Jornal o Estado de Minas:
< Coluna Técnicas & Truques > |
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19/10/2006
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< Wheel Mouse > |
“Wheel mouse” é o nome em inglês desses mouses com uma “rodinha” na parte superior, para os quais ainda não existe (pelo menos que eu saiba) nome em português – exceto, é claro, “mouse de rodinha”, mas isto não é termo técnico que se apresente. Há diversos modelos, inclusive de fabricantes conceituados como Microsoft e Logitech. A “rodinha” é uma pequena roda de eixo horizontal situada longitudinalmente no topo do mouse, bem no ponto onde normalmente repousa o dedo indicador do usuário, que pode usá-lo para girar a roda para a frente e para trás ou pressioná-la para baixo. Depois que eu descobri esses mouses não quis mais saber de outro tipo: a rodinha é mesmo uma “mão na roda” (se não conhecesse esta expressão desde muito antes da invenção do mouse diria que foi criada para o “wheel mouse”) e quando uso um mouse comum volta e meia me surpreendo esfregando o indicador sobre ele em uma vã tentativa de acionar a roda. A função mais óbvia da roda é fazer “rolar” a tela (“scroll”, em inglês). Girar a roda para a frente faz o conteúdo da janela corrente se deslocar para cima, girá-la para trás inverte o movimento. Além disso, premir a roda, apertando-a para baixo, faz com que ela funcione como um botão adicional do mouse. Ações que valem para todos os aplicativos da Microsoft e a maioria dos desenvolvidos por terceiros. Se, após conectar o mouse ao computador, você instalou os “drivers” apropriados (em geral fornecidos com ele), pode efetuar diversos ajustes usando a aba “Roda” do objeto “Mouse” do grupo “Impressoras e outros itens de hardware” do Painel de Controle. Lá você pode escolher se deseja que o acionamento da roda role uma tela de cada vez ou um determinado número de linhas (que pode ser ajustado) e pode ainda, no botão “Avançado”, ajustar a rapidez do rolamento. No grupo “Solução de problemas com a roda”, também em seu botão “Avançado”, pode desativar inteiramente o suporte à roda (desde que tenha uma boa razão para isso) ou desativá-lo apenas em alguns programas que não se entendem bem com ela, como o Fractal Design Painter e alguns aplicativos da Macromedia. E, na aba “Botões”, pode escolher a ação a ser deflagrada pela roda quando acionada como botão do mouse. Se você ainda não tem um “mouse de rodinha”, lembre-se desta coluna quando precisar de comprar um novo. Se você já tem um, certamente já sabe o quanto ele facilita o trabalho. Mas ainda assim essa coluna lhe será útil. Quer ver? Alguma vez você já experimentou girar a roda enquanto mantém a tecla “Ctrl” apertada? Pois experimente. Na maioria dos programas, combinar com a tecla “Ctrl” um giro da roda para a frente aumenta o tamanho da letra exibida na tela, enquanto um giro no sentido oposto produz o efeito contrário (note que não se trata de alterar o tamanho da fonte no programa, mas apenas o tamanho com que ela é exibida na tela, um efeito semelhante, por exemplo, a acionar a função “Zoom” do menu “Exibir” do editor Word da MS). Um efeito que pode ser obtido em todos os programas da Microsoft e muitos de terceiros e que ajuda um bocado quando se está tentando ler um texto em letras demasiadamente pequenas – por exemplo no Internet Explorer. E por falar no IE: nele, além de alterar o tamanho das letras quando combinada com “Ctrl” (apenas o das letras, não o das imagens), a roda ajuda a navegar pelas páginas visitadas. Basta combiná-la com “Shift”. Ou seja: depois de se movimentar entre diversas páginas da Internet, manter a tecla “Shift” apertada ao se mover a roda para a frente faz o mesmo efeito que clicar sobre a seta “Avançar” da barra de ferramentas do IE, enquanto mover a roda para trás é o mesmo que clicar sobre a seta “Voltar” da barra de ferramentas. Note que estas ações não dependem de ajuste: a combinação do movimento da roda com “Shift” funciona sempre no Internet Explorer, enquanto a combinação com “Ctrl” funciona em quase todos os programas e garantidamente todos os da Microsoft. E pensar que tem gente que ainda não descobriu a roda...
B. Piropo |