Para quem é versado nas artes esotéricas da montagem de micros, a ASUS é conhecida por suas placas-mãe. A empresa as fabrica de todos os tamanhos e tipos, tanto para processadores AMD quanto Intel, e com uma variedade de recursos para satisfazer a todos os gostos (e bolsos). E durante muito tempo, para mim, a ASUS era uma fabricante de placas.
Então começou a fabricar micros portáteis – também de todos os tipos e tamanhos. Até que, em 2007, lançou o famoso Eee PC, uma pequena maravilha da miniaturização, um micro portátil suficientemente pequeno para ser carregado de um lado para o outro sem esforço, despido da maioria das sofisticações de seus irmãos maiores conhecidos como “notebooks” e otimizado para acesso sem fio à Internet. E cunhou o termo “netbook” para designá-lo. Com isto não somente criou um novo padrão no que toca ao fator de forma dos micros (atualmente o termo “netbook” é usado correntemente para designar aquele tipo de computador portátil) como passou a ser conhecida principalmente como fabricantes de computadores portáteis.
Hoje ela fabrica, literalmente, dezenas de modelos deles. Inclusive alguns com tantos recursos e capacidade de processamento (e peso, naturalmente) que podem facilmente substituir os micros de mesa, especialmente os de uso doméstico. Alguns com telas de grande tamanho e resolução, compatíveis com os padrões de “alta definição” (HD) nos quais se pode assistir filmes a partir de seu próprio acionador de DVD – inclusive no novo padrão BluRay.
O que pode ser muito bom no que toca a “assistir”. Mas no que diz respeito a “ouvir”, diga-me lá: já ouviu com atenção o som de um micro portátil? Mesmo os de alto desempenho (e preço igualmente alto)? E o que achou? Pois é...
Bem, segundo a ASUS, uma pesquisa realizada em 2009 revelou que gastamos nove horas por dia em atividades relacionadas com áudio (eu também estranhei, mas a pesquisa é citada na Revista da ASUS e parece séria). Considerando que os notebooks modernos podem funcionar como sofisticados centros de entretenimento, a ASUS decidiu melhorar a qualidade do som com a tecnologia “SonicMaster”, que prioriza a fidelidade do áudio, e a incorporou a todos os modelos da série “N” de seus micros portáteis. Com isto conseguiu reduzir a distorção, emitir graves mais profundos, melhorar a distinção do vocal (e, de fato, conseguiu: eu ouvi uma demonstração e a voz do cantor se destaca claramente do som dos instrumentos) e, para arrematar, ainda criou um efeito tipo “surround”. E tudo isto em um notebook...
Parece notável, pois não? Porém não foi o bastante. Para criar o “Rolls Royce” dos portáteis com som, a ASUS buscou uma associação com quem realmente entende do assunto: a Bang & Olufsen. E, em parceria com ela e com David Lewis, uma fera do desenho industrial, concebeu esta joia aí da foto: o micro portátil otimizado para áudio NX90JQ.
Repare no acabamento externo em alumínio polido (enfeado pelo reflexo da imagem deste que vos escreve). Note, na foto que o exibe aberto, como as laterais da tela se projetam para fora da base. É nelas, em toda sua extensão, que se situam os alto-falantes verticais (segundo a Bang & Olufsen este formato é o que gera menor distorção na onda sonora).
Sentiu falta do “touchpad” abaixo do teclado? É que Lewis o substituiu por duas unidades situadas nas laterais. E quanto ao som, desculpem, mas só ouvindo. Não dá para descrever.
Mas o bicho não é só bonito: é bonito e poderoso. Debaixo do teclado se esconde uma placa-mãe ASUS com um Intel Core i7 740QM de núcleo quádruplo e 2,93 GHz, um disco rígido de um TB, oito GB de memória RAM DDR3 1333, um gravador de DVD e leitor de BluRay e uma placa de vídeo GeForce GT 335M da NVIDIA com um GB de memória de vídeo.
E eu já disse que é uma joia? Pois é mesmo. E quem cultivar alguma dúvida sobre isto, a esclarecerá quando descobrir o preço sugerido no Brasil: R$ 9.999,00. Não é para o meu bico...
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Figura 1 - Clique para ampliar |
B.
Piropo