Sítio do Piropo

B. Piropo

< Jornal Estado de Minas >
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02/03/2006

< Internet Explorer 7 >


Praticamente todo sítio mantém uma estatística dos navegadores usados por seus visitantes. Há alguns anos elas indicavam uma predominância superior a 95% do Internet Explorer. Podia-se aventar dezenas de hipóteses para justificar essa esmagadora supremacia mas sem dúvida a de maior relevância tinha a ver com o fato do IE ser distribuído gratuitamente com o Windows usado pela maioria dos internautas. Além do mais, naqueles dias, o Internet Explorer era tão bom quanto qualquer outro. Então para que se dar ao trabalho de instalar um novo navegador se Windows já trazia o seu?

Acontece que o IE, agora na versão 6, continua sendo distribuído gratuitamente com o Windows que continua sendo usado pela maioria dos internautas. No entanto, a última pesquisa do sítio Browser News publicada em < www.upsdell.com/BrowserNews/stat.htm > que arrola dados de sete diferentes fontes englobando dezenas de sítios da rede dá conta que o IE em suas diversas versões continua dominando o cenário, mas sua participação caiu para a faixa dos 70% a 90%, ou seja, um declínio médio superior a quinze porcento. Uma indicação evidente que alguma coisa mudou no reino dos navegadores. E a mudança definitivamente não favoreceu ao IE.

Quinze porcento dos internautas correspondem a dezenas de milhões de pessoas e instituições.  E se tem tanta gente se dando ao trabalho de mudar de navegador é porque acham que apareceu coisa melhor. E, na imensa maioria dos casos, essa “coisa melhor” é o Firefox. Que, diga-se de passagem, é mesmo um excelente navegador.

Ora, se eu e você sabemos disso, muito antes de nós soube a MS. E tratou de correr atrás do prejuízo, desenvolvendo a versão 7 do IE destinada a retomar o velho nível de liderança. Uma iniciativa sobre a qual o comentário mais pertinente não pode ser outro: demorou...

O IE7, ainda em estágio beta, já vem sendo distribuída com a versão também beta do Vista, o Windows que substituirá o XP. Eu, que venho rodando experimentalmente o Vista há alguns meses, já tinha alguma experiência com o novo IE7. Mas na versão fornecida com o Vista era difícil distinguir as novidades que fazem parte do sistema operacional daquelas inerentes ao novo navegador. Pois bem: a MS acabou de liberar uma versão beta do Internet Explorer 7 que roda no XP e é com base nela que esta análise foi feita. E desde já posso afirmar: se ela vai recuperar o nível de supremacia das versões anteriores, não sei. Mas que as melhorias são muitas e evidentes, isso garanto. O novo IE7 mudou e mudou para melhor.

Mas antes de discutir o programa, algumas observações preliminares. Para começar, a versão beta distribuída pela MS só instala em sistemas operacionais “oficiais”. Se o seu é, digamos, “genérico”, daqueles comprados por “deiz real” no camelô, nem tente: a primeira ação do módulo de instalação é verificar se o Windows é genuíno e abortar se não for.

A segunda observação é que a interface da versão beta disponível é em inglês. Há um ajuste para o idioma português do Brasil, mas sua ação se restringe ao conjunto de caracteres usado para exibir o conteúdo das páginas. Os menus e a ajuda permanecem em inglês.

Observação final: desta vez o IE7 não vem “casado” com o Outlook Express. A versão beta, ao se instalar, substitui apenas o programa navegador, não afetando o gerenciador de correio eletrônico. O que tende a confirmar o boato corrente que o OE vai acabar (será substituído pelo “Windows Mail” ou algo parecido). Seja como for, não há uma nova versão do OE.

Depois de instalado, na primeira vez que o IE7 é aberto, se propõe ajustar o “Phishing filter”, recomendando ativá-lo e mantê-lo ativado (mais sobre isso adiante), permite escolher localização e linguagem (mas apenas para exibir as páginas) e sugere a participação voluntária no “Customer Experience Improvemente Program”, um programa em que os usuários do beta se propõem a encaminhar para a MS os “bugs” eventualmente encontrados. Em seguida, silenciosamente, importa a lista de Favoritos e o Histórico da versão previamente instalada e se põe à disposição do internauta.

