< Coluna em Fórum PCs >
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13/06/2011
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< Resenha da Computex 2011 – II > |
Na < http://blogs.forumpcs.com.br/bpiropo/2011/06/07/resenha-da-computex-2011-i/ > coluna anterior apresentei a primeira parte da consolidação das notas que enviei de Taipei cobrindo as atividades da Computex 2011. Hoje vamos continuar com mais um conjunto de notas.
Em virtude da grande distância entre o Centro da Cidade de Taipei e o distrito de Nangang, até 2009 o acesso ao pavilhão era difícil e demorado. Porém, no ano passado, já pude ir do Centro até a porta do Pavilhão sem sair do metrô, que teve um trecho de uma de suas linhas estendido até lá. E este ano já foi possível escolher entre duas linhas, posto que uma extensão da linha que cruza o Centro na direção Leste/Oeste também chegou até o pavilhão. O Pavilhão de Nangang
Decidi começar pelo pavilhão de Nangang, o maior deles, com estandes em dois imensos andares, (na foto, o interior do andar superior), divididos por setores: componentes & peças, armazenamento, computadores & sistemas, dispositivos embarcados (“embedded products”) e exibidores estrangeiros. Então mãos à obra. Mas, antes, uma observação. Mesmo sabendo que nos demais pavilhões talvez eu encontre tabletes às mancheias, o que mais me chamou atenção neste primeiro dia de garimpagem na feira foi justamente a ausência deles no pavilhão de Nangang. Com tanto oba-oba sobre o tema, citado até no discurso do Presidente da República durante a cerimônia de abertura, eu esperava tropeçar neles em cada canto do pavilhão. Mas só havia um ou outro, das marcas mais conhecidas. Algo muito diferente da explosão dos “Tudo em um” (AIO, ou “All-In-One”) dos anos anteriores – que, afinal, não deu em nada: este ano eles quase desapareceram. Mas, já que falamos nos tabletes, comecemos por eles.
Essa simpática figura da foto é o Guido Alves, da ASUS Brasil que também anda por aqui. Mas não foi para a foto dele que chamei sua atenção, foi para o Transformer em sua mão esquerda. O que sobrou na direita é apenas o teclado (com uma bateria interna recarregável que aumenta significativamente a duração da bateria do conjunto quando conectada), que funciona quase que como uma “dock station” e transforma o Transformer (ora, pois não é que o nome veio daí?) em um “netbook”. Mas ele é efetivamente um tablete, de fato e de direito. Tanto que é vendido sem teclado – que tem que ser comprado separadamente. [NOTA POSTERIOR: O Transformer me pareceu uma idéia tão interessante que eu, que havia decidido comprar um tablete, adquiri um deles na viagem de volta, com teclado e tudo o mais a que tinha direito. Por enquanto ainda estou explorando o bichinho, mas aguardem para breve uma coluna sobre ele.]
E já que estamos na ASUS, não custa mencionar o Padfone, cujo lançamento já foi assunto de uma nota anterior e por isto não vai ser discutido em detalhes. Mas, só para provar que ele existe (embora ainda no estágio de protótipo), eis na figura acima o próprio, separado em seus dois módulos, nas mãos deste que vos escreve. O bichinho me deixou a melhor das impressões e aguardo ansioso o lançamento oficial.
Mas não é só de dispositivos sofisticados que se faz uma Computex. Muito pelo contrário. Repare na foto acima, lado esquerdo, que o iPhone está encaixado em um pequeno objeto verde abacate. Trata-se de um amplificador ótimo para quem faz de seu iPhone um reprodutor musical de arquivos MP3. É um produto da Fruitshop International Co. Estive no estande e ouvi uma demonstração. E é realmente impressionante como a amplitude e a qualidade do som aumentam quando o pequeno dispositivo é encaixado. Porém o mais impressionante é que ali não há um único componente eletrônico. Nada. O amplificador é não mais que uma peça de material plástico emborrachado que custa uma merreca. Toda a melhoria do som é obtida por pura acústica. Um achado (que, por sinal, foi laureado com um dos D&I Awards deste ano).
Já a figura aí de cima mostra, do lado esquerdo, um conjunto de dissipadores e ventoinhas da Noctua e, do direito, o membro mais novo da família, um gigante silencioso e eficaz para trabalho pesado que pode ser instalado tanto sobre processadores Intel quanto AMD. Quem acompanha meus périplos regulares pelas sucessivas edições da Computex sabe que a Noctua é a empresa que transformou a tecnologia de dissipação de calor em ciência. Seus dissipadores são eficazes e suas ventoinhas praticamente inaudíveis. E a qualidade de seus produtos é tão grande que a empresa tem sido procurada para resolver problemas no mínimo inesperados. Como instalar ventoinhas em capacetes usados por médicos em certas cirurgias para proteger o rosto do cirurgião dos respingos de sangue do paciente. Ou na ventilação de cabines para acomodar tradutores simultâneos onde o isolamento acústico tem que ser total e a ventilação absolutamente silenciosa. Ou ainda para arrefecer equipamentos usados em cabinas de edição e gravação de vídeo e áudio. Quem quiser saber mais sobre a Noctua encontra <http://www.noctua.at/images/computex_2011/noctua_computex_2011_press_kit.pdf > informações detalhadas aqui.
