desempenho no que toca à reprodução de músicas e exibição de gráficos e vídeos, o que mais se mostra nas telas de nossos monitores ainda é texto. Computadores podem adquirir habilidades insuspeitadas nos campos mais exóticos, mas dificilmente deixarão de ser principalmente eficientíssimos processadores de texto. Pois bem: seja qual for o tipo de monitor ou placa de vídeo, nos computadores modernos que usam interfaces gráficas, mesmo o texto não deixa de ser uma imagem. Complicou? Expliquemos. Os primeiros computadores usavam “telas texto”, cuja superfície se dividia em células organizadas em 25 linhas de 80 caracteres cada. O formato do caractere (ou seja, o desenho da letra) era armazenado em um módulo de memória permanente que residia na placa controladora de vídeo e era exibido na tela quando seu código era solicitado. E o texto era gerado pela sucessão dos códigos dos caracteres que o formavam. Já nos novos computadores com interface gráfica cada tela é uma imagem gerada por um processador gráfico que recebe instruções do microprocessador (Unidade Central de Processamento ou UCP), sobre como “desenhá-la”. E isto inclui os caracteres. Que são, portanto, “desenhados” na tela, um a um, conforme as instruções recebidas da UCP. Ora, um desenho é um desenho, seja ele uma letra ou a foto da Mariana Ximenes de biquíni. A diferença é que a foto é incomensuravelmente mais bonita. Não somente porque a modelo é divina mas também porque as letras são miúdas, com curvas fechadas e ângulos agudos, ou seja, o tipo da coisa difícil de se desenhar justapondo pontos. E é assim que todas as imagens, inclusive as das letras, são desenhadas nas telas dos computadores: justapondo pequenos pontos, um ao lado do outro, até formar o desenho (no caso, do caractere) desejado. Do ponto de vista técnico estes pontos são conhecidos por “pixels”. Consta que se trata da contração de “picture cell”, ou célula de imagem. Pixels têm um dado tamanho. São muito pequenos (especialmente nos monitores modernos, de alta definição) mas não chegam a serem microscópicos. Resultado: quando se usa um tamanho de fonte muito pequeno, a letra aparece com um contorno irregular. Aquilo que deveria ser uma curva suave aparece como uma sucessão de pequenos ângulos. Felizmente há um meio de suavizar isto. A má notícia é que se trata de um negócio bastante complicado que consiste em alterar ligeiramente a cor de certos pixels, tornando-os mais claros, combinando melhor com o fundo (veja figura), de tal forma que o resultado final seja um texto muito mais legível. Já a boa notícia é que você não precisa se preocupar com os detalhes. Windows tem uma função denominada “Clear Type” que trata de tudo para você, que só precisa fazer os ajustes e desfrutar deles. Se você usa uma versão antiga de Windows, invoque o sistema de ajuda, digite “clear type” na caixa de textos e siga as instruções. Se usa Windows 7, clique com o botão direito em qualquer ponto vazio da Área de Trabalho, acione a entrada “Personalizar” do menu de contexto que então aparece, clique em “Vídeo” na parte inferior do painel esquerdo da janela “Personalização” e, no painel esquerdo da próxima janela, clique em “Ajustar texto Clear Type” para abrir o “Otimizador de textos Clear Type”. Marque a caixa “Ativar Clear Type”, clique em “Avançar” e vá seguindo as instruções janela a janela até o ajuste final. Depois repare como o texto passou a ser exibido com muito maior clareza em sua tela. Incidentalmente: o Clear Type também pode ser usado nos monitores de tubo de imagem, mas seu efeito é muito mais notável nos monitores LCD. Bom proveito.
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B.
Piropo