Sítio do Piropo

B. Piropo

Jornal o Estado de Minas:
< Coluna Técnicas & Truques >
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11/03/2010

< Personalizando o menu Iniciar >


Quem usa computadores desde os tempos do DOS e sua “linha de comando” provavelmente ainda há de lembrar-se da absoluta rigidez daquele tipo de interface. Quem queria fazer alguma coisa com o computador e seus programas havia que aprender “a” forma pela qual a coisa, seja qual fosse, deveria ser executada. Porque naqueles dias cada tarefa era feita de uma e somente uma forma e quem quisesse fazer direito que a aprendesse.
Hoje, com as interfaces gráficas dominando o mercado, qualquer sistema operacional ou programa que se preze oferece uma gama razoável de diferentes opções para fazer a mesma coisa, seja lá que coisa for. E Windows – principalmente Windows 7 – não poderia fugir à regra. Esta característica chama-se “flexibilidade” e é altamente desejável, naturalmente.
A idéia é oferecer tantas possibilidades quantas possíveis para que o usuário escolha aquela que melhor lhe aprouver. Gosta de usar o mause? Então faça com ele. Prefere os atalhos de teclado? Pois então os use. Entende-se melhor com os menus? Pois não faça cerimônia, apele para eles. E vá em frente de acordo com suas preferências ou necessidades.
O problema ocorre quando aprendemos a executar esta ou aquela tarefa desta ou daquela forma, nos acostumamos com ela e, mesmo depois que “descobrimos” que existe outra mais fácil ou mais rápida, continuamos a usar aquela a que nos acostumamos.
Para não ir muito longe, um exemplo daqui mesmo: este velho escrevinhador, que usa micro desde a era do byte lascado, toda vez que precisa buscar algo na pasta “Documentos” carrega instintivamente o Windows Explorer e clica no atalho “Documentos” do painel esquerdo. O que nada tem de errado, naturalmente. Então, qual é o problema? Bem, o problema é que o menu Iniciar oferece bem mais à mão a entrada “Documentos” que, com um único clique, abre diretamente a pasta “Documentos” diante de meus olhos. E raramente lembro-me dela...
Aliás, por alguma razão que só Deus e meus (maus) hábitos de usuário explicam, eu quase não recorro ao menu Iniciar. Pensando bem, só o uso para abrir o Painel de Controle, o menu “Todos os Programas” e a “Ajuda e suporte”. O que é uma pena posto que, como está sempre à mão, ele foi concebido justamente para trazer para mais perto do usuário os objetos usados mais frequentemente. Desde que se lembre que eles ali estão, naturalmente.
Mas, afinal, que coluna estranha será esta? Toda esta lengalenga para reclamar de mim mesmo? O que meus sofredores leitores teriam com isso? Bem, é que talvez alguns deles padeçam do mesmo mal e ainda não se deram conta das facilidades oferecidas pelo menu Iniciar. Especialmente por um detalhe que, este sim, tenho certeza, nas mais das vezes passa despercebido: o menu Iniciar também compartilha da flexibilidade de Windows e pode ser ajustado à vontade do freguês (ou, usando um detestável anglicismo: “personalizado”).
Quer ver? Clique com o botão direito sobre o ícone do menu Iniciar e acione a entrada “Propriedades”. Agora, clique em “Personalizar” e repare na nova janela.
Cada entrada precedida de uma caixa de dados pode ser incluída (marcando a caixa) ou excluída (desmarcando-a) no menu, inclusive a entrada “Executar”, para quem dela sente falta – além de outros itens interessantes, como “Favoritos”. Outras, seguidas de três “botões de rádio”, permitem escolher entre não serem exibidas ou o serem sob a forma de menu ou de atalho (“link”). Um exemplo interessante são as entradas “Downloads” e “Vídeo” que, por padrão, não estão incluídas e que, pelo menos para mim, são mais que bem-vindas (veja-as, na figura, reluzindo de novas, recém-incluídas entre as velhas entradas de meu menu Iniciar).
Sugiro que você examine com atenção as possibilidades de personalização do menu Iniciar. Quem sabe não seria interessante incluir ou excluir alguns itens para facilitar seu trabalho?
E que preste mais atenção a ele, naturalmente. Quanto a mim, prometo que passarei a fazê-lo.

Figura 1

B. Piropo