< Coluna em Fórum PCs >
|
||
14/06/2010
|
< Lanboy Air: um gabinete muito especial > |
Talvez só em uma exposição do porte de uma COMPUTEX 2010 se possa ter uma ideia da variedade de tipos, formatos, funcionalidades e, sobretudo, dos avanços nos projetos de gabinetes para computadores da linha PC disponíveis no mercado.
Tinha de tudo. Mas havia coisas interessantes (o que não quer dizer que fossem lá essas maravilhas, apenas que despertavam o interesse). Vejam, do lado esquerdo da Figura 3, um dos modelos da chinesa Segotep (veja outros no sítio do fabricante) com seu jeitão meio abusado. E, do lado direito, o modelo R4 Bulldozer da GMC com sua solução original para localização do acionador de discos óticos (mas, novamente, tenha em conta que “original” não significa necessariamente “prática” e muito menos “eficiente”).
Seja lá como for, convém notar que muito do que diz respeito a gabinetes é puramente questão de gosto e, segundo a voz corrente, gosto não se discute. Por exemplo: o gabinete LeveL 10 da Thermaltake foi um dos agalardoados com o “Best Products Award”, um dos prêmios mais conceituados da COMPUTEX. Veja três imagens do indigitado na Figura 4 (as duas das extremidades foram fornecidas como material de divulgação, a do centro gerada a partir de uma foto minha no Pavilhão de Nangang; Nesta coluna, e nas demais que eu eventualmente escrever sobre material obtido na COMPUTEX 2010, usarei algumas imagens de catálogo mas darei preferência às obtidas por mim mesmo na Feira; afinal, foi basicamente para isso que viajei meio mundo...)
Certamente haverá quem o ache prático e bonito e está aí o seleto grupo de jurados do “Best Products Award” da COMPUTEX 2010 para não me deixar mentir (e nem posso criticá-los já que justamente o gabinete que mais me encantou na Feira e sobre o qual falarmos adiante também foi premiado). Mas no que me diz respeito, dificilmente um bicho destes passaria a menos de vinte metros de minha mesa de trabalho. E não vai aí nenhuma crítica à Thermaltake e sua equipe de projeto (ou desáiningue, para quem gosta de portinglês). É simplesmente uma questão de gosto.
Veja, por exemplo, na Figura 6, um dos gabinetes da série PGS fabricados pela AeroCool. Provavelmente haverá quem ache que há mostradores demais na face anterior e que isso não passa de “papagaiada” (será que ainda se usa esta gíria? Se não, aqui vai uma ajuda do Houaiss: “papagaiada – substantivo feminino; Regionalismo: Brasil: exibição ostentatória e grotesca; papagaíce”). Mas há quem ache que informação demais nunca é de menos. E certamente haverá também quem ache que os mostradores, fornecendo ou não informações úteis, enfeitam a frente do gabinete. Seja como for, sempre haverá alguém que se interessará pelo modelo. No que me concerne, ainda reiterando que se trata apenas de uma manifestação de gosto, até que não acho o bicho feio. Não é exatamente o gabinete de meus sonhos, mas dá para encarar.
Ainda no estande da AeroCool, havia coisas muito interessantes. Veja, por exemplo, na Figura 7, um exemplar da série PGS/B. Olhando-se para sua face frontal, não se dá nada por ele. Tem um jeitão meio sisudo, sem grandes enfeites, até parece feito para um desses escritórios de empresa séria. Mas basta tirar a tampa lateral que se percebe que o bicho é valente. Nele, há lugar para seis ventoinhas, das grandes. Com um gabinete destes, pode vir quente que não há risco de ficar fervendo.
Mas não é só de gabinete tipo grandalhão que vive a AeroCool. Ela também oferece a “Compact Series” para quem não deseja um enorme trambolho em sua mesa de trabalho ou ao lado de sua TV mas não dispensa um gabinete de qualidade. Veja, na Figura 8, o Qx-2000. Á esquerda o aspecto do gabinete montado e fechado, com sua grande ventoinha frontal iluminada. Mas repare, à direita da figura, que no compartimento superior cabem a fonte de alimentação, duas baias para acionadores de discos óticos e espaço para instalação de dois discos rígidos, enquanto no inferior, cujo acesso é feito basculando a parte superior, há espaço não apenas para uma placa-mãe com fator de forma obedecendo ao padrão Micro ATX mas também, graças a seus 30 cm livres entre os painéis dianteiro e traseiro, lugar de sobra para uma placa de vídeo extralonga de alto desempenho.
Na Antec, o gabinete de meus sonhos
Repare, do lado direito da figura, no gabinete sem a parte lateral direita (incidentalmente: note que, ao contrário do habitual, este gabinete apresenta a fonte de alimentação situada na parte inferior do gabinete, junto á base e não próxima da face superior; esta parece ser a tendência atual, pelo menos para gabinetes de alto desempenho; segundo alguns técnicos de distintos fabricantes aos quais perguntei, a razão disso é facilitar a dissipação de calor e reduzir o ruído). Este gabinete, como os modelos da série PGS/B da AeroCool, tem lugar para diversas ventoinhas. Nas fotos se percebem duas no painel traseiro e três no dianteiro, todas de 120 mm, mas ele aceita um total de oito (duas adicionais de 140 mm na face superior e uma, de 120 mm, no painel lateral). Pois bem: repare, na foto do lado direito, como é simples trocar uma ventoinha: cada uma delas é instalada em um compartimento individual que se abre independentemente. E, no compartimento aberto, note aquele objeto retangular que aparece “saindo” de sua face frontal. Trata-se de um filtro de ar. Começou a juntar poeira e fibras nas ventoinhas? Pois basta abri-las, remover o filtro, limpá-lo e repô-lo. Simples assim.
Mas o gabinete da Antec que realmente me encantou foi o Lanboy Air. E não somente a mim: também ele foi um dos que mereceram ganhar o “Best Products Award” da COMPUTEX 2010.
Repare que os painéis são constituídos de meras molduras preenchidas com uma tela metálica resistente, porém completamente vazada. Isto não apenas oferece uma visão do interior do gabinete como também facilita a ventilação. Note a posição do disco rígido instalado no compartimento aberto. Ele fica assim mesmo, inclinado. E simplesmente encaixado (ou seja, dispensa parafusos), como o que vimos no modelo DF-85. O Lanboy Air aceita até seis deles sem reclamar. Além de oferecer três baias para instalação de discos óticos de 5,25”.
B. Piropo |