Sítio do Piropo

B. Piropo

Jornal o Estado de Minas:
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15/12/2005

< Reinstalando Windows sem Reativar >


Uma das aflições do usuário de Windows XP que precisa reinstalar o sistema operacional é a necessidade de ativar novamente o produto. Mas afinal o que é “ativar o produto”?
Trata-se da “ativação compulsória”, ou “Windows Product Activation” (WPA), adotada desde 2001 pela MS para licenciamento de Windows. Ao se comprar um exemplar de Windows o que realmente se compra não é o produto propriamente dito nem o meio físico (CD ou DVD) em que ele está gravado, mas apenas a licença de uso que permite instalá-lo em uma única máquina. Instalar o produto em duas máquinas diferentes viola a licença, portanto não é permitido. A ativação compulsória visa impedir que isso seja feito.
Para lograr este objetivo a MS exige que, depois que se instalou Windows entrando com a chave que acompanha o produto (“product key”), se estabeleça contato com ela via Internet ou por telefone e se forneça um número de identificação (“installation ID”) de 50 algarismos gerado durante o procedimento de instalação. Estes códigos (“product key” e “Installation ID”) são armazenados em uma gigantesca base de dados. Isto feito, a empresa devolve um código numérico que deve ser introduzido na máquina para finalizar o procedimento de ativação (isto no caso da ativação por telefone; se pela Internet, a troca de informações entre a máquina e a MS é a mesma, porém o usuário nem toma conhecimento dela). Todos estes dados (product key, installation ID e código de ativação) são criptografados e armazenados no arquivo “wpa.dbl” da pasta “WINDOWS\system32”, geralmente na unidade “C:”. Sempre que a máquina for inicializada, novo Installation ID é gerado e comparado com o armazenado no arquivo “wpa.dbl”. Se não conferir, é solicitada nova ativação.
Detalhes do procedimento de ativação estão descritos na coluna “Ativação compulsória e privacidade” de 20/08/2001, ainda disponível na seção “Escritos – Coluna do Piropo – 2001” de meu sítio, em < www.bpiropo.com.br >. E uma descrição do algoritmo usado para gerar o “installation ID” pode ser encontrada (em inglês) em “Inside Windows Product Activation”, em < www.licenturion.com/xp/fully-licensed-wpa.txt >. O procedimento (simplificado) consiste no seguinte: durante a instalação são colhidos dados da máquina, como partes das “strings” de identificação de dispositivos de hardware, do número de série do processador, enfim, dados sobre o conjunto do sistema, e a partir deles gerado o “installation ID”. Tentar usar a mesma “product key” para instalar Windows em outra máquina resultará em recusa da ativação quando a MS comparar o “product key” e “installation ID” fornecidos com os armazenados em sua base de dados e constatar que se trata de nova instalação (mesma “product key”) em máquina diferente (outra “installation ID”). E caso se reconstitua uma “imagem” do disco rígido em uma segunda máquina, Windows solicitará nova ativação durante a próxima inicialização do sistema quando constatar que o “installation ID” então gerado não confere com o armazenado no arquivo “wpa.dbl”. É simples assim.
Toda esta explicação serve apenas para sugerir que você mantenha uma cópia atualizada do arquivo “wpa.dbl” em local seguro (disquete, “thumb drive”, CD ou disco rígido que não o drive C:). E por duas boas razões. A primeira é que, caso seu arquivo “wpa.dbl” venha a se corromper e a máquina passar a exigir nova ativação cada vez que for ligada, faça uma inicialização no modo de segurança com prompt de comando e use a cópia para reconstituir o arquivo em seu local original (pasta “system32”). A segunda: em caso de reinstalação de Windows, simplesmente transfira a cópia do arquivo para a pasta “system32”. Isso deve dispensar a reativação. Mas só em caso de reinstalações do mesmo produto (mesma “product key”) na mesma máquina (mesma “installation ID”). Para pirata, não serve...

Figura 1

B. Piropo