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Matéria utilizada em artigo publicado em O Globo de 10/12/2001

Fim de ano, tempo de rever conceitos, fazer projetos e se livrar do lixo acumulado ao longo dos doze meses de labuta. Inclusive no disco rígido. Mas quanto a isso, o que recomendo mesmo é ficar no trivial, o “feijão com arroz” de todo o dia. E não há nada mais trivial que aquilo que é fornecido com o próprio Windows: o utilitário “Limpeza de discos” (Menu Iniciar,  “Programas”, “Acessórios”, “Ferramentas do sistema”, “Limpeza de disco”) tanto em Windows 98 quanto Me e 2000. Carregue-o e aparece uma janela solicitando escolher a unidade de disco a ser limpa. Selecionada a unidade, surge nova janela informando que Windows está calculando o espaço que pode ser recuperado seguida de outra com as opções que podem ser acionadas e cujo conteúdo depende da versão de Windows. A mais simples, Win98, apresenta apenas quatro possibilidades na aba “Geral”: “Temporary Internet Files”, “Arquivos de programa descarregados”, “Lixeira” e “Arquivos temporários”. Windows Me, além dessas, apresenta ainda “Páginas Web Off-line”, “Arquivos temporários do PC Health” e “Informações sobre depuração de aplicativos” aos quais Windows 2000 acrescenta “Catalogar arquivos para o indexador de conteúdo”, “Arquivos off-line” e a interessantíssima “Compactar arquivos antigos”. Para saber o que cada uma delas faz, mova a barra de seleção para a opção desejada e leia sua descrição no quadro da base da janela. Ao lado de cada uma aparece a estimativa do espaço em disco a ser recuperado. Basta marcar as opções desejadas e clicar no botão OK para que o próprio Windows efetue a limpeza e remova o lixo. A aba “Mais Opções” de Windows 98 e 2000 oferece ainda a oportunidade de se livrar de alguns componentes opcionais e pouco usados de Windows e remover programas que você instalou e esqueceu (você vai se surpreender com a quantidade deles que há em sua máquina). Windows 98 oferece ainda a conversão do sistema de arquivos para Fat32, quando couber, e Windows Me a de recuperar espaço removendo alguns arquivos do utilitário de restauração do sistema. Clicando sobre o botão correspondente abre-se uma janela para selecionar os componentes desejados. A coisa é simples e não demanda muita explicação. Mas se você tem um paladar apurado e deseja um “feijão com arroz” mais incrementado, pode apelar para um programa comercial de “faxina” de discos, como o Norton Clean Sweep que integra o pacote Norton System Works. Além de tudo o que o utilitário de limpeza de discos de Windows faz, o Clean Sweep oferece recursos adicionais bastante sofisticados, como remover seletivamente “cookies”, detectar e remover arquivos duplicados, DLL redundantes (cópias desnecessárias de bibliotecas de ligação dinâmica), arquivos “órfãos” (arquivos de dados referentes a programas não mais instalados) e arquivos que já não são acessados há muito tempo. Em geral o Clean Sweep classifica os componentes cuja remoção é segura, razoavelmente segura ou perigosa através de um código de cores (verde, amarela e vermelha). Se você tem problemas de espaço ou, simplesmente, quer se livrar da lixo acumulado em seu disco rígido, uma ferramenta como essa pode se revelar muito útil e bastante mais segura que o simples utilitário de limpeza de discos de Windows. Bom proveito. Mas cuidado para não jogar fora alguma coisa e depois se arrepender.

B. Piropo