Sítio do Piropo

B. Piropo

Jornal o Estado de Minas:
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11/12/2008

< Guglando >


Pesquisas no Google tornaram-se tão comuns que geraram um neologismo feio, mas que indica sua importância na vida do internauta: “guglar”. Hoje em dia todo o mundo gugla. O problema é que nem todos sabem guglar direito. A maioria apenas visita a página do Google, preenche a caixa de dados e clica no botão “Pesquisar”. Os resultados surgem rapidamente, é verdade, mas o problema é que na maior parte das vezes vem tamanha enxurrada de dados que o pobre acaba afogado em um mar de informações (experimente pesquisar por “piropo”; acabei de tentar e recebi de volta quase oitocentos mil resultados, inclusive uma entrada sobre mim mesmo na Wikipedia que nem sem quem a criou, mas juro que não fui eu).

Pois bem: há pelo menos duas formas de refinar uma pesquisa no Google para reduzir o número de resultados, focando no que de fato interessa (“piropo”, por exemplo, gera tantos resultados porque, além do sobrenome deste escrevinhador, é o nome de um mineral do grupo das granadas, uma liga de ouro e cobre e um sinônimo de “galanteio” em português e espanhol, além de nome de restaurantes e casas noturnas espalhadas pelo mundo, de Kansas City, EUA, a Benigánin, Espanha – e, sim, é claro que descobri tudo isto no Google).  

A forma mais simples de refinar a pesquisa é clicar no atalho “Pesquisa avançada”, à direita da caixa de entrada de dados, para chegar à página de pesquisa avançada mostrada na figura.

Usando-a judiciosamente dá para refinar bastante a pesquisa, evitando aquilo que não interessa. Por exemplo: quem estiver interessado apenas neste pobre colunista, pode reduzir significativamente o número de resultados preenchendo a caixa “com todas as palavras” com a palavra “piropo”, entrando com “granada” na caixa “sem as palavras”, e fixando o menu de idioma em “português” e a região em “Brasil”. Isto elimina páginas sobre o mineral, reduz significativamente aquelas que usam o termo no sentido de “galanteio” (nesta acepção, o termo é usado correntemente em espanhol e, embora exista em português, caiu em desuso no Brasil) e elimina os restaurantes, casas noturnas e congêneres. Com este simples artifício consegui reduzir o número de resultados para apenas 174 mil páginas (caramba! eu não imaginava tantas), a maioria delas falando bem (ou mal) deste espantado colunista que não tinha a menor idéia que dava tanto o que falar...

Mas deixemos de narcisismo e vejamos o que mais se pode fazer na página de pesquisa avançada do Google. Pode-se, por exemplo, restringir o formato do arquivo para o qual apontará o atalho fornecido como resultado fazendo com que ele mostre somente (ou que evite, trocando o “Apenas” pelo “Não” em frente à entrada “Formato do arquivo”) um dentre um punhado de formatos, entre os quais o PDF, da Adobe, XLS do Excel, PPT do Power Point, DOC do Word e SWF do Flash. Usando a entrada “Data” pode-se escolher páginas criadas no último ano, mês, semana ou nas últimas 24 horas. E se você estiver interessado somente em páginas onde o termo ou expressão procurado apareça apenas no título, por exemplo, pode selecionar esta opção na entrada “Ocorrências” (as demais opções, além da padrão, “em qualquer lugar da página”, são “corpo da página”, “endereço da página” e “links para a página”). Finalmente, se você estiver buscando uma ilustração ou seja lá o que for que pretenda publicar eletronicamente ou não, pode selecionar resultados que apontem apenas para páginas “sem restrições de uso ou compartilhamento” usando a entrada “Direitos de uso” (veja as outras opções acionando a pequena seta para baixo do menu de cortina).

Além disso pode-se pesquisar por tópico e buscar páginas específicas (as entradas são auto explicativas). Só com isto já dá para reduzir bastante o escopo da pesquisa. Mas há ainda uma segunda forma. Que será o assunto da próxima coluna.

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Figura 1 - Clique para ampliar

B. Piropo