Há coisas que estão em frente a nós, dia após dia, e mal nos damos conta de sua existência. E, quando reparamos nelas, sequer nos damos ao trabalho de descobrir para que servem.
Um bom exemplo é a tecla “Menu” dos teclados “Windows” (teclados “Windows” são aqueles que exibem duas teclas “Windows”, uma de cada lado da barra de espaços; veja uma delas na figura). Ela fica na direita do teclado alfanumérico, na mesma linha da barra de espaços, entre as teclas “Windows” e “Ctrl” e sua identificação é o ícone de um típico menu de cortina com uma pequena seta sobre ele. Na figura ela está assinalada com um contorno vermelho.
Se você a usa, é a exceção que confirma a regra. Porque pouquíssimas pessoas o fazem. Na verdade, pouquíssimas pessoas sequer sabem que ela existe. Você já havia reparado nela? Dispensou algum tempo para premi-la só para “ver o que acontece”? Se não, tente agora.
Como era de esperar levando em conta seu nome, aparece um menu. Exceto as exceções de praxe, isso é o máximo que a maioria dos usuários sabe sobre ela. Quanto a usá-lo é outra história. Eu mesmo não conheço ninguém que o faça. Mas sempre é bom saber que algum dia aquela tecla pode vir a ser útil. E, quando isso acontecer, acredite: ela será muito útil.
Porque o que de fato acontece é que pouca gente se dá conta do que aquele menu representa. Experimente o seguinte: em um momento qualquer durante uma tarefa que esteja sendo executada no micro, interrompa a digitação e prema a tecla “Menu”. Repare no menu que se abre. Tecle “Esc” para fechá-lo e, sem mover o mause da posição em que estava quando o menu foi aberto, execute um clique com o botão secundário, por padrão o botão direito. Agora compare o conteúdo dos dois menus, o menu de contexto que se abre mediante um clique do botão secundário com aquele que se abrira antes acionado pela tecla “Menu”.
Asseguro que qualquer semelhança não é mera coincidência. Pois a função da tecla “Menu” é justamente replicar a do botão secundário do mause e abrir o menu de contexto do objeto selecionado. Se duvida, feche as janelas abertas, passe para a Área de Trabalho (“Desktop”), selecione diferentes objetos (de preferência aqueles que você sabe que apresentarão menus de contexto diferentes, como um ícone de programa, um de arquivo de dados e um de um objeto do sistema, como a “Lixeira” ou o “Computador”) e, sobre cada um deles, clique com o botão direito do mause, acione a tecla “Menu” e compare os resultados.
Pois agora vem a pergunta inevitável: mas se a única função da tecla é replicar a ação de um clique do botão secundário, por que cargas d´água o usuário haveria de se preocupar com sua existência se é tão mais simples clicar com o botão secundário?
Pois a resposta é ainda mais singela: o clique com o botão secundário só é simples quando o mause (e seus botões) estão funcionando. Quando não, fazem uma falta dos diabos. E é justamente aí que entra a tecla “Menu”. Que permite continuar trabalhando com pouquíssima perda de produtividade nos casos em que não se tem um mause ou, o que é mais comum, o mause “morreu” durante uma sessão de trabalho ou não foi carregado após uma inicialização.
Porque, como sabemos todos, juntas e apropriadamente combinadas as setas de navegação e “Tab” permitem simular quase tudo o que se faria movimentando o mause e, na maioria dos casos, a tecla ENTER replica perfeitamente a ação de seu botão principal, o esquerdo. Só ficava faltando um modo de acionar o menu de contexto, ou seja, substituir o botão direito. Agora não falta mais. Aberto o menu de contexto com a tecla “Menu”, você pode navegar entre as opções com as setas e escolher a desejada com ENTER. E só vai precisar de se preocupar em resolver o problema do mause depois de terminada a tarefa com a qual está envolvido. Ou, pelo menos, de gravar o arquivo em que está trabalhando. Bom proveito.
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Figura 1 |
B.
Piropo