Jornal o Estado de Minas:
< Coluna Técnicas & Truques > |
||
09/10/2008
|
< Exibindo extensões de arquivos > |
Versão após versão, Windows tenta tornar-se mais simples, tornando-se cada vez mais fácil de usar e exigindo menos intervenção do usuário. O que é bom, mas tem lá seus inconvenientes. Por exemplo: já há algumas versões, por padrão, Windows oculta as extensões dos nomes de arquivos. O que torna mais simples a exibição dos nomes, mas pode ter sérios inconvenientes. Extensões de nome de arquivo vêm dos tempos do DOS, quando os nomes estavam limitados a um máximo de oito caracteres (o que obrigava os usuários a inacreditáveis malabarismos e uma notável criatividade para conseguir nomes sugestivos) seguidos de um ponto e mais três caracteres (a extensão) que indicavam o tipo de arquivo. Extensões .Com e .Exe identificavam arquivos de programa. Extensões .Doc e .Txt marcavam os arquivos texto e assim por diante. Cada programa criava suas próprias extensões para identificar os documentos que gerava. Com Windows 95 a limitação para número máximo de caracteres no nome do arquivo passou para 255, incluindo a extensão. Que não precisa se limitar a três letras (por exemplo: .Htm e .Html são extensões equivalentes e indicam que o arquivo obedece às especificações da linguagem de marcação em hipertexto e podem ser exibidos em programas navegadores da Internet). E mais: o nome dos arquivos pode conter mais de um caractere “.” (ponto). Isso acaba criando confusão. Da qual se aproveitam certos mequetrefes para iludir usuários incautos levando-os a executar arquivos mal intencionados. Por exemplo: imagine que sua máquina esteja ajustada de acordo com o padrão de Windows, que oculta do usuário as extensões dos tipos de arquivos conhecidos. E imagine que um pilantra lhe envie, anexado a uma mensagem de correio eletrônico, um arquivo denominado “Piada.Wmv.Exe” sugerindo tratar-se de um filmete que contém algo engraçado. Ora, Windows apenas considera como extensão aquilo que se situa após o último ponto. E como vem ajustado para ocultar por padrão extensões dos tipos de arquivos conhecidos, sendo a extensão .Exe sobejamente conhecida como a de um arquivo executável, Windows a oculta do usuário e exibe apenas “Piada.Wmv”. E como provável mente o usuário reconhece a extensão .Wmv como a do formato de arquivo de filmes adotado pelo Windows Media Player, é fácil esquecer que a verdadeira extensão .Exe está oculta e abrir o arquivo. Resultado: ao invés de rir um pouco talvez venha a chorar muito pois, além de não exibir qualquer filme, o arquivo executável instalará um programa mal intencionado que pode causar sérios danos à máquina. Por isso, sempre que instalo Windows em uma máquina, assim que termino a instalação tomo três providências. A primeira consiste em carregar o Windows Explorer, abrir o menu “Ferramentas” (no caso de Vista, tecle “Alt” para exibir a barra de menus), acionar a entrada “Opções de pasta”, passar para a aba “Modo de exibição”, procurar na lista pela entrada “Ocultar as extensões dos tipos de arquivos conhecidos” e desmarcar sua caixa (que deve vir marcada por padrão). A segunda é, ainda na mesma aba, no grupo “Pastas e arquivos ocultos”, marcar o botão “Mostrar pastas e arquivos ocultos”. Isso porque ocultar arquivos é uma das malandragens a que recorrem os salafrários que tentam instalar programas mal intencionados. Mas nesse caso, se porventura a exibição de elementos antes ocultos vier a incomodá-lo, reverta esta última operação, que não é tão crucial quanto a primeira. Incidentalmente: há outra entrada, “Ocultar arquivos protegidos do sistema operacional (Recomendado)”, que eu sugiro manter marcada; com esses arquivos não se brinca. Finalmente, a terceira providência: ainda na janela “Opções de Pasta”, mas passando para a aba “Geral”, marcar o botão “Clicar uma vez para abrir um item (apontar para selecionar)”. Por quê? Bem, este nada tem a ver com segurança. Faço porque prefiro assim... Quanto a você, escolha o ajuste que mais lhe agradar. Mas recomendo exibir as extensões.
B. Piropo |