Sítio do Piropo

B. Piropo

Jornal o Estado de Minas:
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11/05/2006

< Restaurando o Sistema >


A restauração do sistema talvez seja a característica mais bem-vinda de Windows XP.
Se o usuário tomar o cuidado de criar um ponto de restauração sempre que estiver prestes a efetuar uma alteração no sistema da qual possa vir a se arrepender mais tarde poupará a si mesmo uma incalculável quantidade de aborrecimentos. Porque, se algo der errado, tudo o que ele tem a fazer é restaurar o sistema para o estado anterior à alteração e seguir adiante livre, leve e solto (ah, se a vida tivesse um mecanismo de criação de pontos de restauração do sistema, quantos divórcios seriam evitados...).
Mas tudo tem o seu preço. E, no caso de Windows XP, o preço é o espaço em disco ocupado pelos dados referentes aos diversos pontos de restauração acumulados.
Se o espaço em disco for realmente uma preocupação premente e houver a necessidade de liberar algum a qualquer preço, pode-se liberar o espaço ocupado por alguns pontos de restauração recorrendo ao utilitário “Limpeza de disco” que se esconde na opção “Ferramentas do sistema” da entrada “Acessórios” de “Todos os programas” do menu Iniciar. Acione-o, escolha o disco de sistema (em geral o drive C:, onde os pontos de restauração são armazenados) e, ao surgir a janela “Limpeza de disco” oferecendo as opções do que limpar, passe para a aba “Mais opções”, clique no botão “Limpar” do grupo “Restauração do sistema”. Agora basta confirmar quando aparecer a janela informando que todos os pontos de restauração serão removidos exceto o último.
Mas, exceto em casos extremos, o usuário não precisa de se preocupar em eliminar os pontos de restauração mais antigos. O próprio Windows cuida disso.
A coisa funciona assim: Windows XP estabelece um limite da capacidade do disco rígido (por padrão, 12% da capacidade total) para armazenar os dados relativos à restauração do sistema. Quando esta capacidade é atingida, o próprio Windows se encarrega de deitar fora os dados relativos aos pontos de restauração mais antigos, abrindo espaço para os novos.
Por outro lado, há quem ache que dedicar 12% do espaço de cada disco apenas para este fim é demais. Se você concorda com isto, pode alterar a porcentagem. Para isso, precisa ter acesso à aba “Restauração do sistema” da janela “Propriedades do sistema”. Há diversas formas de chegar lá. Dois exemplos: se você estiver lidando com a restauração do sistema e a janela “Restauração do sistema” estiver aberta (menu Iniciar, “Ajuda e suporte”, “Desfazer as alterações no computador com a Restauração do sistema”), basta clicar no atalho “Configurações de restauração do sistema” no painel esquerdo da janela. Se não, basta clicar com o botão direito no objeto “Meu computador”, acionar a entrada “Propriedades” e passar para a aba “Restauração do sistema”. Nela, existe uma caixa denominada “Configurações da unidade” que mostra todas as unidades de discos monitoradas pela restauração do sistema.
Para alterar o espaço dedicado a acumular os dados de restauração em cada uma delas, basta selecionar a unidade desejada, clicar no botão “Configurações” e ajustar o controle deslizante da janela que então se abre entre o máximo de 12% e qualquer outro valor, saindo com um clique em OK. O ajuste do espaço em disco pode ser feito independentemente para cada unidade de disco monitorada.
Além disso, o usuário pode desativar a restauração do sistema em todas as unidades marcando a caixa correspondente na aba “Restauração do sistema”. Mas note: este ajuste apenas existe para auxiliar o processo de remoção de vírus. Ou seja: marca-se esta caixa antes de remover um vírus para evitar que o estado do sistema enquanto contaminado com o vírus possa vir a ser restaurado mais adiante, recontaminando a máquina. E desmarca-se a caixa assim que a operação de remoção do vírus é concluída. Deixar esta caixa permanentemente marcada significa abster-se da possibilidade de criar e restaurar pontos de restauração, ou seja, um absoluto desatino.

Figura 1

B. Piropo