Na seção do pavilhão de Nangang dedicada a componentes e peças, o que mais havia eram gabinetes. O que incluía curiosidades como os dois modelos Skeleton da Antec mostrados na foto aí de cima (mas não fique com a falsa impressão de que a Antec apenas fabrica curiosidades: seus gabinetes estão entre os melhores do mercado hoje em dia e há modelos extraordinários, como o Sonata e LanBoy). Veja também os da Gainward, na figura abaixo. Segundo fui informado pelos técnicos da Antec, seus esqueletos foram concebidos principalmente para fins de demonstração de equipamentos como placas-mãe, dissipadores de calor e coisas que tais. Mas que dá vontade de montar um treco destes na mesa de trabalho, lá isso dá...
Mas tinha também coisa séria, naturalmente. Um bom exemplo são os gigantes tradicionais e poderosos da CoolerMaster mostrados abaixo.
Outro componente que tinha a dar com pau eram memórias. De todo tipo, tamanho e capacidade. Nada de muito revolucionário, mas uma delas chamou minha atenção. Na foto abaixo, tirada no estande da GSkill, repare no cartaz acima da montagem, que mostra algumas características de memória usada: DDR3 de 2300 GHz. E a placa mãe ostenta quatro módulos de 4GB cada. Uma bagatela de 16 GB de memória de altíssimo desempenho. Um desempenho que, naturalmente, tem seu preço: repare, bem na frente do imenso dissipador de calor da UCP, aquelas pequenas ventoinhas iluminadas em azul. Elas servem para renovar o ar em torno do dissipador de calor das memórias. Haja potência...
Entre os dispositivos de armazenamento, não poderiam faltar os discos de estado sólido. Havia muitos, de diversos tipos, modelos e capacidades. Para ilustrar, vejam estes modelos da KingSpec. Note, nas carcaças abertas da parte de baixo da figura, como eles dispensam quaisquer partes móveis, já que são constituídos apenas de componentes eletrônicos. E repare nos dois formatos, o maior obedecendo ao já convencional fator de forma de 2,5” tipicamente usados nos micros portáteis e o menor, novo, destinado principalmente para tabletes e outros fatores de forma de menores dimensões.
Mas, como já disse lá em cima, nem só de alta tecnologia se faz uma Computex. Veja os exemplos seguintes.
Outro dispositivo simples que entrou nesta relação mais pela curiosidade é o mostrado na Figura abaixo, um MiniGPS. Que, sinal dos tempos, não apenas substitui a velha e tradicional bússola magnética mostrando de que lado fica o norte como também dá as coordenadas exatas de onde se está. É verdade que eu nunca vi uma bússola deixar de funcionar por falta de bateria, mas enfim, tecnologia é isso mesmo...
Finalmente mais um dispositivo simples, porém tão engenhoso que foi um dos ganhadores do D&I Award: o Ring Mouse da Genius. É um dispositivo sem fio que se encaixa no dedo indicador como um anel e se comunica com um acessório de formato semelhante ao de um “pen drive” encaixado em uma porta USB do micro. Meio grandalhão, é verdade, mas anel. O quadrado vermelho escuro no centro da superfície plana é sensível ao toque. Deslizando a ponta do polegar sobre ele movimenta-se o ponteiro na tela. Os dois botões, também acionados com o polegar, funcionam como os botões convencionais do mause. A criatividade dos projetistas de “pen drives”
Como se vê, tem de todo o tipo e para satisfazer a todos os gostos. E como se tropeçava neste tipo de mostruário a cada esquina dos corredores de estandes, repare na variedade exibida nos mostrados nas figuras seguintes.
Quanto a estilos, havia de tudo. Porém, por alguma razão, os temas infantis predominavam. Parece que estão particularmente em moda este ano. Reparem nas três figuras seguintes:
Isto sem falar nos temas que podem ser considerados infantis ou não, dependendo do ponto de vista. Alguns aficionados por automóveis poderiam gostar dos mostrados na figura abaixo, enquanto meninas adolescentes ou adultas correm o risco de se apaixonarem pelas figurinhas da foto seguinte.
Havia muito, também, daquilo que se pode chamar de temas neutros, ou clássicos, como os da figura abaixo:
E algumas variações relativamente sóbrias porém de gosto duvidoso – embora aposto que tem gente que discordará. Veja a figura:
E havia também “pen drives” que eram verdadeiras jóias. E não necessariamente em sentido figurado: alguns trazem pedras preciosas incrustadas. Veja-os nas fotos abaixo.
Finalmente, havia os que conjugavam criatividade com senso de praticidade. Dois exemplos podem ser vistos na figura abaixo. Um, duvidoso, que conjuga um “pen drive” com um abridor de garrafas. Outro, que me pareceu um achado, que combina o “pen drive” com uma caneta. Afinal, são tantas as oportunidades em que precisamos tanto de um quanto de outro...
Mas, para mim, o campeão da união de criatividade com espírito prático é o “pen drive” de pulso mostrado na figura abaixo.
Uma bobagem, naturalmente. Mas uma bobagem que pode ser incrivelmente útil para quem precisa usar seu “pen drive” a toda hora e nunca sabe onde o guardou. Com ele em volta do braço, dificilmente vai deixar de encontrá-lo... B. Piropo | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||