O infame
xis vermelho é uma das principais causas de aflição
de internautas e um tema tão comum nas mensagens que recebo de
leitores aflitos que me sinto obrigado a voltar a ele com algumas informações
adicionais (o assunto foi tema desta coluna há três meses).
Ele aparece em qualquer página do programa navegador ou corpo
de uma mensagem exibida pelo programa de correio eletrônico onde
a imagem deveria ter aparecido.
Antes de descobrirmos como nos vermos livres dele é bom sabermos
que, embora não pareça, seu objetivo é nos proteger.
Vejamos o porquê disso.
Quando se começou a adicionar imagens às páginas
da rede e mensagens de correio eletrônico, o tamanho dos arquivos
que contêm essas imagens passou a ter grande importância
já que influencia diretamente a rapidez com que se navega na
Internet. Arquivos demasiadamente grandes atrasam a navegação
e por isso são “comprimidos”.
A técnica de compressão de imagens, embora difícil
de aplicar, é fácil de explicar. Uma imagem é formada
por pontos coloridos. Para reproduzi-la é preciso “acender”
na tela um ponto luminoso da cor correspondente ao mesmo ponto da imagem
original. Mas muitas imagens contêm áreas relativamente
extensas de pontos da mesma cor. Se, em vez de guardar cada um desses
pontos milhares ou milhões de vezes o arquivo armazenar uma única
vez a cor e a posição da área ocupada, seu tamanho
é reduzido significativamente. O problema é que para exibir
a imagem assim comprimida é preciso executar um programa que
saiba “descomprimi-la” quando ela for exibida. Ou seja:
para exibir uma imagem seu programa navegador ou gerenciador de correio
eletrônico executa um programa que manipula as informações
contidas no arquivo comprimido.
Pois bem: não demorou para que os pilantras de sempre descobrissem
isso e criassem arquivos de imagens que, entre as informações
necessárias para exibi-las, contivessem código que fizesse
o programa usado para descomprimi-las instalar um programa mal intencionado,
tipo vírus ou cavalo de Tróia, na máquina onde
a imagem fosse exibida.
A partir de então, os programas navegadores e gerenciadores de
correio eletrônico que exibiam essas imagens “por padrão”,
passaram a substitui-las pelo malfadado xis vermelho, deixando por conta
do usuário a decisão se elas podem ou não serem
exibidas. Se a fonte for confiável, exiba-as. Do contrário,
mantenha-as ocultas.
Para exibi-las no Internet Explorer abra o menu “Ferramentas”,
acione “Opções da Internet”, vá para
a aba “Avançadas” e, no grupo “Multimídia”,
marque a caixa “Mostrar imagens”. Depois, na aba “Segurança”,
ajuste o nível de segurança para “Médio”.
No Outlook Express você pode decidir caso a caso. Imediatamente
acima do painel que exibe o corpo das mensagens que contêm o xis
vermelho aparece um retângulo com o aviso: “Algumas mensagens
foram bloqueadas para evitar que o remetente identifique seu computador.
Clique aqui para fazer o download das imagens”. Basta clicar no
retângulo para que as imagens sejam transferidas e exibidas. Mas
se você quiser que sejam sempre exibidas, independentemente de
solicitação de autorização, pode abrir o
menu “Ferramentas”, acionar a entrada “Opções”
e, na aba “Segurança”, desmarcar a caixa “Bloquear
imagens e outros conteúdos externos em emails HTML”.
Mas como proceder se você vê as imagens nas mensagens que
envia para seus amigos mas eles reclamam que, mesmo com os ajustes corretos,
não conseguem vê-las quando recebem as mensagens? Bem,
neste caso as imagens são retidas em sua própria máquina.
Abra novamente a janela “Opções” do menu “Ferramentas”
do Outlook Express, passe para a aba “Segurança”,
assegure-se que o botão de rádio “HTML” esteja
marcado no grupo “Formato para envio de mensagens”, clique
no botão “Configurações de HTML” e,
na janela correspondente que então se abre, marque a caixa “Enviar
imagens com mensagens”. Daí para frente seus amigos se
deliciarão com suas imagens.
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Figura
1 |
B.
Piropo