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Figura 1 - Clique para ampliar...

A primeira coisa que se nota ao começar a usar o novo IE7 é que o bicho está de cara nova: a interface com o usuário mudou significativamente. Os menus tradicionais sumiram (mas não se foram, simplesmente não aparecem mais, voltaremos a falar neles) e as barras de tarefas ficaram mais simples, mais amigáveis e mais “limpas”. Com isso ganhou-se mais espaço na tela para o que efetivamente interessa: exibir o conteúdo das páginas (sim, no plural, já que diversas podem ser abertas ao mesmo tempo como logo veremos). Na configuração padrão, quando se maximiza o IE7 para ocupar toda a tela, abaixo da barra título a nova interface mostra apenas duas linhas: na de cima, além das duas setas de navegação, apenas a caixa de endereços, os botões “Atualizar” e “Parar” (“Refresh” e “Stop”) e uma caixa de pesquisas. Na de baixo, na extremidade esquerda, três ícones muito úteis sobre os quais falaremos em seguida, na direita os ícones da barra de ferramentas e, entre eles, as abas mostrando as páginas que estão abertas no momento. Sim, pois afinal o IE passou a adotar o sistema de páginas múltiplas que fez o Firefox abocanhar uma apreciável fatia do mercado. Além disso, na base da tela, a barra de status (que, se o usuário preferir, pode ser escondida mas, definitivamente, não recomendo). O resto é conteúdo.

Figura 2

Como vimos, na extremidade esquerda da segunda linha há três ícones. O primeiro, em formato de estrela, dá acesso a três importantes funções do IE: Favoritos, Histórico e o sistema de fornecimento de informações via RSS (voltaremos a ele adiante). Quem se acostumou com as versões anteriores do IE estranha um pouco a nova localização dos Favoritos e do Histórico. Mas basta começar a usar a nova versão para lamentar que a mudança tenha tardado tanto: encontrar um favorito ou um local recentemente visitado ficou mais prático e mais rápido. Os Favoritos mantiveram a mesma estrutura enquanto o Histórico permite classificar suas entradas por data (ajuste padrão), por sítio visitado, por freqüência de visitas e pela ordem de visitas no dia corrente. Além de permitir efetuar pesquisas diretamente nele.

Figura 3

O segundo ícone, em formato de um sinal de adição, dá acesso ao sistema de organização de favoritos e de “RSS feeds” (calma, que já explicaremos), permitindo incluir o sítio corrente nos “Favoritos”, em um grupo dentro dos “Favoritos”, organizar os “Favoritos” e importar e exportar favoritos de outros programas. Além de “assinar” um fornecedor de arquivos RSS.

O terceiro ícone, “Quick tabs” (em forma de quatro pequenos retângulos), é um primor. Um navegador que transita por diversos sítios simultaneamente necessita de uma forma eficiente de passar de um para outro. O IE7 permite que isso seja feito clicando na aba correspondente ao sítio desejado. Mas há ocasiões em que isto não basta: depois de se abrir uns tantos sítios e de saltar de um para outro desordenadamente, nada como uma visão panorâmica para saber a quantas se anda. Pois é justamente para isso que serve o ícone “Quick Tabs” (abas rápidas): um clique nele e a janela principal mostra as imagens reduzidas de todas as páginas abertas (ou um clique na pequena seta para baixo ao lado do ícone abre um menu com a relação destas páginas). Clicar na imagem (ou na entrada correspondente) leva imediatamente à página desejada. Se o clique for com o botão direito, abre-se um menu que permite fechar a aba, fechar todas as demais deixando apenas aquela aberta, atualizá-la ou atualizar (“refresh”) todas (um menu semelhante aparece ao se clicar com o botão direito em qualquer aba).

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Figura 4 - Clique para ampliar...

