Sítio do Piropo

B. Piropo

< Coluna em Fórum PCs >
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12/10/2009

< Frescuras de Windows Sete I: F1 a F4 >


Há quem diga que Windows 7 é um sistema operacional fresco. E desta vez sou obrigado a concordar: pelo menos no momento, não há sistema operacional mais fresco que ele. Afinal, foi lançado esta semana...

[Do Houaiss: “Fresco: adjetivo: ... 5 – Derivação: sentido figurado. Recente, de passado próximo”]

Portanto, sendo fresco, nada demais em esperar que seja cheio de frescuras. Afinal, embora o Houaiss não o diga, frescura há de ser a qualidade daquilo que é fresco. Logo, não há razão para estranhar uma coluna sobre as frescuras de Windows 7.
Aqui está ela. E como as frescuras são muitas, esta é apenas a primeira de uma série.
Em se tratando de colunas sobre frescuras, não esperem encontrar nelas detalhes técnicos avançados ou descrições elaboradas sobre criptografias e virtualizações (coisas que também há em Windows 7). Aqui você só encontrará frescuras mesmo. Pequenas coisas, funções, características, atributos e fricotes que, se não acrescentam grande funcionalidade ao sistema, tornam-no mais agradável de usar, mais “bonitinho” – mas nem por isso ordinário. Em suma: hoje falaremos apenas sobre frioleiras, friagens, refrescâncias, vigor juvenil ou seja lá que nome você escolha como sinônimo de “frescura”.
Então vamos a elas.

F1: Notas autoadesivas

Elas se escondem em Menu Iniciar >> Todos os programas >> Acessórios >> Notas autoadesivas. São o equivalente digital daqueles papeletes amarelos com uma barra adesiva no verso para escrever rótulos ou pequenos lembretes e colar em lugares visíveis para não esquecer (geralmente nas bordas dos monitores). Agora você pode criá-los e “colá-los” diretamente na tela, removendo-os quando não mais necessários (curiosamente, pode-se exclui-los, alterar seu tamanho e cor, mas não se pode minimizá-los). Criada a primeira nota, pode-se criar outras tantas sem recorrer ao menu, simplesmente clicando sobre o sinal de adição que aparece no canto superior esquerdo das notas. Uma frescura, naturalmente. Mas há quem goste tanto delas que fixou um atalho delas na Barra de Tarefas ou no Menu Iniciar (mais uma frescura sobre a qual ainda falaremos). Veja duas notas na Figura 1, juntamente com o menu de contexto de uma delas mostrando as cores disponíveis.

Figura 1: Notas autoadesivas.

E se você percebeu os dois ícones “Desligar” e “Reiniciar” que também aparecem na figura: sim, Windows 7 também aceita a linha de comandos para criá-los – se bem que nem precise: em Windows 7, o botão “Desligar” do menu Iniciar desliga mesmo. Mas, de qualquer forma, se você deseja manter na Área de Trabalho ícones para desligar e reiniciar seu computador com um único clique, aprenda a criá-los na seção “Coluna Técnicas e Truques" do Sítio do Piropo, coluna “Saindo depressa (do Vista)” publicada em 31/07/2008. Mais uma frescura, naturalmente. Mas esta não conta, vai de lambuja.

F2: AeroPeek

Sabe aquela situação desagradável quando a Área de Trabalho está inteiramente congestionada, com um monte de janelas abertas ocultando tudo o que está por detrás? A coisa fica mais ou menos assim, como na Figura 2.

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Figura 2: Área de Trabalho congestionada.

