Meu primeiro PC não tinha disco rígido. Hoje tenho cinco micros e me perco na selva de seus arquivos. Como ter acesso a eles em todas as máquinas? Por maior que fosse minha coleção de “pen-drives”, volta e meia eu precisava de um arquivo que não estava na máquina que usava no momento. Pois Resolvi este problema com um único dispositivo, o ix2-200.
Mas por que tanta máquina? Bem, talvez eu seja maníaco por informática. Mas o fato é que preciso delas (ao menos me convenci que preciso). Uma é esta que vos fala, um micro de mesa que uso a maior parte do tempo. Outra, logo aqui ao lado, é mais um micro de mesa que uso para testar hardware e software (no momento abriga uma cópia beta do MS Office 2010). Tenho ainda um micro portátil poderoso para viagens de trabalho e um “netbook”, fraquinho porém levinho, que levo de um lado para outro com as apresentações de minhas aulas. A quinta máquina fica em meu refúgio dos finais de semana que uso para trabalhar quando não quero ser perturbado. As quatro primeiras estão ligadas em rede através de um roteador com suporte para rede sem fio. A quinta está conectada à Internet de alta taxa.
Há dois meses, em um evento promovido pela Iomega (veja a coluna “Fundindo tecnologias” publicada aqui e ainda disponível na seção “Escritos / Coluna Técnicas & Truques” do Sítio do Piropo, em < www.bpiropo.com.br >), descobri o Iomega StorCenter ix2-200. Um dispositivo NAS que, pensei eu, poderia ser a solução de meus problemas. E não é que foi mesmo?
NAS são as iniciais de Network Attached Storage, ou “Armazenamento Anexado à Rede”. Segundo a própria Iomega, “é um dispositivo que pode ser conectado a qualquer ponto de sua rede, independentemente do tipo de rede ou servidores, para armazenar arquivos e torná-los disponíveis a usuários autorizados”. Parece complicado? Simplifiquemos, pois.
O ix-200 é, literalmente, uma pequena caixa preta que contém dois discos rígidos (os meus, de um TB cada). Na frente, dois pequenos pontos luminosos (LEDs). Na traseira, uma entrada para alimentação, um par de conectores USB e um conector de rede. Ligue a alimentação, conecte-o a um roteador, rode o programa de instalação e, como que por milagre, você passa a ter um local onde pode gravar e ler seus arquivos de qualquer computador que esteja conectado à mesma rede. O bichinho obtém seu próprio endereço IP e passa a se comportar como uma unidade adicional. Sua estrutura de arquivos aparece no gerenciador de arquivos (Windows Explorer, para quem usa Windows) de todos os computadores ligados à rede o que me permite, por exemplo, editar esta coluna no micro onde tenho o Word 2010 beta, gravá-la em uma pasta do ix-200 e abri-la no Word 2007 de qualquer outra máquina para fazer a revisão ortográfica em português (que a versão beta, em inglês, não oferece). Ou seja: agora mantenho em um único local todos os meus arquivos e posso acessá-los de qualquer micro, inclusive das duas máquinas portáteis quando conectadas à minha rede sem fio.
E quando as estou usando longe de casa? E a máquina dos finais de semana? Bem, como o ix2-200 obtém seu próprio endereço IP, basta me conectar à Internet (nas máquinas portáteis via conexão 3G) e fazer uso do “Acesso Remoto”, uma das funcionalidades de seu programa gerenciador. Que, depois de configurado (o que é mais simples do que se imagina), me permite, com o uso de uma identidade de usuário e senha adrede criados, ter acesso a tudo o que está armazenado no ix2-200 esteja eu onde estiver. Viu? Problema resolvido...
O ix2-200 faz mais, muito mais do que isso. Suporta troca de arquivos via Torrent, usa RAID para espelhar seus discos, permite criar cópias de segurança de qualquer disco da rede, transfere e armazena fotos digitalizadas, vídeos e arquivos musicais que exibe até mesmo de um console de jogos, compartilha impressoras, troca arquivos com “pen-drives” pelas portas USB e mais umas tantas coisas que a falta de espaço me impede de descrever (mas que podem ser consultadas no sítio da Iomega em < http://iomega.com/nas/ >). E nem é caro...
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Figura 1 |
B.
Piropo