P:
Eu li que um gabinete maior que o minitorre melhora a ventilação.
O processador já possui um pequeno ventilador. Será
mesmo necessário um gabinete maior ?
R: Não é uma questão
de ventilação, mas de espaço. Na mesa de trabalho
e dentro do gabinete. Um gabinete maior, com mais espaço
interior, facilita o trabalho quando se precisa instalar mais uma
placa, fazer um upgrade, em suma, mexer dentro dele. Mas ocupa mais
espaço sobre a mesa. Ao fim e ao cabo, trata-se apenas de
preferência pessoal. Eu, particularmente, prefiro gabinetes
maiores.
P: Quem precisa de espaço na
mesa de trabalho pode fazer uma máquina desktop trabalhar
"de lado" como se fosse um gabinete tipo torre sem comprometer
seu funcionamento?
R: Em um micro comum os únicos
dispositivos que contêm partes móveis (e que, portanto,
poderiam sofrer a influência da posição) são
os drives, tanto os de disquetes quanto o de CD-ROM e os discos
rígidos. Tudo o mais são circuitos eletro-eletrônicos
nos quais a posição não exerce influência
alguma. Quanto aos drives: os de disquete, seja de 3"1/2, seja
de 5"1/4, podem funcionar em qualquer posição.
Já quanto aos discos rígidos, os modelos antigos que
obedeciam aos padrões MFM ou RLL podiam funcionar tanto "deitados",
ou seja, na horizontal com a face correspondente à placa
de circuito impresso voltada para baixo, quanto "de lado",
ou seja, apoiado em uma das faces laterais e com a face correspondente
à placa de circuito impresso voltada para um dos lados direito
ou esquerdo. Mas havia uma restrição: o disco rígido
deveria ser particionado e formatado na posição em
que iria funcionar. Para trocar de posição ele teria
que ser reparticionado e reformatado. Já os discos rígidos
modernos, tanto os que obedecem ao padrão IDE quanto SCSI,
podem funcionar em qualquer posição exceto a que corresponde
à face trazeira (onde estão os conectores) voltada
para baixo. E podem mudar de posição a qualquer momento
sem necessidade de reparticionar ou reformatar. Resta o drive de
CD-ROM. Se o modelo for do tipo que usa "caddie" (uma
caixa plástica com tampa transparente e fundo dotado de uma
lâmina metálica que mantém o disco protegido
quando fora do drive), deve funcionar preferivelmente na horizontal,
se bem que também possa funcionar apoiado em uma das faces
laterais. Se o drive não usa caddie, é preciso examinar
a prateleira que recebe o disco. Nos modelos que podem funcionar
"de lado", ela é dotada de pequenas lingüetas
que podem ser ajustadas de forma a suportar o disco quando a prateleira
se abre e o drive é montado nesta posição.
Em resumo: se os discos rígidos são IDE ou SCSI, como
é provável, o único dispositivo que pode restringir
a posição da máquina é o drive de CD-ROM.
Se este periférico puder funcionar "de lado", nada
impede que a máquina seja posta nesta posição.
B.
Piropo