< Coluna em Fórum PCs >
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06/06/2005
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< Tecido condutor: II – Utilizações > |
A julgar pelos comentários sobre a coluna anterior, estão todos muito interessados em saber em que o tecido condutor da Elektek está sendo utilizado. Então vamos direto ao ponto, numa coluna com mais imagens do que texto. Imagens que, por sinal, foram em sua quase totalidade obtidas no sítio da Eleksen, o fabricante do tecido. É claro que a aplicação mais evidente é a manufatura de teclados para dispositivos portáteis. Nesse campo as possibilidades são quase infinitas, mas vamos nos limitar a ver três modelos.
O primeiro é o “Smartphone keyboard”. Como emprega a tecnologia Bluetooth para se comunicar sem fio com o dispositivo, pode ser usado com um grande número de dispositivos móveis aderentes ao padrão, de micros de mão (PDAs) a telefones celulares.
No sítio da Eleksen há uma lista de alguns fabricantes cujos modelos podem usar o teclado. Aqui vai ela: Nokia, Motorola, Sony-Ericsson, Panasonic, i-mate, Samsung, Dopod, HTC, HP, Audiovox, Qtek e Siemens (a lista completa com os modelos pode ser encontrada em < http://www.eleksen.com/index.asp?mainsection=2&pageID=247 >). O teclado é dobrável, pode ser fabricado em diferentes cores e quando não em uso pode ser enrolado guardado no bolso
Mas este não é o único teclado fabricado com o tecido EletTek. A Logitech embarcou na idéia e fabricou seu próprio teclado para micros de mão. Veja o modelo para a linha Palm na Figura 4.
Uma das vantagens deste teclado é que, fechado, ele funciona como uma capa protetora para o PDA, como mostra a Figura 5.
O terceiro fabricante a adotar o tecido ElekTek para teclados foi a Orange.
O teclado da Orange, quando fechado, protege o conector e cabe no bolso, como mostra a Figura 7.
Finalmente, uma aplicação que vai um pouco além do simples teclado: uma bolsa para PCs tipo Tablet. Com vocês bem sabem, os PCs Tablet não têm teclado: usam como dispositivo de entrada principal sua própria tela sensível ao toque. Veja um exemplo na Figura 8, obtida na Internet.
O problema é que às vezes o teclado faz falta. Como falta faz também uma proteção para a tela delicada do Tablet PC quando não está sendo usado. Que tal combinar as duas coisas em um único artefato, como o mostrado na Figura 9? (obtida no sítio da Eleksen, que infelizmente não cita o fabricante).
E já que falamos em bolsas, o tecido condutor ElekTek é a matéria prima ideal para confeccionar bolsas para dispositivos eletrônicos, já que permitem controlar o dispositivo sem abri-las.
Os parceiros da Eleksen fabricam dois modelos. O primeiro, mostrado na Figura 10, é para dispositivos do porte de um iPod, da Apple, como o próprio iPod, o Zen da Creative e o iRiver. A bolsa é à prova d’água, tem saída para fones de ouvido e permite controlar o dispositivo simplesmente tocando ou atritando a bolsa. Veja, na Figura 11, como controlar o volume simplesmente arrastando o dedo sobre o tecido da bolsa.
O segundo modelo abriga os populares WalkMen. Veja, na Figura 12, um deles com o controle de volume sendo acionado externamente pelo usuário.
Mas o lugar ideal para carregar reprodutores de MP3, como o iPod é o bolso. Então porque não abraçar a idéia e criar uma jaqueta capaz de controlá-los?
Veja um exemplo na Figura 13. O iPod vai no bolso e usa fones de ouvido. Os controles estão na manga. Um esquema de como a coisa funciona é mostrado na Figura 14 (veja maiores detalhes < http://www.eleksen.com/index.asp?mainsection=2&pageID=239 >).
E já que falamos em jaquetas, que tal o modelo mostrado na Figura 15, cuja imagem também foi obtida no sítio da Eleksen (também sem menção de fabricante) que controla tudo, inclusive telefones celulares, que podem ser atendidos sem tocar no aparelho? E além do mais a jaqueta se dá ao luxo de ser elegante...
Mas até agora tudo o que vimos são aplicações mais ou menos óbvias. Nenhuma delas com muita criatividade. E com um material novo como o tecido condutor de eletricidade da Eleksen nas mãos, um projetista criativo pode dar asas à imaginação e inventar coisas absolutamente surpreendentes e inovativas. Veja, por exemplo, o que a Celebrity Motion Furniture, parceira da Eleksen, aprontou com o tecido condutor. A Celebrity é uma empresa britânica que fabrica poltronas reclináveis. Em seu sítio, em < http://www.celebrity-furniture.co.uk/ >, há alguns modelos que, desconfio (não encontrei os preços), custam mais que meu carro. Mas a grande sacada foi equipar algumas de suas poltronas com o sensor “Touch and Rise”, da “Touch and Rise Hazard Sensor”. Para entender como a coisa funciona, examine a Figura 16.
Examine as imagens de cima para baixo e da esquerda para a direita. Na primeira, vemos um cavalheiro comodamente sentado lendo seu jornal em uma poltrona reclinável não equipada com o sensor Touch and Rise. Na segunda ele levanta-se, e a poltrona reclina para a frente. Note, na terceira figura, que alguém colocou uma caixa abaixo da parte traseira da poltrona, de modo que quando o cavalheiro volta a sentar-se, na imagem seguinte, o desastre é inevitável: a caixa é inapelavelmente esmagada. Agora, veja as imagens seguintes, da parte inferior da figura. A primeira mostra o sensor Touch and Rise, nada mais que um revestimento de tecido condutor ElekTek ligado ao mecanismo elétrico que controla a inclinação da cadeira. A segunda, a cadeira descendo sobre a caixa até que o sensor toque (“touch”) nela. E a última, o mecanismo de inclinação da poltrona, acionado pelo sensor, fazendo com que ela suba (“rise”) evitando danificar a caixa (As figuras foram capturadas de uma animação no sítio da Touch and Rise Hazard Sensor; veja a animação completa em < http://www.touchandrise.co.uk/main.htm >) (Nota do Webmaster.: em Março/2007 o referido sítio não estava mais disponível, leia informações complementares sobre o assunto em < http://www.eleksen.com/?page=news/index.asp&newsID=10&mode=archive >. Uma idéia simples, como toda idéia engenhosa. Mas que seria impossível (ou, pelo menos, de implementação muito mais difícil) sem o tecido da Eleksen. São utilizações criativas como essa que fazem o progresso tecnológico valer a pena. B. Piropo |