P: Por que cada vez que um disquete ou disco rígido
é formatado, seu número de série sofre alteração?
No meu entender, sendo o número de série a identificação
do produto, jamais deveria mudar.
R: Repare que o número de série,
assim como o nome, refere-se ao "volume", não ao
disco (se duvida, verifique com o comando DIR). "Volume"
é a forma pela qual o sistema operacional se refere a uma
unidade lógica, à qual é atribuída uma
"letra" ou designador. Que pode ser um disco (como no
caso dos disquetes ou discos rígidos com uma única
partição), ou uma partição (no caso
de discos rígidos subdivididos em mais de uma partição).
Por exemplo: em um micro com um único disco rígido
subdividido em três partições, cada uma será
encarada pelo sistema como um "volume" diferente, receberá
um diferente designador (no caso: C, D e E), um diferente número
de série e, se o usuário decidiu "batizá-lo"
quando o formatou, um nome escolhido pelo usuário. Tanto
nome quanto número são criados durante a formatação.
O nome é solicitado ao usuário, que pode digitar um
nome qualquer ou simplesmente teclar ENTER e deixar o volume sem
nome. Já o número de série é criado
automática e obrigatoriamente pelo sistema. Isto acontece
tanto para partições de discos rígidos quanto
para disquetes, já que do ponto de vista do sistema operacional
uns e outros constituem "volumes". Nome e número
de série servem para identificar o volume, mas não
como "produto" e sim como unidade lógica. Esta
identificação, embora quase nunca usada por programas
para PCs (ao contrário dos MacIntosh, que quando usam mais
de um disco rígido sempre se referem a eles por seus nomes),
pode ser muito útil desde que o software saiba tirar vantagem
dela. Por exemplo: armazenando o nome e o número de série
do disco onde foi gravado um arquivo que está sendo editado,
um programa pode detectar que o usuário mudou o disquete
no drive antes de tentar gravar alterações naquele
arquivo e pedir que o disquete original seja reintroduzido no drive,
exibindo seu nome e número de série. O número
de série existe justamente para evitar que a identificação
venha a falhar caso o usuário escolha nomes iguais para diferentes
volumes. Ele é criado no momento da formatação
através de um algoritmo que usa como base a data e hora armazenadas
no relógio interno do micro, o que torna desprezível
a probabilidade de que dois volumes venham a ter o mesmo número
de série e se constitui, portanto, em um sistema altamente
confiável para monitorar trocas de volumes nos drives.
B.
Piropo