Pois é. A gente quer examinar alguma coisa que está lá por baixo, mas não sabe como (antes de Windows 7, ou se ocultavam todas as janelas sem deixar vestígios de onde estavam ou se fazia reaparecerem todas nos seus lugares anteriores com os atalhos “Tecla Windows + M” e “Tecla Windows + Shift + M” que, por sinal, também funcionam em Win7).
Pois Windows 7 agregou uma função chamada “Aero Peek” (“to peek”, em inglês, significa “espiar”, “olhar furtivamente”, “olhar de relance”, e “Aero” é o nome com o qual a MS batizou a nova interface de Windows 7, esta mesma, cheia de frescuras e transparências). A função permite ocultar as janelas mas sem perder suas posições relativas, que podem ser examinadas através de suas molduras transparentes que permanecem no vídeo como na Figura 3 – que mostra exatamente a mesma Área de Trabalho da figura anterior.

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Figura 3: Aero Peek.

Isso é frescura pura e não serve para nada? É, pode ser. Mas é tão fácil de acionar que, francamente, não vejo porque reclamar. Reparou no minúsculo retângulo situado na extremidade inferior direita da tela mostrada na Figura 3, encimado pela mensagem “Mostrar área de trabalho” e assinalado pela seta vermelha? Pois basta mover o mause até ele (nem é preciso clicar...) que todas as janelas se tornam transparentes. A coisa é tão simples que sei até de gente que inadvertidamente moveu o mause para aquele ponto e se assustou com o súbito “desaparecimento” das janelas. Se isso acontece com você e o Aero Peek incomoda em vez de ajudar, desabilite-o: basta clicar com o botão direito sobre a Barra de Tarefas, acionar a entrada “Propriedades” e desmarcar a caixa “Usar o Aero Peek para visualizar a área de trabalho”. Mas se, por outro lado, ele lhe agradou tanto que você gostaria de dispor de um atalho de teclado para acioná-lo, não seja por isso, aqui está ele: “Tecla Windows + Barra de espaço”.

F3: Opções extra dos menus de contexto

Win7 traz umas frescuras tão sutis que é difícil descobri-las. Repare na Figura 4 (que é uma montagem; por razões que logo se tornarão óbvias, os dois menus jamais aparecem simultaneamente). Ela mostra duas versões de um menu de contexto de um mesmo objeto, no caso o ícone de um arquivo de dados representando uma imagem no formato JPEG e que está assinalado pela seta vermelha. A versão da esquerda é a convencional, que aparece ao se clicar com o botão direito sobre o ícone. A da direita aparece quando se combina o mesmo clique com a tecla Shift.

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Figura 4: Menu de contexto sem e com opções extra.

Repare que nesta última (a obtida combinando o clique com a tecla Shift) aparecem duas novas opções assinaladas em vermelho.
A primeira, “Fixar no menu Iniciar”, é mais uma frescurinha de Windows 7 (que, na verdade, a herdou das versões anteriores) que permite, em se nela clicando, criar uma entrada adicional no menu Iniciar com o ícone do documento (muito útil para quem todo o santo dia senta-se em frente ao micro e abre sempre o mesmo documento para trabalhar). A outra é mais interessante: “Copiar como caminho”. Clique nela e aparentemente nada ocorre. Mas, por debaixo dos panos, Windows 7 copiou na Área de Transferência a especificação completa do arquivo (ou seja, o designador – ou “letra” – do disco, o caminho, ou “via de diretório”, seguidos do nome e extensão do arquivo). Não entendeu? Pois melhor que explicar é experimentar: abra o menu de contexto com a entrada extra (não se esqueça de combinar “Shift” com um clique do botão direito sobre o ícone de um arquivo de dados, não o de um atalho, programa executável ou qualquer outro tipo de objeto, cujas opções extra, como logo veremos, são diferentes) e clique sobre ela (pode ser na Área de Trabalho, em um dos painéis do Windows Explorer ou em qualquer outro lugar onde apareça o ícone; afinal, menu de contexto é menu de contexto e aparece em toda parte). Isso: abriu o menu de contexto combinando o clique com Shift e clicou sobre a entrada “Copiar como caminho”? Ótimo. Agora, abra o bloco de notas e acione a entrada “Colar” do menu “Editar” (ou tecle “Ctrl+V”). Viu? Está lá a especificação do arquivo. Realmente é uma frescura, mas não deixa de ser uma mão na roda para quem precisa transferir rapidamente especificações de arquivos e não quer correr o risco de cometer um erro de digitação...
Como as opções extra aparecem nos menus de contexto, elas dependem do objeto em que se clica (afinal, são menus de contexto). As duas acima aparecem nos menus de arquivos de dados. Se o objeto do “Shift+clique direito” for o ícone de um arquivo executável (ou seu atalho), aparece ainda a opção extra “executar como outro usuário”, o que facilita muito a vida de quem configura programas para os outros. Já se o ícone for de uma pasta, aparece a opção extra “Abrir janela de comando aqui”, que abre uma janela de comando com foco no caminho da pasta (não entendeu? Experimente...).
Incidentalmente, e já que falamos em menus de contexto: o da Área de Trabalho contém uma entrada, “Exibir”, que além das opções clássicas inclui duas adicionais que permitem mostrar ou não todos os ícones e todos os “gadgets” da Área de Trabalho”. E no menu de contexto principal da Área de Trabalho (com ou sem a combinação com “Shift”) há uma entrada que permite mudar diretamente a resolução da tela sem precisar percorrer o caminho tradicional. Em matéria de simplificação de configurações, é um gigantesco passo avante...

