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B. Piropo
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06/07/98

< Arquivos compactados >
< que não podem ser abertos. >


P: Sempre usei PKZip, XtreeGold e WinZip Para compactar e descompactar arquivos sem nenhum problema. Ultimamente tenho transferido arquivos zipados pela Internet. Alguns abrem normalmente. Outros, ao tentar abri-los, o programa avisa que não há arquivos dentro do arquivo zipado e cria um arquivo imagem chamado de Pkfixed.zip. Este arquivo deveria conter tudo o que deveríamos encontrar no original. Quando tendo descompactá-los, os programas acima citados informam que não podem fazê-lo, embora o Explorer mostre que o arquivo existe. O que está acontecendo com estes arquivos zipados? Porque não abrem normalmente? E porque não funcionam quando abrem?
R: O vocábulo "fixed", do inglês, significa "consertado", "reparado". Quando o PKZip constata que um arquivo compactado foi corrompido, tenta recuperar os trechos que eventualmente estão em bom estado e inclui o termo no nome do arquivo "consertado" (uma providência importante no caso de arquivos texto, dos quais partes recuperadas ainda podem ser úteis). O problema é que nem todos os arquivos de extensão .Zip são animais de mesma espécie. Isto depende do programa (e eventualmente da versão do programa) usado para compactá-los. Por exemplo: apesar de todos adotarem a extensão .Zip, arquivos compactados por versões recentes do PKZip não podem ser abertos por algumas das versões mais antigas. E certas versões do PKZip são incompatíveis com o WinZip. Além disso, há outros programas que também "zipam", ou seja, comprimem arquivos acrescentando a extensão .Zip ao arquivo comprimido, mas que usam seus próprios métodos para fazê-lo. Quando se solicita a um programa que descompacte um arquivo compactado por outro com o qual o primeiro apresenta alguma incompatibilidade, o programa usado para a descompactação pode reconhecer que se trata de um arquivo compactado pelo exame de seu "cabeçalho" (um conjunto de informações acrescentado ao arquivo durante o processo de compactação) e apesar disto não conseguir abri-lo. Eventualmente esta dificuldade pode ser interpretada como uma conseqüência dele ter se corrompido. Se, em um caso destes, o programa usado para descompactar tenta "consertar" o arquivo, o resultado é desastroso, configurando-se uma situação típica em que a emenda é pior que o soneto: o "conserto" altera o arquivo e a partir de então ele já não pode ser descompactado nem mesmo pelo programa que o compactou. Enquanto compactamos e descompactamos arquivos em nossa própria máquina usando o mesmo programa, tudo funciona nos conformes. Mas com arquivos obtidos na Internet, de cuja maioria se ignora o programa (ou versão) usado para compactá-lo, a ocorrência deste tipo de problemas é relativamente comum. É provável que esta seja a causa de suas dificuldades.

B. Piropo