Jornal o Estado de Minas:
< Coluna Técnicas & Truques > |
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08/05/2008
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< Vista SP1 > |
Depois de um ano do lançamento do Windows Vista, a Microsoft liberou seu primeiro (e esperado) “pacote de serviços” (“Service Pack 1” ou SP1). E um bocado de gente já o instalou. O curioso é que a maioria dos comentários sobre o assunto são mais ou menos semelhantes: gente que reclama porque instalou o SP1 “e não notou qualquer mudança na operação de Vista”. Mas será que deveriam ter notado? Afinal, trata-se de um “pacote de serviços”. E que mudanças se deve esperar após a instalação de um “pacote de serviços"? A Microsoft incorporou ao Vista três poderosas ferramentas de análise do comportamento das máquinas de seus clientes. São elas o CEIP (Customer Experience Improvement Program, ou programa de aprimoramento da experiência do usuário), a OCA (Online Crash Analysis ou análise em tempo real de travamentos do sistema) e o WER (Windows Error Reporting, ou notificações de erros do Windows). Sempre que ocorre um erro de Windows ou de um de seus aplicativos, ou quando o sistema trava ou ainda quando o usuário experimenta alguma dificuldade em sua utilização, informações sobre a natureza do problema e o estado da máquina no momento da ocorrência são registradas e enviadas à MS. Os programas são de adesão voluntária, ou seja, ninguém é obrigado a participar deles. E as informações coletadas e enviadas à MS são anônimas. O objetivo destes programas é detectar dificuldades experimentadas pelos usuários na operação do sistema, falhas mais comuns e eventuais incompatibilidades ou erros nas rotinas internas do sistema para se munir de dados que serão usados para evitar que elas voltem a ocorrer. E embora um significativo número de usuários se recuse a aderir a tais programas, o número dos que aderiram foi suficiente para gerar um formidável banco de dados que ajuda a MS a determinar quais aplicativos são mais susceptíveis a falhas, em que circunstâncias elas ocorreram e por quais razões. Banco de dados este que é vasculhado por uma equipe de técnicos em busca das principais causas de problemas que afetam a estabilidade, confiabilidade e segurança do sistema. Parte destas análises resulta nas “atualizações de segurança” que a Microsoft distribui regularmente. Parte dá origem a alterações nas rotinas de processamento interno que vão sendo acumuladas para serem liberadas em conjunto na devida ocasião. E a ocasião é a liberação dos chamados “pacotes de serviços”. Que servem, justamente, para consolidar as correções de erros, falhas de segurança e eventuais incompatibilidades detectadas ao longo de certo tempo de uso do sistema operacional. Em suma: aumentar a confiabilidade. Mas estas não são as únicas alterações incluídas nos pacotes de serviços. Algumas visam melhorar o desempenho do sistema. E outras visam oferecer suporte a novos dispositivos de hardware e padrões de software desenvolvidos após o lançamento do Sistema Operacional (por exemplo: no Vista SP1 foi incluído suporte ao novo padrão 802.11n de rede sem fio e a novos dispositivos de armazenamento portáteis). O problema é que nenhuma das alterações é concebida para ser aparente. A correção de problemas, por exemplo, só é notada pela minoria que experimentou a ocorrência daquele tipo específico de problemas. O suporte a novos padrões de software e hardware só é percebido por aqueles que adquiriram produtos até então não suportados. E as atualizações de segurança visam tão somente aumentar a proteção do sistema. Portanto nada mais natural que instalar um pacote de serviços e não notar qualquer diferença na operação do sistema. Afinal ele visa principalmente corrigir erros e aumentar a estabilidade. Portanto, se você usa o Vista e se as atualizações automáticas estão ativadas, em breve elas lhe oferecerão a instalação do SP1. Sugiro que aceite. E se instalar e não notar qualquer diferença, tanto melhor. Sinal que seu sistema não padecia dos problemas que o SP1 corrige. B. Piropo |