O Windows Vista definitivamente não foi um sucesso de vendas. Tanto que, dois anos depois de lançado, ainda não conquistou vinte porcento do mercado de sistemas operacionais. E nem se pode dizer que o problema é uma rejeição ao Windows, muito pelo contrário: a liderança do mercado, com quase setenta porcento dos usuários, permanece ocupada por outra versão do mesmo sistema, justamente o XP que o Vista foi concebido para substituir.
Por que isto teria sucedido? E justamente com um produto da Microsoft, que se destacou ao longo de três décadas justamente por saber auscultar os sinais do mercado e dar aos usuários aquilo que eles anseiam?
Difícil dizer. Há quem diga que as mudanças na interface foram demasiadamente radicais e que os usuários preferiram permanecer com seu velho conhecido XP, com o qual já estavam familiarizados. Mas, no campo dos sistemas operacionais, jamais houve uma mudança de interface tão radical quanto a imposta na evolução da tela de caracteres do DOS para os ícones e objetos da interface gráfica de Windows. E, não obstante, a adesão dos usuários foi maciça. Outros alegam que o Vista exige hardware muito mais poderoso que o XP. O que poderia fazer sentido há dois anos, quando oitenta porcento das máquinas vendidas tinham até 256 MB de memória RAM. Hoje, com a brutal queda dos preços do hardware, a situação se inverteu e mais de oitenta porcento das máquinas vendidas têm memória e capacidade de processamento mais que suficiente para rodar Vista. E, no entanto, o novo sistema não “pegou”. Tanto assim que, reconhecendo que o mercado tem suas sutilezas e caprichos contra os quais não adianta lutar, a MS já liberou a versão “beta” do sucessor de Vista, o Windows 7.
Se um usuário com bons conhecimentos técnicos se dedicar a “fuçar” as entranhas do novo sistema descobrirá que, por trás da interface, poucas serão as mudanças. O cerne (“kernel”) do Windows 7 será muito semelhante ao do Vista. As mudanças ficarão restritas quase que exclusivamente à interface e às configurações denunciando que, de acordo com as pesquisas da MS entre os usuários de Vista, era ali que se acumulavam as queixas.
Mas por que a interface de Vista teve uma aceitação tão baixa? Segundo a MS, o maior número de reclamações dos usuários do XP se referiam a seu baixo nível de segurança. O que a levou a desenvolver o Vista dando grande prioridade a este item. Mas aumentar o nível de segurança implica criar obstáculos para infiltrações e tentar eliminar vulnerabilidades, o que por sua vez exige que praticamente tudo que o sistema identifique como potencialmente danoso resulte em uma interrupção do processamento para emitir mensagem informando sobre o perigo e solicitando autorização para prosseguir. E isso incomodava os usuários.
Windows 7 elimina grande parte deste incômodo (fazendo o possível para não reduzir o nível de segurança). Mas se você usa Vista e se sente incomodado com tantas interrupções e solicitações de senha, não custa configurar o sistema para eliminar algumas delas.
Por exemplo: alguns sistemas (nem todos; verifique o seu) permitem o ajuste para “dormir” após certo tempo de inatividade. Quando isto ocorre, por padrão é exigido que o usuário entre com sua senha para “acordá-lo”. Quem considera isto um incômodo pode eliminar esta solicitação. Para isto basta abrir o Painel de Controle de Vista, entrar no grupo “Sistema e Manutenção”, clicar na entrada “Exigir uma senha ao ativar o computador do grupo “Configurações de Energia”, na janela que então se abre clicar no botão “Não exigir senha” e sair clicando no botão “Salvar alterações”. É claro que a partir de então qualquer pessoa pode “acordar” seu computador e seguir trabalhando com ele. Mas você não mais será incomodado com a solicitação de senha toda vez que quiser retomar seu trabalho.
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B.
Piropo