Dispositivos
de busca há muitos. E, dada a natureza humana que faz com
que, seja qual for o assunto, sintamo-nos obrigados a tomar partido
(experimente dizer a um convicto usuário de Linux que Windows
também tem suas qualidades), cada internauta tem suas preferências.
As minhas são pelo Google. Se as suas são diferentes,
não se dê ao trabalho de escrever explicando o porquê:
de antemão afirmo que suas razões são válidas,
que eu as respeito, mas a despeito delas continuarei usando o Google.
Mesmo porque agora tenho um motivo adicional: a Google Deskbar, ou
Barra de Ferramentas do Google.
O sítio de busca do Google até agora constava da lista
de meus “Favoritos”. Quando precisava recorrer a ele, carregava
o navegador, acionava o menu “Favoritos” e clicava na entrada
correspondente. Acabei de removê-lo dos “Favoritos”.
Hoje, um pequeno trecho de minha barra de tarefas é ocupado
pelo Google Deskbar. Para fazer uma pesquisa, simplesmente clico ali
(ou aciono o atalho Ctrl+Alt+G), digito a expressão a ser pesquisada
e teclo ENTER. Não preciso carregar o programa navegador nem
tomar nenhuma providência adicional alem de instalar o utilitário:
a única condição é estar conectado à Internet
(o que faz a coisa particularmente interessante para os usuários
da Internet Rápida, ou “banda larga”, que geralmente
permanecem conectados enquanto o micro está ligado).
O navegador é dispensável até mesmo para inspecionar
os resultados: a lista aparece em uma pequena janela que ocupa parte
da tela e que o Google batizou de “Mini Viewer”. Para uma
pesquisa rápida, é o ideal. Você pode seguir consultando
os resultados sempre na janela do Mini Viewer, sem apelar para o navegador,
ou, quando encontrar um sítio particularmente interessante,
clicar sobre o ícone correspondente do Mini Viewer e abrir a
página no interior do navegador para desfrutar de seus recursos.
Mas se sua sede de informação for saciada dentro do Mini
Viewer, não precisa sequer se dar ao trabalho de fechá-lo:
basta clicar fora dele que ele educadamente se recolhe à barra
de tarefas.
Depois de instalado, o programa se refere por padrão ao sítio <www.google.com>.
Mas basta clicar sobre o pequeno triângulo ao lado da Google
Deskbar para abrir o menu e acionar a entrada “Options” para
alterar diversos aspectos de configuração, inclusive
o sítio de referência padrão. Há dezenas
de opções, mas os não angloparlantes provavelmente
hão de preferir o <www.google.com.br>, que, ao ser aberto
pela primeira vez, oferece a opção de efetuar buscas
apenas em português (mas a opção “Pesquisar
na Web” permanece disponível). Além do sítio
de referência padrão pode-se alterar os atalhos, a capacidade
de “auto-completar” entradas, as características
do Mini Viewer (como abrir o navegador quando se clica em um resultado
de pesquisa em vez de continuar no Mini Viewer) e criar buscas personalizadas.
O mais interessante é que a Google Deskbar oferece todas as
funções do Google, mesmo sem o navegador. Que vão
desde buscas padrão na rede até críticas de cinema,
dicionário, thesaurus (lista de sinônimos), busca de imagens
e mais um mundo de coisas (estas opções, porém,
mesmo quando se escolhe o sítio de referência do Google
no Brasil, só funcionam em inglês). Praticamente todas
elas oferecem seus próprios atalhos para facilitar o uso. Por
exemplo: quando se digita “mouse” e tecla ENTER, inicia-se
uma busca tradicional na rede e recebe-se como resultados páginas
referentes a “mouse”. Porém se em vez de ENTER for
acionado o atalho Ctrl+D (opção “Dicionário”),
aparece um conjunto de significados para a palavra “mouse” e
Ctrl+T (opção “Thesaurus”) leva a uma lista
de 23 sinônimos de “mouse”, inclusive as de sentido
figurado, com suas explicações.
O menu oferece ainda opções de busca de programas para “baixar” (usei
essa opção para pesquisar a expressão “HTML
editor” e recebi uma lista de quase trinta programas, entre freewares,
sharewares e programas comerciais, todos eles disponíveis no
sítio da CNet), cotações de ações
(nas bolsas americanas, naturalmente), buscas em sítios de notícias
(o programeto foi lançado há pouco mais de dez dias,
mas uma busca de notícias com a expressão “google
deskbar” gerou em centenas de resultados), além do serviço
de busca de menor preço para produtos (achei um notebook Sony
Vaio de 1,3 GHz, recuperado, por menos de mil dólares). Em suma:
se você precisa de uma informação, qualquer que
seja, dificilmente deixará de encontrá-la com a ajuda
da Google Deskbar.
Mas quanto custa essa maravilha? Por incrível que pareça,
nada. É gratuita. Basta visitar o sítio <http://toolbar.google.com/deskbar/>,
baixar e instalar o programa. Durante a instalação aparece
uma janela solicitando, educadamente, que você permita que o
Google colete informações (absolutamente anônimas)
sobre sua navegação para fins de estatísticas
(é baseado nas estatísticas de acesso que o Google ordena
os resultados da busca). Eu, que não costumo fazer isso, abri
uma exceção e autorizei (depois de instalado, rodei o
SpyBot e ele não detectou qualquer ação de spyware
ou adware, comprovando que o Google é realmente confiável;
se você quiser mais informações sobre o freeware
SpyBot, visite meu sítio em <www.bpiropo.com.br>, vá à seção “Pesquisar” e
faça uma busca com o termo “Spybot”). O Google Deskbar
tornou-se membro permanente de minha barra de tarefas. Funciona com
Windows 98, Me, 2000 e XP e Internet Explorer 5.5 ou superior..
Como dizem os bebedores de cerveja: experimente. Afinal, se não
gostar, basta desinstalar (use o objeto “Adicionar e remover
programas” do Painel de Controle. É mais que compensador.
Afinal, é de graça. E de graça, vale até injeção
no olho...
B.
Piropo