Esta semana a EMC anunciou que, em parceria com a multinacional Celestica, iniciou a fabricação de seus equipamentos no Brasil, em Hortolândia, na região de Campinas.
Em princípio o anúncio de mais uma fábrica de equipamentos de alta tecnologia naquela região não seria razão para alvoroço. Campinas já é um pólo importante de tecnologia e é natural que empresas do setor procurem se estabelecer nas vizinhanças. Mas acontece que se trata da EMC, e a EMC não é uma empresa qualquer. É uma multinacional que só no primeiro trimestre de 2008 apresentou um faturamento de quase 3,5 bilhões de dólares americanos. O que não é de espantar já que se trata da líder mundial no campo de armazenamento de dados, desenvolvimento e fornecimento da tecnologia de infra-estrutura da informação. Uma liderança tão sólida que, durante o anúncio do início das atividades fabris no Brasil, Joel Schwartz, vice-presidente Sênior e gerente geral da divisão de Sistemas de Médio Porte da EMC Corporation, informou que “os equipamentos da EMC são responsáveis pela guarda de dois terços das informações essenciais em todo o mundo”.
A empresa já está estabelecida no Brasil há mais de uma década, mas somente agora decidiu realizar no país não apenas a fabricação de equipamentos como também um programa de pesquisa e desenvolvimento em parceria com o Instituto de Pesquisas Eldorado, de Campinas onde pretende desenvolver produtos visando suprir a demanda local, principalmente com software de Código Aberto e Gerência de Recursos.
Carlos Cunha, Diretor Geral da EMC Brasil, salientou que a decisão de iniciar o processo de manufatura no país foi facilitada não apenas devido ao apoio do Governo como também pela disponibilidade de talentos em engenharia e infra-estrutura avançada de informação. E garantiu que tanto o início da manufatura como a implementação do programa de pesquisa e desenvolvimento significa um comprometimento estratégico da EMC tanto com o mercado local quanto, em futuro próximo, com o mercado latino americano.
Inicialmente a fabricação dos produtos da EMC nas instalações da Celestica se concentrará na linha Clariion, uma família de sistemas de armazenamento de dados. Não são, ainda, os de maior capacidade fabricados pela empresa, mas já são bastante grandes. Afinal, um “sistema de armazenamento de dados” Clariion consiste em um conjunto de discos rígidos e de uma respeitável capacidade de memória para atuar como cache, além de uma não menos respeitável carga de software para gerenciar tudo isto e preservar a integridade dos dados mesmo nas condições mais adversas. Os modelos menores abrigam 150 unidades de disco rígido. Os maiores, quinhentas unidades que, com a tecnologia atual, podem armazenar um Terabyte cada. O que chega a uma capacidade total de 500 TB. É muita informação...
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Figura 1 |
B.
Piropo