Jornal o Estado de Minas:
< Coluna Técnicas & Truques > |
||
17/01/2008
|
<
Trabalhando com arquivos do Office 2007 > |
Quando os computadores começaram a se disseminar surgiu a balela do “escritório sem papel” onde documentos digitalizados substituiriam os impressos, facilitando a consulta e o armazenamento. Parecia uma conseqüência natural da informatização, mas “não pegou”. Tanto que um dos meus “gurus” tecnológicos, Jean Paul Jacob, da IBM, afirma que há dois cômodos na casa em que não pode faltar papel: o escritório e o banheiro. E ele tem razão. Mas por que a previsão falhou? Bem, ainda tenho minha certidão de batismo, da primeira metade do século passado. Posso consultá-la a qualquer momento. Mas não posso fazer o mesmo com minhas primeiras colunas, publicadas meio século depois. É verdade que tenho cópias delas em meu disco rígido. Mas algumas foram escritas no saudoso editor de textos Fácil e outras no menos saudoso CartaCerta e seus arquivos adotam o “formato” do respectivo programa. Para consultá-las preciso de um “conversor de formatos”. Resultado: à medida que mudaram os programas que uso para escrever, uma mixórdia de arquivos de diferentes formatos foi se acumulando nos meus discos rígidos. Que acabou virando uma bagunça. Por semelhantes razões as empresas de todo o mundo se empenham em estabelecer os chamados “formatos abertos” de arquivos. Seriam formatos padronizados, sem “dono”, postos à disposição do público e de qualquer programador que queira utilizá-los, divulgados por instituições independentes, permitindo que os documentos digitais criados por um programa sejam abertos e editados (alterados) por qualquer outro aplicativo que aceite o padrão. No momento há dois padrões abertos: o ODF (Open Document Format) proposto pela OpenOffice.Org (< http://www.openoffice.org/ >) e aprovado pela ISO (International Standards Organization) e o Open XML, proposto pela Microsoft, aceito pela ECMA (< http://www.ecma-international.org/ >) e aguardando aprovação da ISO. Há controvérsias sobre as vantagens e desvantagens de cada um deles e, como macaco velho não mete a mão em cumbuca, não me arrisco a entrar nessa discussão. No que me toca, pouco importa qual virá ou não a ser aceito pela maioria dos usuários, desde que eu tenha em prazo relativamente curto um formato padrão para documentos que evite a atual balbúrdia e para o qual eu possa converter todos os documentos armazenados em meu disco rígido. Portanto, não é este nosso tema de hoje. Nosso tema é o seguinte: tendo sido o Open XML aceito pela ECMA e desenvolvido pela MS, a empresa já o adotou como formato padrão dos arquivos criados pelos aplicativos de seu novo pacote Office 2007 (tanto para os arquivos texto do Word quanto para as planilhas do Excel e as apresentações do PowerPoint). O que, ao invés de reduzir, acabou por aumentar a confusão de formatos já que, na prática, criou um novo formato não compatível com as versões anteriores do mesmo pacote Office. E resultou em um problema para profissionais que usam o Office XP ou 2003, pretendem continuar usando, e recebem de seus clientes arquivos do Office 2007 no novo padrão de formato Open XML. Como trabalhar com estes arquivos? Portanto, sem discutir as vantagens e desvantagens de um ou outro formato aberto, vejamos como um usuário do Office XP ou 2003 pode abrir, editar e gravar arquivos nos novos formatos Open XML. Se for este o seu caso, basta executar dois passos simples. Primeiro, instale as atualizações de alta prioridade tanto do Windows (use o Windows Update da entrada “Ajuda e suporte” do menu Iniciar) quanto do Office (visite o Office Online, em < http://office.microsoft.com/pt-br/default.aspx >). Depois: visite a página (< http://www.microsoft.com/downloads/details.aspx?familyid=941b3470-3ae9-4aee-8f43-c6bb74cd1466&displaylang=pt-br >), baixe o arquivo FileFormatConverters.Exe e o instale. É o que basta. Deste ponto em diante você pode não somente abrir, como também alterar e gravar arquivos nos novos formatos do Office 2007 usando sua versão do Office XP ou 2003.
B. Piropo |