F4: Os ícones animados da Barra de Tarefas

A primeira coisa a chamar a atenção do usuário novato de Win7 é a Barra de Tarefas, diferente de todas as versões de Windows anteriores. É bem mais alta, não mostra (mas poderá ser configurada para mostrar, se o usuário assim o desejar) a Barra de Acesso Rápido e os ícones são maiores. A maior surpresa, porém, ocorre quando, com algumas janelas abertas, move-se o cursor do mause até a barra: quando ele passa sobre um ícone correspondente a um programa do qual há diversas instâncias rodando ao mesmo tempo (ou diversas janelas abertas, para simplificar), miniaturas destas janelas abrem-se imediatamente sobre a barra sem que sequer seja necessário clicar. Veja, na Figura 5, este efeito quando o cursor do mause pousa sobre o ícone do Windows Explorer.

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Figura 5: Miniaturas das janelas do WE sobre a Barra de Tarefas.

Agora, repare melhor na figura. Veja que na Área de Trabalho aparecem apenas três janelas do Windows Explorer (não estranhe a aparência, também ele é diferente) enquanto sobre a Barra de Tarefas há quatro miniaturas. Um exame mais acurado mostra que as três miniaturas da esquerda correspondem justamente às janelas aparentes (sim, e se fossem janelas, por exemplo, do Windows Media Player nas quais um vídeo estivesse sendo exibido, você veria o vídeo em tempo real também nas miniaturas; mas esta já é outra frescura). A quarta miniatura, a última da direita, corresponde a uma janela com título “Bibliotecas” que não aparece na Área de Trabalho. O que significa que deve estar oculta por detrás das demais. Mas onde estará ela? E qual é seu conteúdo?
Quer saber? Pois mova o cursor do mause, ainda sem clicar, para cima da miniatura da janela sumida. O resultado aparece na Figura 6.

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Figura 6: Miniaturas da Barra de Tarefas destacando uma janela.

Quando se pousa o cursor do mause sobre uma das miniaturas, todas as demais janelas abertas (pertençam ao mesmo programa ou não) tornam-se transparentes (ou seja, mostram apenas o contorno de sua moldura) e aparece em destaque, tamanho real, apenas a janela correspondente à miniatura selecionada. Quer passar diretamente para ela? Pois então clique. Todas as demais janelas voltarão a se abrir, mas aquela sobre cuja miniatura você acabou de clicar salta para o primeiro plano e assume o foco do sistema.
E já que estamos falando da Barra de Tarefas...

Bem, vamos deixar para a próxima coluna porque esta frescura é mais complexa.

 

B. Piropo