< Diversos >
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28/04/2003
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< Obrigado > |
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P: Prezado Piropo, Não me considero micreiro. Programava entusiasmado o meu CP200 (que ainda guardo com carinho) aos 16 anos. O BASIC foi um desaprendizado: na faculdade de engenharia, levei pau no primeiro contato com uma linguagem estruturada. Por força das circunstâncias, fui apresentado ao DOS, o que me ajudou muito durante o reinado do Win 3.11. Fiz alguns cursos de montagem de micro e cheguei a ter aulas com Abel Alves e o próprio Mestre Laércio Vasconcelos. Nessa época, eu era bastante procurado por amigos para resolver abacaxis. Reconheço que pouco sabia, mas tinha um olho numa terra de cegos. Como não poderia deixar de ser, eu era também um leitor assíduo de suas colunas no Globo Informática. Mas o surgimento constante de novas tecnologias me fez desanimar. Parecia-me estupidez aprender hoje o que não terá sentido em dois ou três meses. Aos poucos fui deixando de me atualizar, até operar o PC como se usa uma torradeira. Torradeiras, contudo, não possuem arquivos de registro (ou pelo menos a minha nunca parou por causa deles). O problema que tive, não vem muito ao caso. O que importa é como foi resolvido: apelando para uma série de colunas de sua autoria, publicadas em 1997. Por que envio esta mensagem? Por dois motivos. O primeiro bem egoísta: é de certa forma frustrante conseguir vencer a máquina, às 05:30 h da manhã, depois de horas de queda de braço e ninguém sequer saber que aconteceu (e seria uma crueldade abusar da paciência de minha companheira explicando o que se passou). O segundo motivo é para agradecer a ajuda recebida (de fundamental importância) e elogiar o seu sítio, que não considero apenas como um centro de apoio a micreiros e aficcionados. Iniciativas como essa, que oferecem relevantes artigos técnicos para consulta, ainda mais em (bom) português, são contribuição importante para a crescimento do país. Um abraço. R: Sabe, Bruno, manter este sítio no ar me custa esforço (e algum dinheiro). Seu único objetivo é fornecer aos usuários de computadores algo que não tive (e senti muita falta) na época em que, já quarentão, comecei a desbravar a selva da informática: um local onde se pudesse encontrar, em linguagem simples e direta, o mais possível despida de tecnicismos, soluções para os problemas elementares (e outros nem tanto) com que me deparava. Não recebo um centavo por ele. Em contrapartida, gasto com ele uma parcela considerável de meu tempo livre e, por absoluta falta de patrocínio, arco, sozinho, com os custos de manutenção. É dinheiro pouco, mas é alguma coisa, e me faz sentir como se estivesse pagando para trabalhar. Às vezes, desanimo. Dá uma vontade danada de deixar de ser besta e largar tudo isso de mão. Então, de vez em quando, aparece uma mensagem como a sua e descubro, de repente, que o estímulo que elas me dão vale mais do que dinheiro e, definitivamente, recompensam todo o esforço despendido. Portanto, não se engane: quem deve agradecimentos sou eu, não você. Muito obrigado por ajudar a manter essa chama acesa. E receba um abraço afetuoso do amigo Piropo. (Aos demais leitores, que encontraram essa mensagem na página Respostas de meu sítio: pela primeira vez em todos esses anos essa Resposta não visa resolver um problema de vocês e, por isso, peço desculpas; não obstante, achei que deveria colocá-la aqui porque talvez possa lhes interessar...) B. Piropo |