Quanto à navegação em múltiplos sítios, não era à toa que os usuários ansiavam tanto por ela. Para quem busca informações e precisa comparar conteúdos de sítios diferentes, é uma ferramenta indispensável. A coisa funciona assim: abra o IE7 e, dependendo de sua preferência, ele lhe mostrará a página inicial que você escolheu ou uma página em branco, encimada por uma aba com o nome do sítio. Ao lado dela, uma outra aba, menor, vazia. Clique nela e você passará para uma página em branco, ocultando a anterior (que, no entanto permanece aberta). Entre com um URL na linha de endereços e logo a página em branco mostrará o novo sítio. A pequena aba se manterá sempre à direita das demais. Um clique nela abrirá uma nova página onde se pode carregar um novo sítio e assim por diante.

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Figura 5 - Clique para ampliar...

Depois de certo tempo você terá inevitavelmente diversos sítios abertos, cada um em sua aba. A aba do sítio corrente, aquele que está sendo mostrado na janela do navegador, permanece destacada com uma leve coloração azul (enquanto as demais são acinzentadas) e exibe na sua extremidade direita um ícone em forma de “X”. Um clique neste ícone fecha a aba. No canto superior esquerdo da janela do IE aparecem, como sempre, as duas setas de navegação que permitem percorrer em ordem os últimos sítios visitados. Elas mantêm sempre o foco na aba corrente, ou seja, permitem percorrer em ambos os sentidos os sítios visitados sucessivamente “dentro” daquela aba. À direita das duas setas, aparece uma pequena seta triangular apontando para baixo. Um clique nela abre um menu com os últimos sítios visitados naquela aba. Um clique em uma entrada leva diretamente ao sítio correspondente.

Mas você não é obrigado a trabalhar sempre com os sítios abertos ocupando abas da mesma janela. O IE7 manteve a possibilidade de abrirem-se simultaneamente diversas instâncias do programa. Por exemplo: se o IE está aberto exibindo alguns sítios em diferentes abas enquanto se trabalha com outro programa, como o gerenciador de correio eletrônico, e lá se encontra um atalho (“link”) para um sítio que se deseja visitar, um clique sobre o atalho abrirá uma nova instância do IE7 em uma janela independente e carregará nela a página desejada. Prefere que, em vez disso, o sítio seja carregado em uma nova aba da janela existente do IE7? Sem problema: basta manter a tecla “Ctrl” pressionada enquanto clica sobre o atalho. Depois de algum tempo pode-se manter dezenas de sítios abertos simultaneamente em diferentes abas de diversas janelas independentes do IE7.

Outra grande novidade do IE7 é o aprimoramento das buscas e sua combinação com o sistema de abas. Uma caixa de buscas não apenas foi introduzida na nova interface como também o foi em local nobre: imediatamente à direita da caixa de endereços. Digite um termo ou expressão nesta caixa e tecle ENTER (ou clique no pequeno ícone em forma de lente de aumento situado à sua direita) que é feita uma busca na Internet e seus resultados são exibidos na janela corrente. Mas a MS constatou que na maior parte das vezes é mais conveniente que o resultado da busca seja exibido em outra janela (no caso, outra aba). Pois se é assim que você prefere, basta combinar o comando com a tecla “Alt” (teclar “Alt”+ENTER ou premir “Alt” enquanto clica no ícone) para que a lista de resultados será exibida em uma nova aba. Agora veja como a combinação deste sistema de busca com a navegação em abas facilita sua vida: para examinar cada sítio retornado pela busca em uma nova aba, basta premir “Ctrl” enquanto se clica sobre seu atalho. As páginas vão sendo abertas em suas próprias abas sem que as anteriores sejam fechadas. Depois, basta escolher as de interesse e fechar as demais. É simples assim. E facilita tremendamente o trabalho.

Figura 6

Mas a coisa não fica nisso. A MS democratizou seu sistema de buscas. Além da MSN, que naturalmente vem ajustada por padrão, é permitido ao usuário acrescentar outros dispositivos de busca e designar qualquer um deles como padrão (eu, por exemplo, escolhi o Google). Caso se comande uma simples busca, era será feita no dispositivo padrão. Mas é possível selecionar qualquer outro usando o menu que se abre clicando na pequena seta triangular apontada para baixo situada ao lado do ícone da lente de aumento (que, além disso, permite adicionar novos dispositivos de busca e mudar o dispositivo padrão, além de agregar a função “procurar nesta página”). Essas mudanças tornam possível efetuar a busca da mesma expressão em diversos dispositivos, mostrando cada conjunto de resultados em uma aba diferente para fins de comparação. Um primor.  

