Breve farei uma longa viagem. Vou até Taipei, do outro lado do mundo, para visitar uma gigantesca feira internacional de informática. Mais sobre ela vocês saberão no devido tempo. Por enquanto vamos falar da viagem.
Só de ida, são três voos sucessivos com duas escalas. Somadas, as horas de voo chegam a trinta. Com as pouco mais de dez horas de espera nas escalas, o total passa de quarenta.
Há alguns anos a solução era a leitura. E haja leitura. Agora, com os computadores portáteis, a coisa ficou um pouco mais amena. Não somente porque se pode usar o tempo de voo (ou pelo menos a parte dele que a carga da bateria aguentar) para organizar ideias e arquivos e pôr a agenda de viagem “nos trinques” mas também – e sobretudo – porque se pode acessar a Internet durante o tempo de espera nos aeroportos onde se faz escala.
A primeira vantagem disso é que com a Internet e um programa de comunicações como MSN, Google Talk ou Skype, dá para se comunicar de viva voz – e imagem, se seu computador móvel dispuser de câmara de vídeo – com qualquer parte do mundo. Ou usar o Skype para efetuar chamadas telefônicas internacionais a preços extremamente acessíveis. Ou, na pior das hipóteses, simplesmente atualizar o correio eletrônico. E, se você não é muito comunicativo, pode visitar os sítios de notícia para saber como o país está se comportando na sua ausência (tenho um amigo sul americano cujo ego era tão gigantesco que de vez em quando contratava um voo de helicóptero e sobrevoava a terra natal só para ver “como era a cidade sem ele”; não há de ser seu caso, mas ler notícias da terra quando se está longe faz um bem danado).
Mas como conectar-se à Internet em um aeroporto? Bem, a primeira condição é que seu computador móvel possa se conectar a uma rede sem fio padrão Wi-Fi. Os modernos, sem exceção, trazem o hardware necessário embutido. Para os mais antigos existem dispositivos que se conectam a uma porta USB e fazem a conexão.
A segunda condição é conectar a rede. O acesso sem fio dos computadores móveis costuma esta desabilitado por padrão para poupar bateria. Neste caso, habilite-o (geralmente acionando um pequeno interruptor em uma das laterais ou na face frontal). Isto feito, o trecho da direita da barra de tarefas denominado “Área de notificação” deve exibir um ícone cujo desenho lembra uma pequena escada mas representa na verdade a variação do nível de sinal. Clique nele e você verá se abrir uma lista das redes sem fio disponíveis. É provável que encontre diversas, porém a maioria delas são “fechadas”, ou seja, não permitem acesso ao público. Você terá que escolher uma que permita acesso gratuito (raro) ou pago. Selecione-a e clique em conectar. E não se surpreenda se a máquina informar que você já está conectado embora não tenha acesso à Internet. Pois uma coisa é se comunicar com o ponto de acesso da rede sem fio. Outra é usá-lo para acesso à Internet. Pois, para isto, ainda falta um passo: pagar.
Para efetuar o pagamento você precisará, antes de qualquer outra coisa, carregar seu programa navegador. E assegure-se que ele tenha uma página inicial (ou seja, que não está ajustado para abrir com uma página em branco). Pois vai ser justamente quando ele tentar a conexão com a página inicial (seja ela qual for) que será redirecionado para o sítio do provedor de serviços da internet. Que, por sua vez, abrirá uma página onde solicita informações sobre você e, sobretudo, coleta dados de seu cartão de crédito para debitar o acesso (que não costuma ser muito caro, algo na ordem de dez dólares e olhe lá).
Pronto: fornecidos estes dados você estará conectado à Internet (ao menos enquanto não se afastar muito do ponto de acesso). Faça bom proveito. E, se a viagem for para muito longe, não se esqueça da diferença de fuso horário. Ou se arrisca a acordar alguém de madrugada com um sonoro “boa tarde”. Já aconteceu comigo e não deu bom resultado...
B.
Piropo
