Jornal o Estado de Minas:
< Coluna Técnicas & Truques > |
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21/02/2008
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< Ajustando o tamanho de imagens > |
Sou do tempo em que mandar uma fotografia da neta recém nascida para os avós exigia “tirar” a foto (e as demais, até completar o filme), esperar pela revelação e impressão, escrever uma cartinha, botar tudo em um envelope e despachar pelo correio. Com sorte, em uma semana os orgulhosos avós conheceriam a neta. Hoje, faz-se a foto com uma câmara digital, transfere-se imediatamente para um computador e edita-se uma mensagem de correio eletrônico à qual a foto é anexada. Se isto for feito na própria maternidade, quem sabe com um computador portátil que permita conexão sem fio à Internet, os avós conhecerão a neta minutos após seu nascimento mesmo que estejam do outro lado do mundo. Tecnologia é isso aí. Para fazer fotos com câmaras digitais basta apontar e clicar. Com o controle automático de foco, “flash”, tempo de exposição, abertura de diafragma e, sobretudo, com os modernos estabilizadores de imagem, o que resta ao fotógrafo é enquadrar o tema e apertar o botão de disparo. Transferir as imagens para o computador também não exige grande proficiência: as boas câmaras digitais trazem programas que fazem isso quase sem interferência do usuário. E, finalmente, anexar a foto a uma mensagem de correio eletrônico costuma ser não mais que um exercício de arrastar seu arquivo e soltar no corpo da mensagem. Mais fácil, impossível. A não ser, é claro, que surja algum problema. Mas em um conjunto de atividades tão singelas, que problema poderia surgir? Bem, um deles , relativamente comum, é a foto não “caber” na tela dos destinatários. Que, para conhecerem a criança por inteira, precisam apelar para os “elevadores” nas bordas da imagem e apreciar a neta aos bocadinhos. Por que isso acontece? Ora, isso acontece porque a “resolução” das imagens produzidas por câmaras digitais têm crescido mais rapidamente que a das telas de nossos monitores. Expliquemos... Imagens digitais são formadas por pontos que recebem o nome de “pixel” (contração do inglês “picture element”). Quanto maior o número de pontos, maior a “resolução” da imagem. Câmaras digitais modernas produzem imagens com resoluções de cinco a sete “megapixel” (MPx, ou milhões de pontos), distribuídos em linhas e colunas. Uma foto típica gerada com uma câmara de, digamos, 5 MPx, tem 2560 colunas de 1920 pontos cada (2560 x 1920). Monitores usam resoluções bem menores do que essas. A maioria dos monitores clássicos (formato 3 x 4) exibe 1024 colunas de 768 pontos cada (1024 x 768). Já os novos, de tela larga (“wide screen”) e alta resolução, chegam a 1680 x 1050 ou pouco mais. Resoluções bem menores que as das câmaras modernas. Cujas fotos, por isso, não “cabem” nas telas. A solução é diminuir a resolução das fotos para reduzir a área ocupada na tela. O cálculo é fácil. Monitores mostram cerca de 30 pontos por centímetro de tela (ou 72 por polegada), número que varia um pouco com o tamanho e a resolução adotados mas não fica longe disso. Sabendo a largura desejada para a imagem na tela, basta multiplicá-la pela resolução do monitor. Se desejar, por exemplo, uma largura de 10 cm, a dimensão horizontal da foto não deve ultrapassar os 300 pontos (10 cm x 30 pontos/cm). Mas como reduzir a imagem? Digamos que o original de sua foto tenha 2560 pontos de largura. Carregue-a em um programa editor de imagens e procure, em seu menu “Imagem”, a entrada “Redimensionar” (todos os bons editores apresentam esta entrada, talvez com um nome ligeiramente diferente). Isso abrirá uma janela semelhante à da figura. Entre com a nova largura em pontos (300) na caixa “Largura”, deixe marcada a caixa “Manter proporcionalidade” para não deformar a imagem e, se o programa permitir, entre com um número próximo de 30 px/cm (ou 72 px/polegada) na caixa resolução. Para preservar o original, grave a imagem reduzida com um novo nome antes de anexá-la à mensagem de correio eletrônico. Pronto: agora a neta cabe na tela dos avós...
B. Piropo |