Outra novidade interessante do IE7 é a verificação automática de “phishing”. Como vocês devem saber, “phishing” (derivado de “fishing”, “pescaria” em inglês) é o nome que se dá à criação de sítios que se fazem passar por confiáveis (como réplicas de sítios de bancos, financeiras, sítios de comércio eletrônico, governamentais e de outras organizações que lidam com dados oficiais ou financeiros) com o objetivo de “pescar” informações (como senhas bancárias, números de cartões de crédito ou dados pessoais sigilosos) de vítimas incautas. Pois bem: a MS introduziu no IE7 um “filtro” que verifica automaticamente se o sítio que está sendo visitado é sabida ou potencialmente desenvolvido para “phishing”. Para isso, a MS recorre a uma base de dados que arrola um número crescente de sítios reconhecidamente criados para este fim e a algoritmos que atribuem um determinado grau de (des)confiança a sítios desconhecidos. Quando o usuário dá com os costados em um destes sítios, a navegação é bloqueada e um aviso é emitido, acompanhado de um ícone indicativo do grau de desconfiança: um escudo vermelho com um “X” branco indica um sítio sabidamente de “phishing”, um escudo amarelo com um “!” negro indica um sítio suspeito. O filtro pode ser desabilitado, mas eu não vejo razão alguma para fazê-lo. Além da filtragem automática o IE7 oferece a entrada “Phishing filter” do objeto “Tools” (da barra de tarefas) que permite efetuar uma verificação imediata do sítio correntemente visitado, fazer ajustes no filtro e, se for o caso, informar à MS que o sítio em questão é dedicado ao “phishing”, ajudando a atualizar a base de dados. E, já que estamos no quesito segurança, a proteção contra “pop-ups” (janelas que se abrem inopinadamente na tela) foi mantida e aprimorada.

Figura 7

Até aqui falamos de aperfeiçoamentos. Alguns importantes, como a navegação por múltiplos sítios e a possibilidade de efetuar buscas em diversos dispositivos, mas apenas aperfeiçoamentos, não novidades. Agora falaremos em novidades: o “RSS feed”.

Navegando ao léu pela Internet talvez você já tenha se deparado com pequenos botões retangulares, geralmente de cor laranja, contendo apenas as letras “RSS” ou “XML”. Se passar o ponteiro do mouse sobre um deles o formato do ponteiro denunciará que são atalhos (“links”). Se você não sabe o que são, fique ciente que se trata de uma tecnologia que veio para facilitar a vida dos internautas. Chama-se RSS, de “Really Simple Syndication” (que pode ser traduzido livremente por “método realmente simples de divulgação de conteúdo”, mas há também quem o chame de “Rich Site Summary”), um negócio que fará com que, em vez de correr atrás de notícias, você faça com que elas venham até você. Basta clicar no atalho e tornar-se um “assinante” (“subscriber”) do fornecedor de notícias para receber regularmente seus arquivos RSS.

Arquivos RSS são arquivos texto contendo código aderente ao padrão XML (eXtensible Markup Language, ou linguagem extensível de marcação) que apenas pode ser interpretado e exibido adequadamente por um leitor de RSS (ou “agregador” de RSS). Há diversos, dezenas deles, disponíveis nos sítios especializados em programas tipo “shareware” ou “freeware”, a maioria deles inteiramente gratuitos.

A idéia é simples: se você, ou sua empresa, divulga notícias de interesse para seus visitantes habituais, porque esperar que eles venham à sua página para tomar conhecimento delas? Agindo assim eles podem receber com atraso uma notícia importante. O sistema RSS permite que os visitantes que têm interesse nas notícias veiculadas por seu sítio “assinem” (gratuitamente) o serviço RSS. Você, por seu lado, preparará regularmente arquivos RSS com as “chamadas” para as noticias mais recentes, um pequeno resumo do conteúdo e um atalho para chegar diretamente a elas, enviando-os para os assinantes. Que, através de seu programa “leitor de RSS”, poderão revisar regularmente a lista de notícias, descobrir pelo resumo se há interesse e, se positivo, saltar diretamente para elas.

