Na última quinta-feira, com a devida pompa e circunstância, a Microsoft promoveu o lançamento simultâneo em 60 países de Windows 2000, que não é o sucessor de Windows 98 mas do NT (veja "O que é Windows 2000"). Por enquanto apenas em inglês e mais nove idiomas (a versão em português somente estará disponível dentro de duas semanas).

De acordo com a MS, foram gastos cerca de um bilhão de dólares no desenvolvimento do sistema, o maior investimento jamais feito em um único programa. Talvez por isso todas as versões (três até agora: veja em "Vale a pena migrar?") tenham preços tão salgados: Professional a R$ 572, Server a R$ 1.976 e Advanced Server a R$ 8.975 (atualizações a R$ 288, R$ 940 e R$ 4.389,90 respectivamente).

Delas, a que tem a missão mais árdua é a Professional, concebida para substituir Windows NT 4.0 Workstation nas máquinas clientes. A ela cabe a difícil tarefa de deslocar Windows 98 do ambiente corporativo, cuja interface mais amigável ajudou-o a infiltrar-se em muitas destas máquinas. Para isso vai apoiar-se em dois trunfos importantes: uma notável estabilidade, corroborada por todos os usuários mesmo das versões beta, e uma interface criada á imagem e semelhança da de Windows 98 (veja "O que mudou"). Resta ver se as corporações irão aderir.

O lançamento incluiu uma entrevista coletiva, na qual a Microsoft procurou não apenas realçar as qualidades de seu novo produto como deixar claro que não tem medo do Linux (sinal que talvez tenha), e um show onde Luana Piovani, Naná Vasconcelos e a trupe do Neil´s Goldberg Circus se esforçaram para realçar as novidades do novo sistema.

Um belo show, diga-se de passagem. Onde vi empregarem a forma mais bonita, sugestiva e comovente de usar uma imagem para ilustrar uma tecnologia: a boca de um recém nascido aproximando-se do bico do seio da mãe.

Se plug-and-play não é isso, então não sei o que é...

B. Piropo