Não tenho por hábito transcrever artigos ou dicas. Mas hoje abrirei uma exceção posto que a maior parte do que vocês lerão adiante tem a ver com segurança, e com segurança não se brinca. É uma relação de “dez coisas estúpidas que podem arruinar o computador”. O artigo original (em inglês) é de autoria de Debra Littlejohn Shinder e foi publicado no sítio Tech Republic, em < http://blogs.techrepublic.com.com/10things/?p=300&tag=content;leftCol >. Aos angloparlantes, recomendo o original, mais extenso e detalhado. Aqui vai um resumo.
Ligar na tomada sem proteção contra sobretensão. Pode ser um simples estabilizador, que custa algumas dezenas de reais, ou (melhor) uma fonte de energia ininterrupta (“no break”) de poucas centenas. Mas manter os delicados circuitos de um computador sem proteção diante de bruscas variações de tensão definitivamente não é uma atitude inteligente...
Navegar na Internet sem um Firewall ativo. É impossível se conectar à Internet sem que outros sítios tenham acesso a seu computador. Essa é a regra do jogo. Um firewall serve para garantir que este acesso seja aberto apenas a quem de direito e não à multidão de malfeitores e seus programas que povoam a rede em busca de um micro desprotegido. Os bons modems e roteadores trazem um firewall “embutido”. Os bons programas antivírus também. Windows tem seu próprio firewall. Mantenha-os ativos. Não fazê-lo é correr riscos desnecessários.
Não instalar proteção contra vírus e programas mal intencionados. Correio eletrônico, Internet, “pen-drives” alheios, programas comprados no camelô por “dezrreal”... São demais os perigos desta vida. O ideal é um programa comercial, como a suíte ESET e outros. Mas há bons antivírus gratuitos, como Avira, AVG e Avasti. E excelentes proteções contra “malwares” como o AntiSpy do Marcos Velasco e o Spybot. Não há desculpa para não usá-los.
Instalar e desinstalar programas, inclusive beta, “só para ver como são”. Sim, eu faço isso, porém por dever de ofício. Mas o perigo é tão real que tenho uma máquina só para eles. Poucos entram nesta que vos escreve, e só depois de bem testados. E não se trata apenas do risco de contaminação: encher sua máquina de programas que alteram a configuração do sistema e podem provocar incompatibilidades é um meio seguro de arrumar aborrecimento.
Manter discos cheios e fragmentados. Habitue-se não apenas a executar regularmente tarefas de manutenção (como esvaziar lixeira e livrar-se de arquivos temporários) como a inspecionar de quando em vez seus discos rígidos em busca de arquivos desnecessários. É impressionante como se “junta lixo” apenas com o uso regular do computador. Livre-se deles, desfragmente os arquivos usando o desfragmentador que vem com Windows (Acessórios / Ferramentas do sistema) ou um bom programa de terceiros, e veja como melhora o desempenho do micro.
Abrir todos os arquivos anexados a mensagens de correio eletrônico. Precisa explicar? Eu, por princípio, removo todos. Só abro os de fonte bem conhecida. E ainda assim, nem todos.
Ter dedos nervosos (que clicam em tudo). Não são apenas os anexos que podem conter ameaças. Mesmo atalhos (“links”) aparentemente inócuos podem instalar cavalos de Tróia e similares. Só clique em atalhos confiáveis enviados por fonte conhecida e segura.
Compartilhar tudo. Se seu micro faz parte de uma rede (mesmo doméstica) usada por outrem, cuidado com os ajustes de compartilhamento de pastas. De preferência, compartilhe apenas a pasta “Itens compartilhados” e mais o estritamente necessário. Abstenho-me de explicar as razões para evitar aborrecimentos com vossos maridos / esposas e assemelhados/as.
Escolher senhas fáceis. Datas de aniversário, nomes de filhos, de animais de estimação, de times “do coração” são fáceis de lembrar. Por você e por mais quem lhe conhece. Evite-os.
Não fazer cópias de segurança e não manter discos de recuperação do sistema. Essa, eu nem ia incluir. Não há leitor habitual desta coluna com um mínimo de vergonha na cara que não faça regularmente cópias de segurança. Mas como menciona o disco de recuperação...
B.
Piropo