Pois bem: o IE7 incorporou ao próprio navegador um serviço completo de RSS que, quando o usuário visita um sítio que fornece arquivos RSS, avisa o visitante, permite que ele assine o serviço e, de lambuja, funciona como “leitor de RSS”.

A coisa funciona assim: na barra de ferramentas há agora um novo ícone, o segundo a partir da esquerda. Em geral ele permanece acinzentado (“grayed”). Mas quando se abre uma página de um sítio que fornece arquivos RSS, o ícone se “ilumina”, assumindo uma coloração alaranjada. Um clique sobre ele abre diretamente na aba corrente do IE7 o arquivo RSS fornecido, de onde se pode escolher o tópico e saltar diretamente para ele na mesma aba ou em uma nova (combinando o clique com “Ctrl”). Se o sítio visitado oferece diferentes conjuntos de notícias (ou seja, diversos arquivos RSS, como < www.cnn.com/services/rss/ >), aparece uma pequena seta ao lado do ícone RSS. Um clique sobre ela abre uma lista dos diversos arquivos RSS disponíveis e um novo clique sobre a entrada correspondente leva diretamente ao arquivo.

Figura 8

Mas esta é apenas a função de leitor de RSS. O IE7 vai além, permitindo assinar o fornecimento de notícias mediante um simples clique no ícone em forma de sinal de adição à esquerda do conjunto de abas. O sistema é hierárquico, semelhante ao usado nos Favoritos: pode-se criar pastas para agrupar assinaturas de conteúdo similar. E para obter imediatamente acesso a um dos arquivos RSS “assinados”, basta abrir a janela “RSS Feeds” clicando no ícone sob a forma de estrela (o mesmo que abre os “Favoritos” e “Histórico”) e selecionando a entrada “RSS feeds”. É simples assim. Fique atento, pois a troca de informações via RSS já se mostrava uma tendência importante e agora, com o suporte integrado diretamente à nova versão do IE, tende a se disseminar ainda mais.

Restam, finalmente, os menus e a barra de ferramentas. O menu principal, como foi dito no início, desapareceu. Mas continua ao alcance de uma tecla: basta premir “Alt” que ele aparece entre a caixa de endereços e as abas (uma “sacada”, aliás, que o IE7 herdou do Vista, a futura versão de Windows, onde todos os menus se comportam assim). A coisa é tão evidente que espanta terem demorado tanto para perceberem: por que manter permanente e desnecessariamente visível uma linha de menus da qual só se precisa de vez em quando? Um toque na tecla “Alt” e lá está ela, com os menus costumeiros: “Arquivos”, “Editar”, “Exibir”, “Favoritos”, “Ferramentas” e “Ajuda” (todos em inglês, na versão beta disponível). Mais um toque e a linha desaparece. As entradas são as de sempre, com poucas novidades. Por exemplo, o menu “Arquivos” traz, além de “Nova janela” (“New window”), a entrada “Nova aba” (“New tab”) e o menu “Ferramentas” agrega a entrada correspondente ao filtro de “phishing”. A barra de ferramentas, mais simples, também mudou. Mas, além da inclusão do ícone “RSS”, a principal mudança é que agora a maioria de seus ícones funcionam como menus, abrindo um conjunto de entradas em cortina.

Pronto. Aí têm vocês uma idéia razoável de como ficou o Internet Explorer 7. A impressão geral que me deixou foi altamente positiva. Na verdade, já estava sentindo falta dele (há um par de semanas removi a versão Beta 1 do Vista de minha máquina de testes para instalar a Beta 2 que “logo seria enviada” pela MS, ainda não foi e estou até hoje sem ela e sem seu IE7). Não gosto de manter versões beta em minha máquina de produção, mas para o novo IE7 vou abrir uma exceção. Até agora a única falha que notei foram alguns travamentos quando tento acessar um dos sítios da lista de fornecedores de RSS. Para uma versão beta, está boa até demais. Tão boa que, honestamente, achei-a melhor que a versão final do IE6 que ela se destina a substituir.

B. Piropo